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domingo, 22 de maio de 2011

Seguros - Joanna de Angelis

UM RECANTO SEGURO
  Há, em cada criatura, um recanto seguro para falar ou escutar a Deus ...
Uma paisagem desértica, um jardim florido, um córrego em festa...
Um amanhecer risonho, uma tarde chuvosa ...
Uma canção ao longe, um rosto de criança, um campo bucólico, alguém em sofrimento ...
A magia de um poema, a glória de um amanhecer, a policromia de uma pintura ...
Uma frase da Bíblia, uma conversação edificante, um relato comovedor, um gesto de sacrifício, uma oração ...
Há, em toda criatura, um recanto seguro, que se alcança através de algum desses convites naturais, onde se sente, se fala, se ouve a Deus, e o seu amor está mais próximo, é mais envolvente.

Joanna de Ângelis (espírito), psicografia de Divaldo P. Franco; Filho de Deus; LEAL, Salvador, BA, Brasil, 1997

Paz em ti - Joanna de Angelis

PAZ EM TI
  É muito importante a paz.
Governos a estabelecem fomentando guerras, gerando pressões, submetendo as vidas que se estiolam sob jugos implacáveis.
A paz é imposta, dessa forma, mediante a coação e, depois, negociada em gabinetes.
Vem de fora e aflige, porque é aparente. 
Faz-se legal, mas nem sempre é moralizada.
Tem a aparência das águas patanosas, tranqüilas na superfície, asmáticas e mortíferas na parte submersa.
Assim se  apresenta a paz do mundo, transitória, enganosa.
A paz legítima emerge do coração feliz e da mente que compreende, age e confia.
É realizada em clima de prece e de amor, porque, da consciência que se ilumina ante os impositivos das Leis Divinas, surge a harmonia que fomenta a dinâmica da vida realizadora.
Essa paz não se turba, é permanente. Não permite constrangimento, nem se faz imposta.
Cada homem a adquire a esforço pessoal, como coroamento da ação bem dirigida, objetivando os altos ideais.
Não basta, no entanto, programar e falar sobre a paz. Mas, visualizando-a, pensar em paz e agir com pacificação, exteriorizando-a de tal forma que ela se estableça onde estejas e com quem te encontres.
Seja a paz, na Terra, o teu anseio, em oração constante, que se transforme em realização operante como resposta de Deus.
Orando pela paz, esse sentimento te invade, e o amor, que de Deus se irradia, anula todo e qualquer conflito que te domine momentaneamente.
A paz em ti ajudará a produzir a paz no mundo.


Joanna de Ângelis (espírito), psicografia de Divaldo P. Franco; Filho de Deus; LEAL, Salvador, BA, Brasil, 1997


sexta-feira, 20 de maio de 2011

fingers

Audience Of One _ rise against

I can still remember
The words and what they meant
As we etched them with our fingers
In years of wet cement
The days blurred into each other
Though everything seemed clear
We cruised along at half speed
But then we shifted gears

We ran like vampires from a thousand burning suns
But even then we should have stayed
But we ran away
Now all my friends 're gone
Maybe we've outgrown all the things that we once loved
Runaway
But what are we running from ?
A show of hands from those in this audience of one
Where have they gone ?

Identities assume us
As nine and five add up
Synchronizing watches
To the seconds that we lost
I looked up and saw you
I know that you saw me
We froze but for a moment
In empathy

I brought down the sky for you but all you did was shrug
You gave my emptiness a name

But you ranaway
Now all my friends 're gone
Maybe we've outgrown all the things that we once loved
Runaway
But what are we running from ?
A show of hands from those in this audience of one
Where have they gone ?

We're all ok, until the day we're not
The surface shines, while the inside rots
We raced the sunset and we almost won
We slammed the brakes, but the wheels went on

We ran away
Now all my friends 're gone
Maybe we've outgrown all the things that we once loved
Runaway
But what are we running from ?
A show of hands from those in this audience of one
Where have they gone ?
 
Rise Against Give You a 'Reason' to Celebrate With Track List and Art Work for Upcoming Record photo 2

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cheiro de jupiter na casa 3 parte 1

561. Aleatório mundo 8


O que é diferente depois de milênios dentro de mim?
Algumas vezes desperto e as coisas começam a ficar calmas
novamente
Eu confundo a voz de Johnny Rzeznik com a de Tim McIlrath, isso tem motivo,
isso faz sentido com certeza

Algum tempo descubro que o número do onibus onde
estou muda enquanto não ando nele

Escuto Coldplay pela voz de uma mulher de óculos
escuros dentro de um shopping a noite
É tão lento e tantas pessoas suspensas olham despreocupadas
Ninguém ali de cima bate palmas

Não sei como meus pés ficavam antes,
agora os descubro no chão, procurando a melhor
posição pra ficar parada

As luzes se acenderam e se apagaram enquanto
eu não me preocupava da onde vinha,
não sentia mais qualquer outro cheiro e chocolate de uma hora
pra outra ficou tão chato

De uma hora pra outra todos os impulsos se tornaram
tão fracos

Eu não poderia me jogar mais,
só quero escalar agora, não posso mais voltar,
as pessoas diminuem

Parecia tão alto, agora eu percebo que existe uma
ilusão baseada só no pragmatismo e tão ruim
quanto as que poderiam me fazer feliz durante alguns minutos

Ninguém vai desistir quando for embora

Sonhei com redemoinhos estragados sendo leiloados
estou novamente andando em frente ao degrau,
eu poderia subir, mas não faz sentido agora disputar
uma vaga lá em cima 



O destino passando dentro de canos e mais canos
Corto caminho pra outra frase escutando um barulho característico
Mas ainda é minha vez, 





Azay-le-Rideau, Indre-et-Loire, França

terça-feira, 17 de maio de 2011

ns 100%


Eu sei exatamente que música você está escutando enquanto finge que quer o mundo. Digo que não me importa, pressuponho demais, lido com meus pensamentos seus.

Sinto que todas as intimidades estão ao meu alcance, enquanto um momento pessoal desencadeia tantos outros, estarei ali todos os seus dias, no mesmo lugar que sentou pra pensar da ultima vez, recobrando alguma consciência.

Existe uma espécie de vivência paralela, parece que estou vivendo muitas realidades ao mesmo tempo, sempre presente apenas certa porcentagem em cada momento diferente simultâneo. A outra parte é comum em todos os outros momentos concomitantes, ou seja, 70% é comum em todas elas ( as vezes 60, de repente.), portanto 30% é um eu verdadeiro, não consciente, cheio de fantasias que só se realizam com 90% da felicidade de quem me acompanha.

_Percebo que esses 70% é a parte que garante o poder de viver todos eles(os momentos...) ao mesmo tempo, todos os 30%. A parte "ruim" é não me entregar 100% em nenhum momento, tendo consciência de sua simultaneidade. É como um clipe, uma situação é dividida em várias telas: uma faço sanduíches pra comermos antes de sair para nossos respectivos afazeres, outra faço brigadeiro pra vermos filme ao invés de estudarmos, outra faço suco de todas as frutas do mundo pra nós bebermos rindo antes de irmos a praia. Na outra cena faz comida pra nós (do nada, viro nós) comermos em uma mesa redonda. Em outra estou desenhando na parede de uma casa que não é minha, enquanto faço comida. Outra estou deitada enquanto diz eu te amo repetidas vezes. Outra cena o 'te amo' é dito com o rosto escondido, outra com resistência.

_Perceba que em todos os momentos vivo também outra pessoa, ou seja, essa coisa de não estar 100% ali é meio relativa, já que ninguém percebe, só os que querem arranjar um motivo pra fugir sem dizer que não aguentam e me decepcionar.

Mas que mal faz? Por que não poderiam todas essas cenas simultâneas serem reais, se até um dia temi que fossem sonhos? Me refiro ao que é melhor não dizer.
Tiro do começo das frases todos os "eus", como
eu gosto, eu me refiro, eu me dou conta, eu me assusto, eu acho, eu tenho, eu sou. Fica feio na norma culta.

Então sonhei que estávamos no meu primeiro colégio primário, misturado com o seu primeiro colégio primário.
Sonhei que a distância que percorria até meu destino colegial era enorme enquanto hoje posso ir andando até mesmo no perigo da noite e perder só 4 minutinhos, isto é, até viver a emoção de pegar um ônibus, ter um "registro de pessoa civil", é assim?
Bem, mas você já não estava mais quando o caminho de volta foi se tornando cada vez mais longo. (milvezes)

Enfim, finalmente não haviam cúmplices, admirei o mundo, percebi pouca movimentação dos traumas.
É engraçado, o que seria um terrível pesadelo, vejo como uma emoção tão pessoal e íntima agora,100% estável.

Ok, vou parar de dizer que o 100% é relativo só porque não sei decepcionar dizendo que não aguento.

Tanto nada

Tanto, tanto, tanto tempo, tanto futuro quanto passado se perdem, tanto que preciso despedir, tanto final que preciso embelezar, tanta alma que preciso expor e perceber;
tanto e nem tanto, quase nada... Nada que mude tanto quanto os sonhos tão reais que me fazem continuar sem perder nada, mesmo perdendo tudo.

tudo tudo
que tudo nada e pára no infinito que nunca mais vai estar entre eles, com eles, nem nos seus sonhos.
Principalmente não mais nos meus pesadelos
Elos perdidos que nunca foram seus nunca serão nossos,
nada nada nada nada que será meu será nosso será seu será meu nosso que nada será meu, só seu nada particular.
Seu nada particular; particularmente é mais mais mais

filme rodopiando, negativo maldito, rasguei em um monte de pedaços ao lado dos achados que eu perdi;

A nitidez sem visão não é nada, não é nada, não é nada.
o8

Robôs que não são

Quando estamos bem com uma idéia e determinados em realizá-la, nada é tão difícil que não podemos sobrepor.
Existe a autocrítica e a pressão social, a pressão familiar e a sentimental; estamos sendo pressionados todo o tempo, mas também estamos pressionando as pessoas todo o tempo também, até involuntariamente. A verdade é que não precisamos provar nada pra ninguém, mas sempre tentamos provar, assim como achamos sempre que as pessoas precisam provar que são assim, assim, assim.
Podíamos parar de pensar tanto e falar mais, viver mais, ter menos medo de parecer tão infantil, tão estúpidos, tão folgados e simplesmente sermos humanos e entendermos com compaixão os motivos e as carências dos outros... Mas só podemos fazer isso quando admitimos os nossos.
x²- Quando temos um vislumbre do que realmente queremos, não há nada nem ninguém que atrapalhe, principalmente quando só queremos que as pessoas sejam um pouco mais humanas que são e menos metidas a robôs que não são.
Então não levamos tão a sério nossos pequenos conflitos internos a ponto de atrapalhar nosso convívio com quem também tem conflitos nesse mundo de solidões colecionadas que deviam ser solidões unidas, numa individualidade saudável.

É fácil falar mesmo?

'Quem tira a foto sempre diz mais do que quem está sendo fotografado, com certeza - e é uma forma tão boa de unir um só pensamento, mesmo que seja com duas pessoas completamente diferentes. ' -

segunda-feira, 16 de maio de 2011

athem


Painel e blablabla



(Quando interpretamos o que sonhamos e o que fazemos o bastante pra expor de alguma forma, nós temos nossa própria obra prima; e como todas as nossas obras, um dia serão lembranças, não exatamente como todos os nossos sonhos...)


Tento sentir seu cheiro (misto de canela, água de coco, algodão doce, livro velho e caixa vazia), tento formar nosso diálogos na minha cabeça doentia e desenhar seus traços com todas as cores que me fazem esquecer do resto e trazer você a tona;
Eu penso nos comodos claros e limpos da sua casa, na sua roupa branca, em como você vê a eleição que passou, o que você vê nos quadros que vemos, o que acha de comprar coisas que adoramos, o que voce gasta seu tempo e dinheiro; como voce tem dinheiro e como você deixa de ter, na sua mania de correr e de paralisar, na sua mania de me alongar, se você faz comida bem e se o seu mundo é quente ou frio;
A idéia que eu faço é que eu te faço idêntico a minha outra metade, na linha tênue de todas as vezes que também a sou; então você é como eu, e como eu, aonde você vive?
31/10/08 - fotolog



sexta-feira, 6 de maio de 2011

Arnaldo Jabor_

'' Crônica do Amor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.''

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