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sexta-feira, 11 de março de 2011

Sem glamour algum

Por quê eu demoro tanto tempo escolhendo roupa?

- A pesquisa de preço é árdua. Não consigo comprar
algo sem ver em mais 3 lojas de diferentes bairros
o preço - e em ocasiões específicas de ir a tal bairro de qualquer forma.

Em copacabana tem uma loja bem parecida com
uma aqui da freguesia/JPA/zonaoeste: só que
as camisas de 10 reais são menos feias do que
as daqui, que também são 10 reais. Além dessas, também vestidos de 70, 35, 60, 55 reais, aí é óbvio que vou dizer: "estamos em copacabana, uma loja aqui é muito mais cara". É até por esse mesmo motivo que prefiro não comprar roupas em shopping.

Fui então até a Taquara/JPA/zonaoeste, o lugar mais perto (praquemmoranazonaoeste) pra se comprar roupas baratas. Show... Fui em mais de 5 lojas e, cara, coisas menos piores lá estavam por 60 reais - e ainda sim não eram do meu feitio.

Tem gente que acha 60 reais baratíssimo, o pessoal de copacabana por ex.. Agora, o pessoal da Taquara não acha o vestido de 60 caro? Não!
Pois acho caro e feio, meu Deus, pra quê tanta estampa? Céus, eu não quero estampa.

- Esse é feio, não dá não.
- Ué, mas é parecido com o que você está.
- Sim, e você acha que eu gosto do que eu tô?
É prático: barato e leve, por isso comprei e uso.

Aí as mulheres na loja repetem coisas como: "mulheres demoram muito pra escolher, não adianta!!" - etc.. Acho que outras mulheres, e homens
inclusive, fazem essa pesquisa de preço... Não são grande parte, mas sinceramente toda vez que compro roupa eu penso o que eu poderia estar comprando de produtivo com o dinheiro extra que pagaria se fosse em qualquer loja sem pesquisa alguma.
E aí, sou prática?

Não importa, ali sou mais uma mulher que demora pra comprar roupa.
Não tenho orgulho disso, não acho o máximo do feminino e engraçadinho a mulher se importar tanto com a aparência, ter tantos padrões e competição. Isso ainda é consequência de um machismo, ainda é a mulher se tornar escrava de uma beleza idealizada por homens ou para homens ou mulheres que pensam em padrões que nem sabem da onde vem - menos ainda se perguntam porquê. É bonito se tornar fantoche do capitalismo? É feminino gastar muito dinheiro em roupa?

Não julgo tecidos e o quanto são confortáveis, esquentam ou são frescos, concordo também com essa procura - afinal, quem pode, por que não comprar um tecido que lhe agrada mais, mesmo sendo mais caro? Trabalhou, manda vê, compra sim... Mas cara, poucas as pessoas que falam em tecido relacionando a conforto. O normal é relacionar ao preço, a "finura". 

Lembro de uma roda de discussão da faculdade em que o professor levantou a questão dos preços das coisas, influências etc.. Na sala a maioria das meninas falava bastante de bolsas. Há, e na sala inteira só tinha um cara - que faltava - o resto era mulher. ótimo? Bem, então uma mulher foi comentar que não ligava nem um pouco pra isso, que estava mais preocupada com outras coisas e tentava economizar sempre etc. Perguntei onde ela ia comprar roupa. "Vou ali no barra shopping mesmo, pra minha filha compro na bicho comeu blablabla". A bicho comeu é uma das lojas de roupa infantil mais caras do Rio, é uma marca conhecida e tal, assim como qualquer loja de shopping você vai encontrar preços maiores... Isso não é se importar? É ser alienada? E a alienação é culpa dela só? Não é só culpa dela e é sim um sintoma de influência, capitalismo, vaidade. Ninguém está livre da vaidade seja lá em quê área da vida, mas não querendo ser tão chata (mas já sendo chata), se  não se importa com marca etc. o que diabos fará na bicho comeu? No  barra shopping? Tem cartão da renner? leeder? Não têm. Foi uma discussão interessante e desinteressante é alfinetar as pessoas,
sabia que estava ali pra colocar em prática o que tanto falo: a união. 

A mulher é insegura, o homem é inseguro. Todos somos vítimas e também propulsores do capitalismo.

Nós alimentamos isso aí, sorrindo e achando graça de comerciais de lojas que exploram a busca da beleza padronizada. 


FEITIO

1. Forma, configuração, feição, conformação.
2. Corte; talho.
3. Fig. Espécie, laia, qualidade.
4. Carácter!Caráter, modo de pensar ou de proceder, génio, índole.
5. Mão-de-obra; preço do trabalho (do alfaiate, modista, etc.)
6. Excremento de coelho, raposa e outros animais.




''A existência da moda é uma das grandes sacadas da estrutura do sistema capitalista. As roupas, calçados, maquiagens, penteados, etc. mudam no mínimo a cada estação, isso faz com que os produtos se renovem a cada momento, mas a grande sacada desse setor é que muitas vezes podem ser apresentadas modas espelhadas em outras épocas, o que faz com que compremos novamente os produtos que tínhamos na década de 1970, ou seja, acabamos comprando duas vezes o mesmo produto só que em épocas diferentes, não necessariamente porque gostamos, mas porque o grupo social assim exige.
Cabe aqui ressaltar que a moda não trará novamente algo de cinco anos atrás, pois se corre o risco de eu ainda ter guardado no meu armário e, dessa maneira, não necessitarei fazer a compra.
Essa é a nossa famosa lógica do consumo, a qual está fundamentada na nossa cultura, na estrutura do sistema capitalista, e faz com que, por intermédio de vários patamares, sendo um deles a MODA, o fluxo financeiro continue fluindo concretizando a estrutura do sistema capitalista.
Revista Sociologia/Tatiana Martins Alméri é socióloga pela Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, mestre em Sociologia Política e professora na Unip e na Fatec (taalmeri2@hotmail.com)''

willtirando

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Conversando



Nós que lemos crônica mais do que lemos livros normais, por que, como Rubem dizia, somos preguiçosos, ou apenas por que somos mais realistas (ou as duas coisas não exatamente nesta ordem), apesar de escrevermos sobre o paralelo para entreter, lembramos de várias crônicas enquanto vivemos, andamos por aí e até ao abrir os olhos. Acredito que tudo é isso quando se vive atento ou atentado.
Mas a questão é que estava a pensar seriamente sobre clair de lune e vidas passadas quando me bateu uma vontade imensa de praticar a arte de fazer uma crônica - Algo dificílimo já que nunca se sabe quando realmente fez uma. 
Normalmente até na falta de assunto se faz uma crônica, pois, aliás, detalhes escondidos é que fazem as crônicas. Como Rubem Braga era brilhante mesmo sem assunto, alguns outros são ainda mais com assuntos pessoais (Arnaldo, Clarisse).
Confesso que o presente que mais adoro receber é livro, qualquer livro de crônicas. E confesso também que contos valem nesse meio, pois remetem ao mesmo ponto: idealizando uma época, ou denunciando, tudo nas entrelinhas.
Confesso também, algo meio óbvio em minha pessoa, que adoro o quente do escrito. O que é o quente do escrito? Alguns pensariam algo com relação a crônicas apimentadas, contos safados, ou aqueles que conheçam mais: tons mais sarcásticos.
Retruco então: vale tudo que tenha dom característico. Mas o quente do escrito é o que não se reavalia trocentas vezes depois de ser feito, o que não se relê a fim de mudar frases, colocar em outras partes, acrescentar isso ou aquilo que poderia isso ou aquilo para melhorar isso ou aquilo. Eu gosto é do quente do escrito. Originalidade, e isso não passa despercebido para os bons olhos analíticos, ou escreve por gostar ou gosta de escrever, ali e aqui, melhorar alguma coisa por isso e aquilo. Mas não serei sórdida: gostar de escrever é um dom, que também não passa despercebido, até por que, pega-se domínio pela escrita depois de um tempo, e essa é uma outra questão.
O domínio maior da escrita é quando conseguimos passar o que queremos? Acredito que não. Como uma pintura; cada um vê de uma forma, é meio impossível todos verem o que você quis passar, e isso até que é bom demais da conta, em muitos casos. No caso de fazer romance; no caso de ser canalha; no caso de um bom irônico (os três se enquadram em um só, acredite.) .

Fui pressionada emocionalmente muitas vezes, portanto acho que está na hora de falar algo pessoal sem que seja nas entrelinhas como de praxe, e isso eu ia colocar depois do texto a seguir, pois eu lembrei do por quê estaria contando o que estarei a contar, mas vi que seria meio redundante, meio bobo, como já está sendo, mas vamos lá, agora é minha parte "escrita quente" retocando.

Meu caso com a escrita vem de muito tempo, desde que aprendi a escrever. Começou escrevendo meu nome várias vezes, várias e várias, a fim de fazer um poema. O poema Carolina se estendeu por pouco tempo, até que veio outros, com lata (primeira palavra que aprendi) e outras, pois minha mãe me ensinou coisas antes que eu entrasse no colégio, e coisas em inglês também, mas isso que se dane por enquanto.
Então, era uma vez um diário: Tirando detalhes corriqueiros (um deles que eu ainda os tenho até hoje), fazia poemetos subjetivos, e assim foi sempre, assim como desenhar. Tentava até uma linguagem denotativa, mas o conotativo sempre tomou conta das linhas, em "desalento" e isso era um problema nas provas de redação. Bom, a melhor amiga da sala de aula fez um diário também, e trocávamos, e ela escrevia no meu e eu no dela, e isso acontecia até os 16 anos: já outras amigas, já outros diários, já outros assuntos, já outros poemas. E em várias épocas meus poemas eram dados na sala para serem copiados e entregues à namorados, ou para elas proprias sonharem.
Uns amigos aos 14 me pediam para escrever poemas para as sua queridas, até um dizer que na verdade estava apaixonado pela autora. Várias pessoas foram vítimas dos meus poemas sem saber, mas acredito sempre que foi na boa intenção, até começar a acreditar que podia ajudar as pessoas a fazer poemas, e esse foi meu grande pulo. Acho que a parte meio caótica era o melhor amigo que me mandava poema, ou o namoradinho, ou o outro namoradinho: analisar os poemas e pensar, " é... ele tentou, talvez tenha sido de coração?". Sempre acreditei que quem gostava, escrevia o quanto quisesse. E olhando para qualquer poema, acredito que não era tão realmente belo, pois hoje em dia não vejo tanta beleza em poema, em rima, e aquilo era infância, tudo era "grandiosamente profundo" para nós. E foi indo, nessa de " de repente, não mais que de repente..." e meu caso também com a leitura jovial clássica poética (ou não), tal que não era, definitivamente crônicas. Mas talvez isso eu conte outrora.
Hoje em dia, existem mais coisas além das rimas, da luz dos olhos, da dor desenfreada que no fundo era "bonitinho", dos minutos que duram o beijo e da música que escutamos enquanto ele rola, e até da bruma.
Hoje em dia existem mais coisas além de paixão, até por que, para mim, a paixão hoje em dia não me pega, pegava antes pela pouca resistência que tínhamos: éramos pequenos, tudo era "grandiosamente profundo".
Quando repetimos coisas em crônicas, enfatizamos idéias que vagam por nossa mente ou vagaram constantemente. Essa é uma crônica explicativa parcial da minha vida, talvez, ou, talvez não. Lembro então, começo de um diário: "Amar o perdido, deixa confundido, este coração..." . E de ir indo, assim foi.

Em um dado momento, minha perspectiva da escrita foi repassar idéias e assim foi até muito tempo, levando a escrita na boca: a conversa se tornou para mim um folheto explicativo, um livro de auto-ajuda ou até a tal linguagem denotativa, finalmente, só que misturada. Extraía de tudo que eu lia o melhor que podia - e que não podia. ...Constantemente reflito se o fato de querer ajudar é arrogância. É impossível alguém saber mais que outro? Pois é impossível alguém querer ajudar? Eu não sei, só sei que se escrever e ajudar são a mesma coisa na minha perspectiva, então é o que sempre farei, pois me dá vida e acredito que todos precisam fazer o mesmo.
É a única coisa que dou a dica, o resto é implícito e não a jato. Tudo a jato é considerado chatissimo. Tipo agora. Estou chatissima.

A escrita não só é dada como repassar idéias, mas ser subjetivo e expressar sentimentos, portanto não ignoro a poesia, em sí. Adoro-as. As como. Por isso, exatamente assim, continuo com a minha história sem fim com tudo isso, valorizando todas as formas de escrita e de exteriorização da alma.
Pois o que há de ser o humano, se passar a vida, sem expressar-se? Quero entender tudo e todos: e nessa árdua continuação de mim, já pensei em psicologia, serviço social, filosofia, artes e letras. Acabo enfim filosofando sobre o direito da escrita e da arte como veículo, fazendo meu serviço social.
Afinal, todo mundo sabe que facul de psicologia é a maior putaria mesmo.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Auto


(Vladimir Kush)

Hoje quis ele fazer uma ponte consigo próprio, quis saber o que sentia para expor. E logo expõe aos montes, e grita, quando descobre-se debruçado em seus sonhos. Pensa se alguns têm o poder de fazer flores desabrocharem dentro de si, mesmo quando a flora intestinal não vai tão bem assim.
Esquece-se de idéias sobre ternura e sobre amargura e se permite fazer piadas com desgraças, que agora, nada mais são, que impulsos da vida.

É complicado até dizer "às vezes". É complicado até dizer que está com frio. Tudo é psicológico e tudo é simples ao mesmo tempo, a complicação vem do ângulo que se esta vendo.
Então como sempre, existe o relativo. E se ele não existisse, nunca existiriam os nossos complexos; que chamamos de ser "complexo".
Para o mundo, ela (e) era a doença ou era a cura. Era a beleza dos risos e ao mesmo tempo do: "por que ri, e se não amargo, por que doce agora? "

Quis responder-se mais do que um dia quis que o mundo o demonstrasse, e aí sim, o mundo lhe mostrou. Normal, não é? Típico dos que dizem que nunca acharam o amor quando o procuravam... E sim, quando nem esperavam por ele.
Também não é normal não. Tudo é mentirinha, cada caso é um caso e vamos lá falar em demasia e tirar ou dissecar a simplicidade das coisas como de praxe.
Ainda sim, a simplicidade das coisas pode vir a ser o tesouro maior delas...

Eis que permite enxergar que ouro é ouro por que não quebra, brilha sempre e nos permite, assim, lapidar... E, ora bolas, muitas brigas, de fato. As analogias deste podem corresponder a muitas coisas, depende de quem lê. Pessoalmente não digo nada mais dramático do que já disse ou já foi dito.
E se um dia disser, será de remeter-me ao crepúsculo. Até por que de nada adianta tudo sem o subjetivo. Cabalistas que o digam. A bíblia é muito ao pé da letra, não é? Seja subjetivo.
Quando escuta, quando fala, quando come queijo minas e quando deixa de comer.

Eis que é subjetivo quando descasca laranja, quando dá um beijo. Seja muito subjetivo ao beijar, se não nunca saberá fazê-lo. Ou nunca será realmente feliz.

E a felicidade, o que é dentro deste mundo? E o mundo não é uma cadeia, ou é, visto pelo ecossistema, mas... Tirando essas psceudobjetivas e ao mesmo tempo subjetivas, veja bem: ecossistema de falhas, de erros, de tentativas, precisa-se do outro e ao mesmo tempo mata-se, por precisar também. Em muitos casos fatais e outros problemas sócio-políticos, problemas "irremediáveis" ( nada que seja chato e sim que deva ser dito, explorado demasiadamente não só por ele, por elas, por telefone ou em mesa de bar fumando, etc. etc.)
Mas enfim, se for falar, demorarei muito mais. Portanto, continuando:
A felicidade, queria este expor, que só está dentro de nós. Muitos ajudam, mas se equilibrar em pessoas é falta de equilíbrio em sua própria “coluna vertebral psicológica”. E em religião, em sorvete, em cigarro, drogas. Drogas que podem chamar-se relacionamentos, compulsões em si, e auto-flagelamentos inesperados.
Mas oras, somos seres complexos, precisamos de coisas imbecis! Nãão, Mesmo assim, somos felizes, feitos para isso, exatamente isso.
Ser feliz e não desencadear discórdia, tentar ser veículo e ainda sim, ter equilíbrio. Não somos deuses, não somos anjos, não somos o Demo.

Eis que ele pensa que é um anjo, ora pois, nada faz para o mal. Mas tudo é relativo. O mal, o bom e principalmente quem nada faz.
Você, parado simplesmente, é o que chamam de: " esse povo que não faz nada" . " Esse povo de merda, acomodado". Você é uma estatística, uma fofoca, uma espécie que não esta em evolução. Esteja, por favor, é o mínimo e o máximo. Eis que não ligue para o que dizem, é o melhor, os que dizem são as piores estatísticas de fato, o que fazem é manipular verdades, como jornalistas de revistinha. Porém, todos de mal grado, com inveja na ponta da língua ou etc. e tal. Eis que é melhor seguir os seus fatos, aqueles que dentro de si gritam: Eu sou feliz assim, assim, assim.
Normalmente se você perguntar-se o que te faz feliz com clareza, terá resposta positiva. Positiva no sentido de: nada destrutivo para si mesmo nem para o mundo. A felicidade é uma fonte pura, quando a consegue, não se precisa de intermediários ilusórios.
E isso é até objetivo, a clareza é subjetiva quando se precisa de paz para isto.
E vamos lá: Como alguém tem paz para parar um tempo, “meditar” do seu modo e perguntar-se: “ o que me faz realmente bem, de fato?”, neste mundo? Se tiver este tempo, pergunte-se. E se não tiver, pergunte-se por que não têm, e verá que não está bem. E por que fazer coisas imbecis se você têm paz para alimentar seus sonhos?
Bom, algum começo.
Todos são capazes. Mas não de julgar. Recrio esta mesma frase de inúmeras formas, pois tenho calado mil formas de fazer o mundo feliz, e ainda sim, infeliz, ao desequilibrá-lo. Então melhor é transmitir tudo pouco à pouco. Cada um só entende o que precisa naquele momento e o melhor é tentar entender: o que precisa, o que o outro precisa e como repassar isto.

É fácil repassar de certo em arte, em música, em escrita.
A música é transmissão. Poucos os que vêem ainda como forma de fazer tocar a alma, fazer valer a pena os momentos mais do que fama, competição, etc. Mesmo assim, ainda é relativo. Mas ainda sim consegue-se perceber o agrado da vida em melodias perfeitas. Perfeitas, pois têm a capacidade de repassar um momento, um timbre de vida e tirar uma lágrima de si, de nós, de emoção - emoção é transbordar. Quem escuta, sente o que um dia sentiu quando escutou ou marcou. Outros, sentem a música, a vida. A amplitude dela se espalhar em cada canto.

Escutar com subjetividade é filosofia? Kant que o diga: o essencial é filosofar com tudo. Um dia eu prometo citar Platão, seria histórico.


Mas enfim, só escute e vá além, pois música é mais que tudo isso, música transforma pessoas, evolui. Não usamos economia nela e algumas vezes tudo é bem vindo. Quem faz, gosta de verdade e têm-se um paradoxo.
Como a pintura e suas adjacentes: vemos como cremos. É a coisa mais interessante saber o que cada um vê. Entender por quê Dora Maria vê um arco íris em um poço ou Mario (Sim, aquele Mario) vê uma grinalda em uma cachoeira. Acho que muita gente perde tempo com pequenezas, imagine se fizessem coisas realmente gostosas como essa... É uma soma fazer, entender algo. Entender o que cada um vê, também é multiplicar-se.
Ao mesmo tempo quem não gosta, que faça a própria arte, pois que diabo, não precisa saber fazer, somos a própria e a transmitimos, já nascemos sabendo. Incrível quem pára e pensa: 'Isso não está bom, não está legal, preciso de um momento, mais imaginação!"
A arte não se esgota como dinheiro se esgota. Faça isso, depois outro. Depois outro...

A arte continua em tudo, palavras, desenhos, pinturas, coisas que só você vê, fotos e gravuras sem pé nem cabeça pra uns, é o seu corpo e sua mente ali, que tudo vê. Um rabisco pode ser mais e uma paisagem morta pode dar vida a um poema sem fim.

A de se ver em cada um, a tristeza e a felicidade e tudo que existe de intermediário de ambos, e até palavras nunca vistas no dicionário e pinturas nunca feitas. Dentro de sí mesmo cada um guarda uma riqueza grandiosa, que é possível com olhos sensíveis, ver. E outras vezes, é possível até entender, outras encantar-se, outras descartar para aprender outras formas. O jeito e a forma de cada um em si já é pura em arte (e bela) e como tal pessoa transmite, dá vida a um desenho, à sua própria imagem.
Ver tudo isso é ter clareza, mesmo na obscuridade de muitos e muitos casos. Ganhar tempo com isto e fazer algo para isso é a melhor forma. O trabalho que vejo na psicologia é único para quem consegue ver a subjetividade de tudo isso, e com isso, ajudar mais, reunir mais. Não é a mulher da zona sul que vai ao analista. Mas quem disse que ela, só por ser rica, também não precisa? E os mais pobres, e quem têm tantos " traumas" por céus, pouco pensam, trabalham apenas e esta sim é sua terapia!. Mas quem disse que vivem plenamente? Quem disse que não estão a causar traumas também? Quem disse que ninguém se magoa?
Eis que é melhor conectar-se com o fator: HUMANO. Todos somos, todos precisamos de certos aspectos. Cada um tem uma área mais desenvolvida dentro de si e, é bom sentir alguém desenvolvendo coisas não destrutivas, coisas que só irão amenizar problemas e, por que não construir um mundo assim?
A ciência cresce mais e mais e cada dia mais pessoas sentem-se perdidas em si próprias. A verdade é que se formos falar de métodos não encontraremos soluções divinas de contos de fadas e mesmo se encontrarmos para uns não será um agrado... Mas, o objetivo comum de todos é sentir-se feliz. E encontrar a felicidade é conectar-se a ela. E nesta historinha não tem como não ser “parcialmente” subjetivo. E o maior veículo é a arte e tudo que existe por trás dela, pois afinal, tudo é e tudo transforma. E precisa-se disto.

Hoje quis ele fazer uma ponte consigo e com o mundo. Hoje quis estar sem rédeas. Hoje quis estar em paz. E esteve, ora, pois, o que tem mais a ver com querer do que fazer? O poder é autocrítico, apenas.

É pensando que se aprende mais e lendo mais que se aprende a criticar mais, pois nada se pode crer apenas por estar publicado. E ao mesmo tempo existe um mundo de coisas para alimentar-se por aí. Difícil é não querer doce de maracujá, mas não impossível, acomodar-se é que é desagradável neste mundo, certo?

Eis que ele quis simplesmente sentar e desenhar em cima de rabiscos.