Páginas

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

(1) Sobre o inteiro só existir verdade

(título 2: Gênios marinhos que vomitam fadas já cheias do fogo capitalista)

 Nem parece que é o final do ano. Na verdade nem em dezembro parecia ser natal. Não é um comentário qualquer, realmente sinto isso... Mas de fato é qualquer coisa pra introduzir e traduzir algo que não esteja explodindo no peito.

...Comparar aos outros finais de ano não dá certo, mas sei que novembro e dezembro já não são tão tristes como eram, e que consegui uma estabilidade emocional, como ser serena com os acontecimentos e que uma unidade não se divide.

Tantas notícias boas, algumas coisas superaram minhas expectativas esse ano, sério... Principalmente aqui no Rio de Janeiro, coisas incríveis, meu Deus, que até uma pessoa que se diz apolítica deveria reconhecer. A educação vai melhorar, sério, e já entendi essa coisa de Dilma, não tem jeito. As discrepâncias da nossa desigualdade vão continuar existindo, culpa das pessoas que continuam a perpetuá-la com sonhos sobre rodas, sobre marcas, sobre estrelas que não brilham - são apenas as pontas delas, feitas de qualquer outro material que não seja luz.

Essa coisa de que o mundo está perdido não é verdade, do mesmo jeito que
atos bondosos, atos horrendos também existem e assustam.

Na palavra cruzada caiu o seguinte: "Destruidor de ídolos". =zzz Como assim, é uma máquina? Eu achei engraçado, ficamos pensando o que era e no fim tive que ver no final da revista... Era "iconoclasta", cara, sem noção, até onde eu sei iconoclasta é o cara que não gosta de cultuar imagens e é isso aí.

Achei escrota também a definição da diferença entre"cinestesia" e "sinestesia" wikipédica. Dá uma olhadela, voce vai ter vontade de olhar mais umas vezes e não vai adiantar.

''Neste primeiro momento destacamos a existência de uma certa confusão com relação aos termos cinestesia e sinestesia, o primeiro termo refere-se ao sentido muscular, a um conjunto de sensações que nos permite a percepção dos movimentos (Michaelis, 98); o segundo termo, objeto de nosso estudo neste trabalho, refere-se a uma sensação secundária que acompanha uma percepção, ou seja, uma sensação em um lugar originária de um estímulo proveniente de um estímulo de outro (Michaelis, 1998 e Dorsch, 1976). Portanto, é importante termos em mente que o termo sinestesia empregado neste trabalho não se restringe à percepção do movimento e suas propriedades (peso e posição dos membros), mas engloba um conjunto geral de percepções e sensações interconectadas por processos sensoriais.''

Depois o cara vem falar que  tudo tem a ver com a idéia do subjetivo e do objetivo, o que é coeso, só que esse paradigma é causado pela história e seu contexto vai ser óbvio até alguém vir e revolucionar isso. Sabe, estamos rodando muito rápido,tanto que não dá pra enxergar direito e ficamos confusos, assim o único jeito é rever teorias antigas.

...Faz um tempo não tenho uma sensação sinestésica e confesso que as poucas vezes que senti foram desesperadoras: algumas tem a ver com remédios, outras podem ser interpretadas pela metafísica. Estamos novamente na corda bamba entre o objetivo e  subjetivo? Estamos novamente no cordão da bola preta?


E aí volto nessa coisa característica que destrói meus sonhos lindos e minhas ilusões horríveis: a desconfiança. Não que tenha a ver com o subjetivo e o objetivo, talvez se interliguem sinestesicamente (zagana), mas só tem a ver pelo cordão da bola preta, sabe, um dia de samba e outro dia você queima cartas em puro meio dia, em um sol
idiota.

Manuel Bandeira está errado, eu te digo, bastante errado e foda-se essa merda de ótica, de ângulo, de verdade relativa. Ele fala que pra sentir o amor devemos esquecer a alma, que os corpos se entendem, mas as almas não. O cara com certeza guardava um sentido pra essa afirmação, obviamente essa coisa simbólica da alma se torna uma sutileza pra ateus fervorosos, sabe, ateus com fé no ateísmo. Bem, a questão é que as almas são capazes de se entender, os corpos não, os corpos não se entendem, eles se fodem, se encaixam, movimentam, mas o que move isso tudo?

...Quero dizer que amor existe e só a alma pode compreender isso, afinal a paixão é facilmente explicada cientificamente, já o amor não e Einstein e carinhas legais abeça concordam e eu acho que são gênios sim, mas não da lâmpada.

Lembrei de um professor meu que mostrou a verdade sobre Nelson Rodrigues,
ao comentar que na realidade suas obras critícam a forma como as pessoas vêem o amor. Ele expõe uma realidade, é  verdade, e eu concordo com ela e com ele, mas não mais com o professor, ele é ''iconoclasta'' demais, é um destruidor de ídolos, um psicopata, um serial killer. Mas no final todos estão ali falando de amor e tal, e pimba na gorduchinha.

Deixo de dizer, explicar, não há como. Sabe quando você sente uma coisa e não tem como prová-la? É bem diferente de quando você prova uma coisa e sente. Só que a segunda opção tem a ver com se conectar com o mundo inteiro e isso é chato, isso é fanho e um acontecimento fanho é muito escroto, um dia você terá um e assim entenderá. Pior que acontecimento fanho é acontecimento nu, cru, uma delícia de acontecido e assim mesmo é ''pior'' e o pior é libertador, uma verdade que te consome, você vomita verdades e limpa depois, e aí fica com vontade de vomitar de novo e perde o sentido da porra toda. Então, tudo isso é pra dizer que a verdade dói, mas cura, cura muito.

Eu agradeço todas os momentos maravilhosos de um ano inesquecível com pessoas
inesquecíveis e aperto as patinhas do dragão marinho que solta fogo. Por quê? Porque ele é foda, ele mostra que contos de fadas são machistas e que as fadas são racistas sim e muito. Mas essas espécies existem em um mundo bem mais real que todas as questões culturais que você e seus amigos e familiares seguem ridiculamente a risca, todas essas pequenezas sobre comportamento, rótulos, meu Deus. 

E eu fico com raiva, caralho, tomar no cú, pro inferno essa porra toda, 
nego é chato pacaralho, porra, por que diabo é difícil só calar a porra da boca?
As pessoas são extremamente insensíveis, puta que pariu. E ainda acham que insensibilidade é falar palavrão, que amor é casar e que omitir é diferente de mentir. Se isso é ter a cabeça no lugar, eu quero mais é andar sem cabeça por aí,
e que se dane se alguém vai achar horrendo. Horrível é não se preocupar, não se colocar no lugar das pessoas. Isso é horrível.

Bem,
Nem parece que é o final desse texto.. Na verdade nem o começo parecia tão começo e esse é um comentário qualquer, só pra perpetuar a tradução do que explode no peito.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Personagens do impossível

A reforma psiquiátrica brasileira e a política de saúde mental

(fonte e o projeto em sí)


''A humanidade convive com a loucura há séculos e, antes de se tornar um tema essencialmente médico, o louco habitou o imaginário popular de diversas formas. De motivo de chacota e escárnio a possuído pelo demônio, até marginalizado por não se enquadrar nos preceitos morais vigentes, o louco é um enigma que ameaça os saberes constituídos sobre o homem.
Na Renascença, a segregação dos loucos se dava pelo seu banimento dos muros das cidades européias e o seu confinamento era um confinamento errante: eram condenados a andar de cidade em cidade ou colocados em navios que, na inquietude do mar, vagavam sem destino, chegando, ocasionalmente, a algum porto.
No entanto, desde a Idade Média, os loucos são confinados em grandes asilos e hospitais destinados a toda sorte de indesejáveis – inválidos, portadores de doenças venéreas, mendigos e libertinos. Nessas instituições, os mais violentos eram acorrentados; a alguns era permitido sair para mendigar.

No século XVIII, Phillippe Pinel, considerado o pai da psiquiatria, propõe uma nova forma de tratamento aos loucos, libertando-os das correntes e transferindo-os aos manicômios, destinados somente aos doentes mentais. Várias experiências e tratamentos são desenvolvidos e difundidos pela Europa.

O tratamento nos manicômios, defendido por Pinel, baseia-se principalmente na reeducação dos alienados, no respeito às normas e no desencorajamento das condutas inconvenientes. Para Pinel, a função disciplinadora do médico e do manicômio deve ser exercida com firmeza, porém com gentileza. Isso denota o caráter essencialmente moral com o qual a loucura passa a ser revestida.

No entanto, com o passar do tempo, o tratamento moral de Pinel vai se modificando e esvazia-se das idéias originais do método. Permanecem as idéias corretivas do comportamento e dos hábitos dos doentes, porém como recursos de imposição da ordem e da disciplina institucional. No século XIX, o tratamento ao doente mental incluía medidas físicas como duchas, banhos frios, chicotadas, máquinas giratórias e sangrias.
Aos poucos, com o avanço das teorias organicistas, o que era considerado como doença moral passa a ser compreendido também como uma doença orgânica. No entanto, as técnicas de tratamento empregadas pelos organicistas eram as mesmas empregadas pelos adeptos do tratamento moral, o que significa que, mesmo com uma outra compreensão sobre a loucura, decorrente de descobertas experimentais da neurofisiologia e da neuroanatomia, a submissão do louco permanece e adentra o século XX.

A partir da segunda metade do século XX, impulsionada principalmente por Franco Basaglia, psiquiatra italiano, inicia-se uma radical crítica e transformação do saber, do tratamento e das instituições psiquiátricas. Esse movimento inicia-se na Itália, mas tem repercussões em todo o mundo e muito particularmente no Brasil.

Nesse sentido é que se inicia o movimento da Luta Antimanicomial que nasce profundamente marcado pela idéia de defesa dos direitos humanos e de resgate da cidadania dos que carregam transtornos mentais.
Aliado a essa luta, nasce o movimento da Reforma Psiquiátrica que, mais do que denunciar os manicômios como instituições de violências, propõe a construção de uma rede de serviços e estratégias territoriais e comunitárias, profundamente solidárias, inclusivas e libertárias.

No Brasil, tal movimento inicia-se no final da década de 70 com a mobilização dos profissionais da saúde mental e dos familiares de pacientes com transtornos mentais. Esse movimento se inscreve no contexto de redemocratização do país e na mobilização político-social que ocorre na época.
Importantes acontecimentos como a intervenção e o fechamento da Clínica Anchieta, em Santos/SP, e a revisão legislativa proposta pelo então Deputado Paulo Delgado por meio do projeto de lei nº 3.657, ambos ocorridos em 1989, impulsionam a Reforma Psiquiátrica Brasileira.

Em 1990, o Brasil torna-se signatário da Declaração de Caracas a qual propõe a reestruturação da assistência psiquiátrica, e, em 2001, é aprovada a Lei Federal 10.216 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
Dessa lei origina-se a Política de Saúde Mental a qual, basicamente, visa garantir o cuidado ao paciente com transtorno mental em serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos, superando assim a lógica das internações de longa permanência que tratam o paciente isolando-o do convívio com a família e com a sociedade como um todo.

A Política de Saúde Mental no Brasil promove a redução programada de leitos psiquiátricos de longa permanência, incentivando que as internações psiquiátricas, quando necessárias, se dêem no âmbito dos hospitais gerais e que sejam de curta duração. Além disso, essa política visa à constituição de uma rede de dispositivos diferenciados que permitam a atenção ao portador de sofrimento mental no seu território, a desinstitucionalização de pacientes de longa permanência em hospitais psiquiátricos e, ainda, ações que permitam a reabilitação psicossocial por meio da inserção pelo trabalho, da cultura e do lazer.
A mostra fotográfica que aqui se apresenta traz a força documental das imagens, que, para além das palavras, prova que a mudança do modelo de atenção aos portadores de transtornos mentais não apenas é possível e viável, como, de fato, é real e acontece.
Em parceria, a Coordenação Nacional de Saúde Mental e o Programa de Humanização no SUS, ambos do Ministério da Saúde, registraram o cotidiano de 24 casas localizadas em Barbacena/MG, nas quais residem pessoas egressas de longas internações psiquiátricas e que, por suas histórias e trajetórias de abandono nos manicômios, mais parecem personagens do impossível.
Antes, destituídos da própria identidade, privados de seus direitos mais básicos de liberdade e sem a chance de possuir qualquer objeto pessoal (os poucos que possuíam tinham que ser carregados junto ao próprio corpo), esses sobreviventes agora vivem. São personagens da cidade: transeuntes no cenário urbano, vizinhos, trabalhadores e também turistas, estudantes e artistas. Compuseram e compõem novas histórias no mundo.
Essa mostra fotográfica de beneficiários do Programa de Volta para Casa e moradores de Serviços Residenciais Terapêuticos é, acima de tudo, uma homenagem aos que transpuseram os muros dos hospitais, da sociedade e os seus próprios.


''(...) há sempre um resto de razão no mais alienado dos alienados.'' - Philippe Pinel (1745-1826)

projeto Área temática da saúde mental

Fonte

Centro Cultural da Saúde

Texto todo extraído do link do projeto "De volta para Casa".

O Programa De Volta para Casa

O Programa de Volta para Casa foi instituído pelo Presidente Lula, por meio da assinatura da Lei Federal 10.708 de 31 de julho de 2003 e dispõe sobre a regulamentação do auxílio-reabilitação psicossocial a pacientes que tenham permanecido em longas internações psiquiátricas.
O objetivo deste programa é contribuir efetivamente para o processo de inserção social dessas pessoas, incentivando a organização de uma rede ampla e diversificada de recursos assistenciais e de cuidados, facilitadora do convívio social, capaz de assegurar o bem-estar global e estimular o exercício pleno de seus direitos civis, políticos e de cidadania.
Além disso, o De Volta para Casa atende ao disposto na Lei 10.216 que determina que os pacientes longamente internados ou para os quais se caracteriza a situação de grave dependência institucional, sejam objeto de política específica de alta planejada e reabilitação psicossocial assistida.
Em parceria com a Caixa Econômica Federal, o programa conta hoje com mais de 2600 beneficiários em todo o território nacional, os quais recebem mensalmente em suas próprias contas bancárias o valor de R$240,00.
Em conjunto com o Programa de Redução de Leitos Hospitalares de longa permanência e os Serviços Residenciais Terapêuticos, o Programa de Volta para Casa forma o tripé essencial para o efetivo processo de desinstitucionalização e resgate da cidadania das pessoas acometidas por transtornos mentais submetidas à privação da liberdade nos hospitais psiquiátricos brasileiros.
O auxílio-reabilitação psicossocial, instituído pelo Programa de Volta para Casa, também tem um caráter indenizatório àqueles que, por falta de alternativas, foram submetidos a tratamentos aviltantes e privados de seus direitos básicos de cidadania.

____________________________________________________________________
Créditos 

MINISTRO DA SAÚDE
José Gomes Temporão

Secretaria de Atenção à Saúde
José Carvalho de Noronha
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas
Adson França
Coordenação-Geral de Saúde Mental
Pedro Gabriel
Política Nacional de Humanização do SUS
Dário Frederico Pasche
Esplanada dos Ministérios, bloco G, 6.º andar, sala 606
Tel: (61) 3315-2313
Fax: (61) 3315-3920
saudemental@saude.gov.br
www.saude.gov.br/portal/saude/cidadao

Concepção Original do Projeto
Ana Amstalden
Textos
Ana Amstalden
Eduardo Passos

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Amigo, isso não faz sentido algum

''Devo estar em um mundo onde tudo é mentira, o que meu orgulho faz? Até onde é a divisão de orgulho com me respeitar e ser insegura? A mistura é de orgulho, carência, vaidade, medo, insegurança.
Sei, são todas essas questões normais que passamos pra evoluirmos, tudo isso.

Mas sabendo de tudo isso, e do quão certo é todo esse "sistema", como ainda sinto isso?
É carência? É uma tristeza, uma tristeza por não ter acontecido, por não saber confiar, essa é a mais
pura verdade.
Nao confio, não queria estar a mercê de sentimentos mundanos humanos caóticos
a ver com shakespeare e o caralho... sabe, que merda, nao ter por completo é a grande bosta,a pessoa fica querendo, de fato nunca vai ter, mas quando acha que já tem, ela desanima?

Tenho tanto medo!
Algo me diz que nao consigo decifrar ou ser racional, já que tenho algo fechado quanto a isso.



"Há também uma predisposição de sua parte a "entortar" as coisas e fatos de acordo com uma visão excessivamente pessoal. Assuma um compromisso com a importância de atos justos, e você evitará a tendência a dizer coisas ou tomar atitudes que não são muito corretas."

...várias partes podem me dizer um sim ou um não, minha indecisão dá espaço pro mundo inteiro se manifestar.
Meu espaço é o agora, o físico, é tomar banho e deitar, feliz? Devo ficar longe, devo chorar até chegar amanhã e eu nao ter resolvido nada?''

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Guinnes monty

''Circum-navegação'' mais rápida de bicicleta

''Mark “Monty” Beaumont (RU) foi uma criança esportista apaixonada por ciclismo e esqui e com espírito aventureiro. Aos 12 anos, ele pedalou 233km, de Dundee a Oban, na Escócia, para arrecadar dinheiro para instituições de caridade. Com 15 anos, pedalou toda a extensão do Reino Unido, de Lands End a John O’Groats, uma distância de 1.670km. A conclusão do curso universitário em economia não diminuiu seu espírito aventureiro. Ao ouvir que Steven Strange (RU) havia pedalado ao redor do mundo em 276 dias e 19h15min, entre 9/5/2004 e 13/2/2005, Monty resolve superar esse recorde. O planejamento da tentativa durou um ano, quando fechou acordos de patrocínio e de mídia, o que incluiu um documentário da BBC para a TV intitulado The Man who Cycled the World ("O homem que pedalou pelo mundo"). Adotando uma rota com partida e chegada em Paris, França, cruzou a Europa, o Paquistão, a Malásia, a Austrália, a Nova Zelândia e EUA. Beaumont e sua bicicleta Konga Miyata enfrentaram doenças, adversidades e até uma colisão com um carro, para percorrer os 29.445,81km da jornada em 194 dias e 17h, entre 5/8/2007 e 15/2/ 2008. Com novos desafios em mente e séries de TV planejadas, é apenas uma questão de tempo até que Monty inclua novos recordes ao currículo.''

Algumas considerações de Mark

''i am my mother una and my sisters, heather and hannah
i am my grandfather who gave me a heavy bike
and the neighbour who took the stablisers off.
i am the kids from the high school of dundee
who raised money for my trip.
i am the woman who knocked me off my bike
in louisiana and her son who fixed it.
i am the people of the nullabor who gave me water
when i most needed it.
i am mark beaumont and this year,
i broke the round the world cycling record.
i am who i am because of everyone!''


sábado, 6 de novembro de 2010

Hi Hi antiácido

 Algumas maravilhosas frases do desenho "Flapjack", que não foi um dos desenhos que ajudou a moldar meu carater (como CDZ, DBZ, Sailor moon, sakura, yuyu hakusho...), mas ainda sim molda alguma coisa nessa pré-adultice-concomitante.   
Captain K'nuckles / Falange:

"Mulher só é mulher se for bonita, e homem só é homem se for muito feio."
"Camarão que dorme, a onda leva!"
"Amigos vão e vem, Flapjack, mas doces são sempre doces."
"Chega um momento na vida em que você tem que consertar os erros para fazer os erros certos."
"Não é todo dia que se vê uma coisa que nunca se viu antes!"
"Eu só posso ter jogado pedra na cruz!"
"A Sereia morre e vira uma céureia."
"Mulher é problema, garoto! E ainda por cima tem cheiro de queijo fedido!"
"Pegue e receberá."
"Eu sou esperto na escola da vida! Assim com 2+2 são... 3?"
"Vamos! Parte esse doce ao meio e ponha as duas partes na minha boca."
"Todos aventureiros se perdem no mar dos aventureiros perdidos."
"Fica tranquilo, garoto. O médico vai saber o que fazer... a não ser que ele não saiba."
________________________________________________________

Flapjack:



"Onde conseguiu essa piada? Na lojas de piadas ruins?"
"Não beba a água do mar! Você não sabe o que os peixes fazem aí dentro!"
"O que um doce falou para o outro quando o primeiro doce pergundou para o outro se ele queria dançar? É claro que DOCÊ pode dançar comigo."
"É o pente mais lindo do muuundo *-*''
"Sempre admirei esse seu jeito de nunca fazer nada por ninguém."
"Reparou que eu falei músculo de sentar e não bumbum?"
"Se o perigo fosse uma linda mulher, eu casava com ela!"





________________________________________________________

Flapjack: Isso aqui fede, Capitão.
Falange: É o cheiro da aventura, garoto.

Flapjack: Eu vou me aventurar por aí e não preciso de uma mulher querendo me regular.
Bolha: Não enquanto estiver sob o céu da minha boca!

Bolha: Esquece, Flapjack, o Falange é um caso perdido.
Flapjack (em pensamento): Mas ele é o MEU caso perdido...

Flapjack: Te adoro, Bolha.
Bolha: Eu também te adoro, meu bebê.
Flapjack: Te adoro, Falange.
Falange: VAI DORMIR, GAROTO!!!

Doutor: Do que você precisa?
Flapjack: Da sua amizade.
Doutor: Por quanto tempo?
Flapjack: ATÉ UM DE NÓS MORRER. *-*
Doutor: Hum, acho que não.
_______________________________

VOZ DO FUNDO (do coração?):
"É o homem com voz de meniiinaaa!"
"O verdadeeeiro Flapjack! * * * "
"O DIÁÁÁRIO DE FLAPJACK!"
"hoomem mais lindo do muuuundÔ"

---------
E olha isso, meu Deus!



terça-feira, 2 de novembro de 2010

Todas as coisas se misturam e giram longe de mim
por que caralho estou rodando, então?
Quem disse que eu quis essa tontura?
Quem me torturou pra isso, dessa vez?




sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Noção Zander


Faz uns anos me apaixonei por uma banda, "Noção de Nada". Tudo nela me fazia pensar: "foda". Suas letras
fora do óbvio e do amorzinho me prenderam, além de me amarrarem ainda pelo conjunto do instrumental, variando com Bossa nova e rock (sem rótulos específicos, se não vira viadagem).
Bem, daí que a banda nasceu em 94 e só a conheci em 2006, sendo amor a primeira escutada (e assim foi quase uma foda musical). Lembro-me que não teve tempo de ir a algum show do Noção (ok, teve, mas por falta de companhia pra ir, não fui - a unica pessoa que havia me apresentado era também a que eu não queria relacionar ao NN), a banda acabou por motivos normais dos quais sabemos 2% apenas, já que ter uma banda não é nada fácil, apesar de gostoso pra quem persevera.

Bem, foi na mesma época que conheci Dance of Days e me apaixonei por suas letras poéticas, valem um mundo inteiro de reflexões e "flores aos rebeldes que falharam" me acalmava. No dance conseguir ir em um ou dois shows maravilhosos, pulei e cantei. Comentei do Dance por gostar muito das letras, mas o vocal estilhaçado me assusta, como se fosse um primo rebelde meu. (nao tenho primos, muito menos rebeldes!) e essa é a diferença, não comparo absolutamente nada, mas quis comentar a trajetória não trágica do Dance, porém do Noção, que apesar de misturar Bossa nova e ser potencialmente LINDO, se foi. Adianta? Não sei, mas é verdade que o Dance era alma completamente, a banda inteira, e isso perpetua a banda.

Tá, a questão é que Bill (bill zander) e Phil (collins - sacanag) fizeram uma banda nova, disseram que ja tinham esse projeto e tudo mais. Fiquei puta e não quis escutar, até saber de um show do Zander aqui em JPA, onde moro (RJ!) em um lugar chamado TNQ que por sinal tocou também a banda da tal pessoa que me apresentou o Noçao de nada e que hoje é um amigo irmão. Ou seja, tive que ouvir e tive que ter mais uma foda musical - e foi gostosa de verdade.
Zander é uma banda mais ou menos do mesmo estilo, com bônus de faixas instrumentais que adoro, como "lembra o quê?". Apesar de umas letras tutacamônicas (gostei desse adjetivo, mas não existe nocexiste) ainda me conquista e queria deixar registrado com carinho, apesar de boladona de amor pelo Noção.


Entrevista (meio zuadinha) sobre o Fim do Noção de Nada: uol entrevista


Discografia do Noção de Nada:

    * Manifestos Líricos (1999) - Barulho Records
    * Trajes e Comportamentos de Acordo com os Eventos e as Ocasiões (2001) - Terceiro Mundo Produções Fonográficas
    * Faces do Terceiro Mundo (2002) - (4-way-split c\ Dead Fish, Reffer e Street Bulldogs) Terceiro Mundo Produções Fonográficas
    * Trilogia Suja de Copacabana (2004) - Manifesto Discos
    * Sem Gelo (2006) - Ideal Records/Manifesto Discos/Urubuz Records

______________________



SIte da ZANDER: zanderblues

"vale tudo que não seja nos repetir" (Zander)

OBS: Bem, Zander é uma prova de que existem pessoas que só devem cantar
em português. (eles tem uma musica chamada sunglasses que tem um refrão legal e cola, mas não dá não)

Pegue a senha e aguarde - ridiculamente engraçado e lecal

Dialeto - romântico abeça, meio tudonavida e, por isso, comercial.

Outro Dia mais - Rrasô.
 ''Quem é que dura mais?'' (Pólvora) 







@zanderblues

RJ

29.10 – Espaço TNQ (Jacarepaguá/RJ)

06.11 Heavy Duty (Praça da Bandeira/RJ) c/ Confronto e Carbonize

 


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sobre os sonhos



(Salvador Dali, “Sonho Causado Pelo Vôo de uma Abelha ao Redor de Uma Romã um Segundo Antes de Acordar”)


Talvez nem todos saibam que a interpretação profunda dos sonhos não pode ser feita por sites que generalizam, já que cada um tem seu esquema mental. 
Para não me alongar demais, posto aqui um texto resumido muito bom sobre
a interpretação dos sonhos através dos tempos, em especial na visão de Freud e Jung. Claro que além deles há muitos especialistas, na contemporaneidade 
podemos encontrar mais ligados na parapsicologia e os temas espiritualistas 
que sempre foram fonte de interpretações, seja por análise antropológica ou 
mesmo da metafísica, mas no caso achei mais propício de dois ícones do assunto.

Bem, eis o texto:

''
O que é a interpretação do significado dos sonhos
A interpretação dos sonhos é um processo para atribuir significado a eles. Em muitas sociedades ancestrais --- como o Egito e Grécia --- os sonhos eram considerados uma comunicação sobrenatural ou significado de intervenção divina. Segundo tais sociedades ancestrais, pessoas com certos poderes poderiam decifrar o significado dos sonhos. Em tempos modernos, várias escolar de psicologia oferecem teorias para decifrar o significado dos sonhos.

História da interpretação do significado dos sonhos
Os gregos ancestrais construíam templos que chamavam Asclepieions, onde pessoas doentes eram mandadas para ser curadas. Eles acreditavam que a cura poderia ser feita através da graça divina ao encubar sonhos dentro do confinamento dos templos. Os sonhos também eram considerados de significado profético por videntes de particular importância. No Egito Antigo, sacerdotes também atuavam na interpretação do significado dos sonhos. Hieróglifos descrevendo sonhos e a interpretação do seus significados são evidentes. Os sonhos têm recebido considerável importância através da história pela maioria da culturas.


No mundo ocidental, o primeiro grande trabalho de interpretação do significado dos sonhos foi o Oneirocritica, escrito por Artemidorus no segundo século, o qual interpretou o significado de muitos temas de sonhos. No século nono "Sobre as Causas dos Sonhos", de al-Farabi (conhecido como Alpharabius no ocidente), foi o primeiro trabalho a claramente distinguir entre a natureza e causa dos sonhos e sua interpretação. Em tempos modernos a interpretação dos sonhos foi levada como parte da psicanálise no final do século 19. O conteúdo dos sonhos foi analisado para revelar o significado latente da psique da pessoa. Um dos trabalhos sobre esse tema foi "A Interpretação dos Sonhos" de Sigmund Freud.

Freud e a interpretação do significado dos sonhos

Foi no seu livro "A Interpretação dos Sonhos", publicado primeiramente em 1899 (mas datado 1900), que Sigmund Freud argumentou que a fundação do conteúdo dos sonhos é de satisfação de desejos, e que sua instigação é sempre encontrada em eventos do dia que o precedeu. Freud defendia que, no caso de uma criança muito nova, isso poderia facilmente ser visto, uma vez que os sonhos destas quase diretamente representavam a satisfação de desejos que despertavam no dia anterior. Porém, em adultos a situação é mais complicada. Neles os sonhos seriam sujeitos a distorções, com o sentido manifesto (a fachada) e o sentido latente (o significado) presente no inconsciente. Como resultado dessa distorção e disfarce, o significado real do sonho ficaria oculto: a pessoa não é mais capaz de reconhecer o significado verdadeiro do seu sonho. 

Freud listou as operações de distorção que seriam aplicadas para reprimir que os desejos se formassem nos sonhos como recordáveis. Por causa dessas distorções, o conteúdo manifesto dos sonhos diferia tanto do sentido latente que poderia ser alcançado através da análise. Essas operações incluiriam:
* Condensação - O objeto do sonho suporta várias associações e idéias, desta forma os sonhos são breves e lacônicos em comparação com a riqueza dos pensamentos.
* Deslocamento - Um objeto do sonho de significado emocional é separado do seu objeto ou conteúdo real e ligado a um completamente diferente que não levante suspeitas para censura.
* Representação - O pensamento é traduzido em imagens visuais.
* Simbolismo - Um símbolo substitui uma ação, pessoa ou idéia.

A essas operações pode-se adicionar a "elaboração secundária", que é o resultado da tendência natural da pessoa dar algum tipo de sentido ou história ao que recordou do conteúdo manifesto no sonho.
Freud considerava que a experiência de pesadelos eram resultado de falhas na elaboração do sonho, de modo a não contradizer sua teoria de satisfação de desejos. Sonhos traumáticos (os quais meramente repetiam experiência traumática) eram admitidos como exceções à teoria.


Jung e a interpretação do significado dos sonhos

Jung acreditava que a noção de Freud, de que os sonhos representavam desejos não atendidos, era simplista. Jung era convicto de que os espoco da interpretação do significado dos sonhos era maior, refletindo a riqueza e complexidade de todo o inconsciente, tanto pessoal como coletivo. Jung acreditava que a psique era um organismo auto-regulatório no qual as atitudes conscientes eram provavelmente compensadas nos sonhos pelo inconsciente.
Jung acreditava que arquétipos como o animus (força masculina na mulher), anima (força feminina no homem), a sombra, entre outros, se manifestavam nos sonhos como símbolos ou figuras. Tais figuras poderiam tomar forma como um homem velho, jovem donzela ou aranha gigante. Cada um representaria uma atitude inconsciente que era escondida do pensamento consciente. Embora parte integral da psique do indivíduo, essas manifestações eram em grande parte autônomas e percebidas pela pessoa sonhando como personagens externos. Jung defendia que os sonhos não eram quebra-cabeças inventados pelo inconsciente para se decifrar, de modo que a efeitos causais "verdadeiros" fossem extraídos.    "




sábado, 25 de setembro de 2010

Recanto


Fragmentos _ 28/10/09

Até ontem gostava de passear pela cidade
encontrar rostos indecifráveis e entupir expectativas
fazer tudo virar formas com o lápis de cera e, enfim, bem velho achar que nada tem a ver com as esquinas

Queria conhecer a Mandy, entrei na Mandy
fiz ela descobrir o orgasmo e fui embora

Ansiedade que nao existe
insisti que viesse refazer sem jogar nada fora

Sumindo ali e aqui, aparecendo pra sonhar sonhos
imbecis e amanhã ser mandado embora

Tá de sacanagem comigo? espero que nada disso faça sentido poético, pare de pensar que são versos e rimas e climas e crinas

- Sim, ainda, mas agora não me iludo com idealizações.
Eu precisava passar por isso e finalmente vejo que a questão sempre foi essa adoração por waffer.

Os legos disseram que querem nosso quarto de volta,
o bananinha morreu, voce lembra? Te fiz chorar pelo
elefantinho, foi sem querer, mas eu precisava
usar sua dor pra esconder a minha, olha só que
infantil

Aí tinha a Lilica e um dia estava no pátio do colégio
com ela, o ônibus do passeio ia embora, eu resolvi
passear e quando voltei fiquei desesperada.
Cade a lilica? cadê o gorrinho, cadê a carlinha,
cadê aquela boneca grande? tá, ela não faço questão encontrar. Cadê as coisinhas que perdi quando
os computadores explodiram? Cadê minha vida gay
e umas sacanagens pra me fazer feliz sem achar
que não estou feliz?

Psicologicamente falando nunca quis esconder nada caótico, apenas o que considerava caótico demais pra considerar,
algo instável que não tem a ver com a realidade.

Tá, eu perdi as coisas, não quero mais perder nada.
Será que vou rasgar, colocar no mundo do capeta?

Lembro que amava ouvir uma musiquinha do Oasis bem característica e emocionante. O problema é que o donwload não foi completo e entrar na internet
aquela época era algo meio árduo, eu até chorava com isso, aos 15. Enfim, então escutava a música 3 vezes por dia e ficava emocionadinha. Eu sabia que a música estava incompleta, mas precisava ouvir "i need more time i need more time..", então ela acabava na parte
climax e então devia ser precoce pra escutar o que vem depois. Ainda lembro onde ela terminava, é muito engraçado

preciso de mais tempo, preciso de mais tempo

Voce é um lírico que toma banhassos de água fria e
só sabe tocar o final das músicas e não a introdução
e só por isso é um lírico,
só por isso é um personagem legal do RPG sonho
Enfim, vamos lá

Seus dedos em cordinhas que brilhavam na sala de aula
tram tram
Acreditava que um dia arrancaria seus olhos
Acreditava que era com eles que tocava

Comecei a achar que os poemas anônimos
restauravam minhas esperanças, nunca pensei
que justamente deixaria de fora sonhos inconscientes

um dia voce apareceu na janela, sorriso de nervoso
será que apareceria novamente?

talvez eu pudesse ver além disso, de repente era o Drummond dizendo Olá, vamos ser realistas e falar sobre sonhos?
Não foram essas palavras, talvez tenha sido algo realmente certo

O vento aconchegante agora é poeira da rua, baby, vamos amar de verdade sendo patriotas?

um dia voce apareceu na janela
todos queriam entender a música que as estrelas
tocavam, o por que ficavam no alto e tal


Diário 08

18/11/08


4. Um cara nada lúcido toca violino magnificamente bem;
Eu totalmente lúcida não enxergo nada, absolutamente.

x. Aquela realidade das pessoas, essa realidade de um grupo de pessoas vestidas de alegria, me faz ter esperanças quanto ao mundo, e esquecer minhas conversões.

3. Quero uma porrada de catarses juntas, é a única forma de me hipnotizar.


2. Em ''água viva'', Clarisse transpassava, traduzia-se, tentava.
''Elástica. É um tal mistério essa floresta onde sobrevivo para ser. Mas agora acho que vai mesmo. Isto é: vou entrar. Quero dizer: no mistério. Eu mesma misteriosa e dentro do âmago em que me movo nadando, protozoário. Um dia eu disse infantilmente: eu posso tudo. Era a antevisão de poder um dia me largar e cair num abandono de qualquer lei. Elástica. A profunda alegria: o êxtase secreto. Sei como inventar um pensamento.''

Repassa-se a informação e ela anda por aí até encontrar corpos que a desfiguram e repassam, mas só quando incorporarem seus sentidos representarão as informações como catarse.

Grandes merda essa porra toda.
Um pingo de realidade que não seja ilusão, estupidez, carencia humana, criaria uma revolução interna que já acontece de forma caótica no mundo.

Nao ha forma de mentir gritos nem carinhos
há forma apenas de sentirmo-nos libertar
das mágoas aprisionadas pela nossa própria ignorância e pela
ignorância alheia
Não é dia de virar as costas pra dor, se todos os cantos do mundo
precisam de nós, se todos os nós precisam dos nossos dedos macios ou ásperos

Não há forma de resolver o desencanto com poesia, nem de aliviar a dor

Não há depressão maior que traga alguém, nem alguém que traga depressão

Só espero mais um dia viver a verdade,
por que a verdade não tem hora e as horas, infelizmente,
escondem verdades.

x. Não há coisa mais bela que as flores: esta é o "amor perfeito"
. "Alguns sorriem ao saber que os espinhos tem rosas".

9. Elas são tristes, mais tristes por serem a própria tristeza o resumo da beleza dos poetas - morrem por sí e não escondem que a tristeza não é bela, só as pétalas que as consagram suspiros da nossa verdadeira natureza: um dia amar como elas amam

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Lua nova (NÃO O FILME!)


Lua Nova (Manuel Bandeira)

Meu novo quarto
Virado para o nascente:
Meu quarto, de novo a cavaleiro da entrada da barra.


Depois de dez anos de pátio
Volto a tomar conhecimento da aurora.
Volto a banhar meus olhos no mênstruo incruento das madrugadas.


Todas as manhãs o aeroporto em frente me dá lições de partir:
Hei de aprender com ele
A partir de uma vez
- Sem medo,
Sem remorso,
Sem saudade.


Não pensem que estou aguardando a lua cheia
- Esse sol da demência
Vaga e noctâmbula.
O que eu mais quero,
O de que preciso
É de lua nova




PS: Fui procurar no google imagens das fases da lua, coloquei: "Lua nova",
e fudeu, tudo era do filme, eu tinha esquecido que um dos filmes dessa coisa
se chamava Lua nova, aí tive que especificar. CÉUS!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Pouca catarse

''Sem saco pra falar de sentimentos
acontece que não existe mais chance de entender tudo
que aconteceu
O sofrimento afogou os sonhos, íamos casar e morar
perto uma da outra, ia ter uma passagem subterrânea
até e a gente ia falar muito mal e muito bem do mundo inteiro, achar sentido pras coisas mais absurdas e achar absurdos em sentidos.
Não teve a ver com nada, teve a ver com tudo,
por que ainda demoro pra entender coisas que nem
páro pra pensar?
É prefirível fingir que o motivo foi o fim, mas não existe fim nenhum, nunca acreditamos nisso.
Não tem nada a ver com relações de amorzinho
entre casais idiotas, meu Deus, é incontestável que a paixão é a única coisa que move a todos, mas não é
dela que eu preciso nem vou querer pra vida inteira.
Penso que nunca devíamos ter deixado nada disso acontecer...
Mas em que diabo de mundo que vivo que o tempo não fecha as portas pra ninguém além de pra mim? ''





segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Mitos sobre o cérebro humano

7 Mitos sobre o cérebro humano

Mitos sobre o cérebro1. Humanos têm o cérebro maior que todos os outros animais. Embora nós sejamos os mamíferos mais inteligentes, nós não temos os maiores cérebros do planeta. Baleias e elefantes têm cérebros maiores que humanos, mas seus cérebros são obviamente menos desenvolvidos. O que nos torna únicos é a nossa relação entre peso cerebral e peso corporal, que gira em torno de 1:50 para humanos. Para os outros mamíferos é em torno de 1:180, enquanto para a maioria dos pássaros é 1:220.

2. As dobras do cérebro aumentam à medida que se aprende. O cérebro de todo mundo tem dobras. As dobras do nosso cérebro permitem ao cérebro ter uma área superficial maior num espaço pequeno. Cientistas acreditam que a grande área superficial proporcionada pelas dobras é uma das razões que nos torna melhores pensadores do que outros mamíferos no reino animal. Ao longo dos anos, nosso cérebro muda em várias áreas, mas as dobras que nosso cérebro desenvolveu permanecem iguais até o dia da nossa morte.

3. Você pode aprender por osmose. Quem não gostaria de poder aprender coisas novas apenas por absorção de mensagens, como ouvindo a mensagens subliminares, ao invés de ter que estudar? Estudos recentes têm demonstrado que ver ou ouvir mensagens subliminares por uma fração de segundo não necessariamente ajuda no aprendizado. Outros estudos têm desafiado a afirmativa de que você pode aprender um idioma enquanto dorme simplesmente ouvindo a gravações. Infelizmente, praticamente todo aprendizado requer esforço consciente.

4. Um cérebro danificado nunca sara. Uma lesão cerebral leve, como uma concussão, geralmente sara por completo. Aqueles que sofrem danos severos por AVC, sangramentos e lesões físicas podem se recuperar, pelo menos parcialmente, e mesmo pessoas em coma durante anos tem ocorrido de acordarem. Nosso cérebro possui habilidades maravilhosas de se reparar. Mas é importante também desenvolver suas reservas funcionais e exercitar suas habilidades cognitivas.

5. Drogas e álcool criam buracos no cérebro. O uso intenso de narcóticos pode certamente danificar seu cérebro, porém não forma buracos no tecido cerebral. Outra falácia é que células cerebrais morrem por causa do consumo de álcool. O que realmente acontece é que o abuso de álcool e drogas retarda a atividade em certas áreas do cérebro e, como resultado, imagens do cérebro parecem mostrar buracos nessas áreas. Portanto, essas imagens representam simplesmente que essas áreas do cérebro têm níveis de atividade reduzidos... o que já não é uma boa coisa. A clínica do Dr. Amen é famosa por este tipo de imagem e várias delas podem ser encontradas aqui.
6. Usamos apenas 10% do nosso cérebro. Embora você nunca utilize toda a sua capacidade cerebral ao mesmo tempo, o valor de 10% é simplesmente um mito. No artigo da Scientific American intitulado Do People Only Use 10 Percent of Their Brains? (As pessoas usam apenas 10% do cérebro?), o neurologista Barry Gordon da Escola de Medicina John Hopkins em Baltimore explica, “Na verdade nós usamos virtualmente todas as partes do cérebro e o cérebro (quase todo) está ativo o tempo todo.” E acrescenta, “Vamos colocar dessa forma: o cérebro representa 3% do peso corporal e utiliza 20% da energia corporal.”

7. Nosso cérebro é cinza. Embora seja verdade que uma parte do nosso cérebro seja cinza claro – todos já ouvimos o termo “substância cinza”, que refere-se aos corpos celulares dos neurônios – outras partes do nosso cérebro são brancas, vermelhas, rosadas e mesmo pretas. A “substância branca” consiste de feixes nervosos que conectam as células nervosas, enquanto as áreas vermelhas e rosadas possuem essa cor por causa do sangue e dos vasos sanguíneos. As áreas pretas são encontradas no diencéfalo e têm essa cor por causa da neuromelanina, que é similar ao pigmento no nosso cabelo e pele.


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Se'



"Esse sentimento de entusiasmo gerado por uma vontade que irá se realizar é tão
ralo, tão bobo"
Mas por que essa luz poderia ser tão triste?
- Por que eu acho, eu sinto, eu penso, que é errado e acho que não é só por medo
então pra que sentir isso, sim, eu queria sentir isso, por que nao?
Por que não?
Nada pode adiantar, mas qual é o problema dessa chama?

É a ilusão, é isso?
É achar que irei sentir, quando nao irei?
Se eu não for?
Se eu não rir?
Por que o "Se" não é nada poético agora?

Eyeballing



Só uma música, peguei ela emprestada pra fingir que tinha
uma trilha sonora agora.
Ela não é de ninguém, não é sua, mas eu devo isso
Devo melodias por aí,
quando vou olhar como se as tivesse ganho?

Depois de uns dias ainda tinha em mente meu coração,
logo depois volto daquele céu maravilhoso e estou correndo
entre faíscas, de braços abertos.

Não interessa buscar essas coisas, nada disso é interessante o suficiente

Que o mundo inteiro busque e eu diga "não",
logo estarei novamente colocando todo mundo em mute

Os movimentos são lentos, se alguém pretende registrar luzes estúpidas
precisa correr através do tempo,
Precisa recomeçar agora em outro ritmo, sem no entanto ficar pra trás

Mas definitivamente não é no futuro que caio, nem do passado que
emergiu,
nem de movimentos sobre o quanto a burocracia é estúpida,
infelizmente
 
Enquanto isso vivo com os olhos ardendo,
as vezes até pergunto como é a sensação de conseguir fechar os olhos


Vi no jornal essa tal atividade, vodka eyeballing

Se eu fosse você eu só fecharia os olhos

sábado, 4 de setembro de 2010

Arquétipo


Eu mesma não entendo, mas a verdade é que isso
não me emociona. E o que não emociona acaba é me incomodando, verdade. Pensando bem, realmente, pensar e sentir nesse sentido dão no mesmo, praticamente. Ou seja: o incomodo é minha culpa ou culpa da culpa que eu sinto? Por que sentir
culpa por ver amor em tudo? Jung não resistia a isso,
mas Sabina é que se sentia culpada?
Sentindo bem, realmente, nada é prático.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Van Gogh cake


Bolo inspirado no quadro Starry Night de Vincent Van Gogh, criado pela americana Megpi

Quadro:




Starry Night ( Vincent Van Gogh )

sábado, 28 de agosto de 2010

Pokesabe




É estranho, as pessoas não se questionam sobre nada.

Pergunto o por que pras pessoas, por ex:
Por que você gosta de amarelo?
"por que sim, é bonito"
Sim, mas por que é bonito?
"Por que eu gosto"
"Certamente. MAS POR QUE VOCE GOSTA?
"Sei la carol, voce é maluca, por que SIM ué.

É normal de cara ter esse tipo de reação, mas depois é bom se perguntar, é libertador, você se conhece melhor. Sei, ninguém tem mais tempo pra se perguntar nada, correria da vida prática nos robotiza.
Mas se ainda sim queremos nos acalmar, uma boa forma é se perguntar as coisas. Dá pra fazer no ônibus, antes de dormir, enquanto come etc, ao invés de remoer coisas mal resolvidas, procurar erros baseados em conceitos gerais. Uma coisa é a forma como se administra alguma coisa, outra é como você se sente. Mas tudo isso se interliga... Enquanto ninguém se questiona seus próprios porquês, continuam vivendo o por quê geral, o que criticam até. Assim o sistema continua da mesma forma e pior que estar de qualquer maneira é não ser assimilado, estudado. Não conseguem (por que não tentam) simplesmente pensar de outra forma que não seja alguma lida ou que lhe ensinaram.
Não são pessoas burras, ninguém o é. Algumas pessoas não tem acesso a informações, outras que têm não aproveitam. Uma boa pergunta é "como aproveitar?"
Parece bobo apenas se perguntar o por quê de gostar de tal coisa, mas esse é o começo de um ciclo.
Nada é óbvio, só o dinheiro (quando vivo).
A intenção é conseguir um dia se perguntar por que de sentir ciúme, por que de sentir tanta preguiça, por que de sentir vergonha de algo... E tudo isso sem se saciar com respostas do tipo: "ah, por que me faz mal!", "me faz sofrer"! Sim, faz, mas por quê?
Se não entendermos o por quê, não nos entenderemos e parte da nossa personalidade será apenas sofrer, se lamentando por coisas que nem mesmo entendemos, mas que é '' normal '' não gostar. Importa mais o que você não gosta do que o que gosta, portanto é melhor começar por saber
exatamente o por quê de se agradar com coisas que muitas vezes sofremos por não ter, mas que se tivermos também sofreríamos, só que com o foco diferente.
É bom entender seu próprio mecanismo.
Ex: Não adianta tomar neusaldina sempre, a gente precisa saber o por quê de sentir sempre dor de cabeça!

Tente se perguntar o por quê das coisas, de todas elas e o por quê do por quê do por quê. Tá em uma fila reclamando? Quer uma revista pra se distrair? Tente pensar! Porra, se ler!

Enfim, "Por que sim" não é resposta
E creia, nem mesmo "sim" é resposta!

 fonte>:  Meu fotolog, Livre ILustrado *-*

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Rei do SOl

Sobre Gram 

Gram foi uma banda paulistana, formada em 2002. Antes de seu início, os integrantes tinham uma banda cover de The Beatles, chamada The Beatless, que chegou inclusive a tocar no consagrado Cavern Club em Liverpool. Após o ocorrido, a banda começa a fazer um som próprio e monta a banda Mosva, cantado em inglês, mas dura pouco tempo. Depois de algum tempo, a banda monta o Gram, agora cantando em português. Com o lançamento do videoclipe "Você pode ir na Janela", a banda chama a atenção da Deckdisc que lança em 2004 o primeiro álbum da banda, auto-intitulado. Entre 2004 e 2005, a banda faz vários concertos, toca em festivais como Abril Pro Rock em Recife e o MADA em Natal. Em 2005, a banda lança o álbum ao vivo MTV Apresenta Gram que sai em DVD e CD. No começo de 2006, começam a trabalhar no novo álbum, batizado Seu Minuto, Meu Segundo, lançado em 19 de setembro de 2006. de Fernando Falvo, baterista do Gram, postou no dia 09/07/2007, na comunidade dedicada à banda no orkut, nota afirmando que o grupo encerrara suas atividades.
Seguem alguns trechos da nota publicada por Falvo: "Agradecemos a todas as pessoas envolvidas direta ou indiretamente neste projeto, pessoas que nos abençoaram com trabalho, iniciativa e energias positivas. Aos fãs que sempre são a razão de uma banda existir. Seguramos esta situação o máximo que podíamos na intenção de achar a melhor solução, a mais plausível, eu, o Marco e o Pagotto continuamos com um novo projeto em andamento.", fonte: Wikii



Integrantes:

  • Sérgio Filho - Vocal, guitarra e Piano
  • Luiz Ribalta - guitarra
  • Marco Loschiavo - guitarra
  • Marcello Pagotto - baico e sintetizadores 
  • Fernando Falvo - Bateria

Cds Lançados:

Tchuqui:
 
''Gram, o disco, é um caldeirão de influências de um puta bom gosto. Em suas músicas nota-se resquícios de Beatles, Radiohead e muito rocknroll vindo da terra da Rainha Elizabeth. O baixo é muito bem executado, não é aquela coisa marcada, básica, reta. Você nota sinusidade no modo como o baixo é tocado. A batera é de uma competência absurda, forte, densa, do jeito que todo bom disco deveria ser. As guitarras são um caso à parte. São 3 e todas elas com algum fraseado, ou passagem totalmente independente das outras. Texturas e mais texturas de complexidade, bom gosto e virtuosismo. '', *gspot

A música a seguir é do segundo album, "Gram_ Seu minuto, meu segundo".

Rei do Sol

Bem no fim da história
Mora um rei que vendeu amor
E comprou o mundo
Só faltava comprar o Sol

Depois do Sol
Depois do Sol é frio
Depois do Sol é frio

Bem no fim do livro
O soldado atirou no rei
Pôs um fim à guerra
E ergueu suas mãos ao céu

Depois do Sol
Depois do Sol é frio
Depois do Sol é frio

O rei do Sol
O rei do Sol é frio
(Quem é você
Que explora o Sol
Mas é tão frio?
Quem é seu o rei?
Quem é você
Que explora o sol
Mas é tão frio?)

O rei do Sol
O rei do Sol é frio
(Quem é seu o rei?
Quem é você
Que explora o sol
Mas é tão frio?)


quinta-feira, 29 de julho de 2010

Inconsequências didáticas

A culpa não é do cérebro!
Por que temos tantos “Pitágoras” para tão poucas “Theanos”?! Será que o cérebro das mulheres é menos inclinado a entender a Matemática?! Não é o que diz o estudo de Janet Hyde e Janet Mertz da Universidade de Wisconsin-Madison, publicado em junho de 2009, na PNAS. Para as pesquisadoras o potencial “biológico” feminino para a Matemática é igual ao dos homens, mas elas acabam tendo menos incentivo para se empenhar nesta área de conhecimento. O que não ocorre no Oriente, já que meninas criadas em países asiáticos costumam ter, em média, notas maiores que as dos EUA. Sendo assim, ao invés de uma diferença biológica inerente ao sexo, a chave do problema parece ser uma questão sociocultural! (LSBP, jun 2009)
Hyde J S, Mertz J E (2009). Gender, culture, and mathematics performance. PNAS 106 (22), 8801-8807.''


  "Matemática em meninas não vem do berço, e sim de estereótipos... e da professora...

O gosto pela matemática divide as opiniões dos estudantes desde que estão nos primeiros anos do ensino fundamental. Há os que adoram o mundo dos números e há os que torcem o nariz só de pensar em fazer uma multiplicação. Muitos destes últimos manifestam uma grande ansiedade em relação à matemática, que pode ser definida como uma resposta emocional desagradável à matemática, e que é mais comum em mulheres do que em homens. O fato dessa ansiedade em relação à matemática ser mais comum em mulheres, ou meninas, é usado por alguns como evidência de que já na infância as mulheres seriam menos aptas para a matemática do que os homens.
Isso, no entanto, não é necessariamente verdade – e, aliás, há evidências de que não há uma inaptidão inata de qualquer dos sexos para a matemática. Ao contrário, a ansiedade em relação à matemática poderia ser... aprendida. E aprendida, por exemplo, da própria professora de matemática.
Isso é o que descobriram Sian Beilock e colegas, da Universidade de Chicago, em uma pesquisa com estudantes e professoras do ensino fundamental nos EUA, onde 90% dos professores do ensino fundamental são mulheres. O grupo testou as habilidades matemáticas e o grau de ansiedade com relação à matemática de 17 professoras da 1ª e 2ª série do ensino fundamental (mas não professores). Também os estudantes, nos três primeiros meses de aula e nos dois últimos, tiveram testadas suas habilidades matemáticas e sua crença no estereótipo acadêmico de gêneros (“meninos são melhores em matemática e meninas são melhores em leitura”). Afinal, seria possível que a ansiedade matemática das professoras levasse a um menor desempenho das alunas em matemática se estas se acreditassem intrinsicamente ineptas, como sua professora, para a matemática.
Para avaliar a crença no estereótipo acadêmico, os pesquisadores contavam duas histórias isoladas sobre um estudante (sem distinção de sexo, o que funciona em inglês) bom em matemática e um estudante (também sem distinção de sexo) bom em leitura e pediam às crianças para desenhar cada um dos personagens. Os cientistas perguntavam, então, às crianças se os personagens que haviam desenhado eram menino ou menina. O exercício foi realizado duas vezes: no início e no fim do ano letivo.
Resultado: no fim, mas não no início do ano letivo, as meninas lecionadas por professoras com ansiedade matemática tinham maior propensão a acreditar no estereótipo “meninos são bons em matemática e meninas são boas em leitura”. Ao final do ano, essas meninas, alunas de professoras com ansiedade matemática, também tinham menor desempenho matemático em relação aos meninos de sua classe e em relação às meninas da mesma classe que não acreditavam no estereótipo – embora no começo do ano todos tivessem desempenho igual. Os meninos, aliás, não parecem ser afetados pela ansiedade da professora, tenham eles ou não crença no estereótipo acadêmico.
A influência da ansiedade das professoras somente sobre as meninas pode ser atribuída ao fato de crianças em idade escolar (1a e 2a séries) tenderem a se espelhar nos adultos de mesmo sexo para compor seu repertório de comportamentos socialmente aceitáveis. Além disso, essas crianças já conhecem crenças comumente aceitas sobre gêneros e habilidades a elas atribuídas, e tendem a adotar comportamentos e atitudes que elas pensam ser adequados a cada sexo. Sendo assim, se a professora demonstra ansiedade em relação à disciplina e o senso comum diz que os meninos são melhores do que as meninas em matemática, muitas meninas acreditam nisso e sentem-se desmotivadas em desafios matemáticos. Essa falta de motivação tem uma influência direta no desempenho dessas meninas, que acaba sendo pior do que o esperado. Aliada à aceitação do estereótipo, a ansiedade matemática da professora, portanto, leva a queda do desempenho na disciplina, mesmo que a pessoa tenha habilidades suficientes para obter sucesso com os números.
Não se deve, contudo, colocar a culpa só na professora: há muitas outras fontes prováveis de influência no desempenho matemático das meninas, como professoras anteriores, pais, mães e irmãos, que reforçam ou não o estereótipo de habilidades acadêmicas.
O importante é lembrar que o desempenho geral de meninas e meninos não apresenta diferenças inatas: as habilidades são as mesmas entre os sexos, e o que difere é o estímulo que é dado a meninos e meninas para desenvolver suas competências.
(SAC, 12/03/10).

Fontes: Beilock SL, Gunderson EA, Ramirez G, Levine SC (2010) Female teacher´s math anxiety affect girls’ math achievement. PNAS 107, 1860-1863.