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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Sexos


A energia feminina é fortíssima e se mistura - não sei mais o que sou, homem ou mulher.
Olho os homens como meu espelho, as mulheres deveriam ser meu alvo e mesmo assim apenas me dão medo.
Todas as mulheres com que me relacionei me deixaram.
As mulheres costumam me deixar, eu costumo me deixar.
Sonho com o animus em yang e descubro que acordei homem mais uma vez
Freud estava errado, estava errada
Nem todas as respostas encontraremos em um fator comum sexual, mesmo que isso mova o mundo inteiro.

Confesso, nunca fui apaixonado por carros ou futebol, apenas ostentei.
Os seios me chamam atenção, mas é com as nádegas que eu deliro.
Nos seios sou minha alma,
no meio de todos estou perdido,
(perdido sem reclamar de nada).

Meu querer é paixão e tudo que o envolve erro em seguir
...Mas é quando sigo o erro que percebo que Eros estava certo.

Feromônios e estamos todos loucos,
dentro de nossos corpos temos o que explode nossas mentes.
Dentro de nossas mentes organizadas uma tela, uma rede de conexões que, enfim.

A ciência interrompe o que achei debaixo das cobertas.



05\11

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Triste e humano


Soneto

Não és bom, nem és mau: és triste e humano...
Vives ansiando, em maldições e preces,
Como se a arder no coração tivesses
O tumulto e o clamor de um largo oceano.
Pobre, no bem como no mal padeces;
E rolando num vórtice insano,
Oscilas entre a crença e o desengano,
Entre esperanças e desinteresses.
Capaz de horrores e de ações sublimes,
Não ficas com as virtudes satisfeito,
Nem te arrependes, infeliz, dos crimes:
E no perpétuo ideal que te devora,
Residem juntamente no teu peito
Um demônio que ruge e um deus que chora.

Olavo Bilac

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Sobre a a culpa do tráfico

Como existe um preconceito em relação as pessoas que concordam com a idéia de liberar certas drogas (de que apenas os usuários é que desejam isso), é melhor já deixar claro: Não sou usuária de nenhuma droga ilícita, e assim mesmo concordo com vários pontos ditos, publicado nesse artigo publicado pelo professor Clecio Lemos.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

William S. Burroughs Diary


Trechos do diário de William S. Burroughs

*Sábado, 3 de maio de 1997.
O caviar chegou. Sabe, filho, quando o sujeito se vicia em caviar Beluga, não há nada que não fará para satisfazer a fome de caviar que o consome.
Ele pode mentir, trapacear, pode até matar para conseguir uma porção. Pode chegar ao ponto em que nem humano é mais. Apenas um veículo para a vil prostituta troiana russa, oferecendo seu produto mortífero.
Posso imaginar alguém indo à falência de tanto comprar o melhor Beluga. Um dia ele chega a sua casa e sua filha de 15 anos e outros adolescentes estão comendo seu Beluga, acompanhado de milk-shake.
"Venha se juntar à festa, pai." Ela ergue o vidro vazio. "Chegou tarde." Ele seria capaz de matar todos, se não tivesse caído morto pela "Falta de Caviar na Hora Certa".

* Segunda, 5 de maio.
Allen morreu no dia 5 de abril de 1997. 
Is it not time to
 
Dance and sing
 
While the bell of 
 
Death do ring?
 
Turn on the toe
 
Sing out "Hey Nanny Noo".

* Segunda, 12 de maio.
Lembro no sonho que eu era jovem, com a vida toda à minha frente, em 1890, cidade pequena, cheia de gente simpática.  

Gente simpática e ignorante. Eu não estava com pressa nenhuma. Dólares de prata chacoalhando no meu jeans. Na época em que um dólar comprava um banquete.
Acompanhado de um vinho francês da melhor safra e, é claro, do melhor caviar Beluga. Ou então você podia pagar uma boa transa. Qualquer tamanho, raça ou cor.
Então, onde foi que erramos? Acho que o erro sempre esteve ali. ''Segurança, a máscara amigável da transformação. Para a qual sorrimos, sem vermos o que sorri por trás dela.'' (Edwin Arlington Robinson)
Sinto-me frio e envelhecido. Sinto-me como Teiresias, morto há 15 dias, e as ondas desnudando seus ossos em sussurros _aquelas velhas, velhas palavras. Tantas cenas terríveis com _esqueça, desative, deixe pra lá, é apenas sua memória agora, remova-a. Você tem o poder de fazê-lo.

* Sábado, 24 de maio.
Dia legal a quarta-feira com a banda ME TOO (U2) em Kansas City. Gosto dessas apresentações públicas _como injeções de boa vontade recíproca sincera. 

I'll go right back where
 
the bullets fly and
 
stay on the cow
 
until I die.
Aqui eu desabo, rindo. Tentando pensar numa leitura realmente nova que consiga transmitir quem sou e por que estou aqui. Tenho que fazer isso.
Começamos com a grande e feia mentira americana. Allen Ginsberg, segundo George Will, construiu sua carreira a partir das disfunções da Sociedade Americana.
Allen roeu um furo na Mentira; foi dele o Uivo ouvido no mundo todo, da Cidade do México até Pequim, o Uivo da juventude distorcida, sufocada.
A influência mundial de Allen foi algo sem precedentes. Ele, com a coragem de sua sinceridade total, encantou e desarmou as selvagens Feras da Fraternidade Estudantil.

* Domingo, 25 de maio.
Todos os governos são erguidos sobre mentiras. Todas as organizações são erguidas sobre mentiras. As mentiras podem ser inofensivas, como a mentira da droga milagrosa, a metadona, que supostamente remove o desejo de heroína (claro, como o gim alivia a necessidade de uísque). 
A droga surgiu em meio a mentiras explicadas a mim por um dos primeiros médicos.
A metadona é a primeira síntese bem-sucedida da molécula de morfina. Em Tânger, tive um hábito de dois anos de metadona injetável que era droga pura.
Quem são os malucos antidrogas? De onde vêm?
Fato: a cannabis é uma das melhores drogas para combater a náusea, aumenta o apetite e o bem-estar. 
Também estimula os centros visuais cerebrais. Já tive tantas imagens ótimas conseguidas com cannabis. Na minha época de saladas, eu usava só ela, e que realizações consegui! (''E que acasalamentos!'', como exclamou um crítico francês admirado.) 
Algumas tragadas na teta verde e consigo enxergar múltiplas saídas e caminhos. Então por que tanta repressão a essa substância inofensiva e prazerosa?
Quem é você, para quem a verdade é tão perigosa? O que é a verdade? Algo imediatamente percebido como sendo a verdade. 
Allen abriu rombos na Grande Mentira, não apenas com sua poesia, mas com sua presença, sua verdade espiritual auto-evidente.
Últimas palavras ''dois a cinco meses, os médicos disseram'', disse Allen, ''mas eu acho que vai ser muito menos''.  

Depois ele me disse: ''Achei que ficaria apavorado, mas estou totalmente feliz!''. Suas últimas palavras a mim. Eu me recordo de falar com ele pelo telefone antes do diagnóstico fatal, e já estava ali em sua voz _distante, fraca. Então eu soube.

* Segunda, 26 de maio.
A busca da resposta final _o Santo Graal, a Pedra Filosofal. Uma miragem que se distancia. De qualquer modo, quem quer uma resposta final?  

Perguntei a um físico japonês: ''Você realmente quer conhecer o segredo do universo?''. Ele disse: ''Sim''. Pensei que uma pequena fração desse segredo seria o suficiente para fazer você subir pela parede. Quanto a mim, só quero saber o que preciso saber para fazer o que preciso fazer. ''Sou apenas um Sargento Técnico.''
Será que quero saber? Já tentei psicanálise, ioga, o método de posturas de Alexander, fiz um seminário com Robert Monroe, fiz viagens para fora do corpo, Cientologia e saunas indígenas. 
Procurando uma resposta? Por quê? Você quer saber o segredo? Nada disso. Tudo está no que não está feito. 

Onde estão a cavalaria, a nave espacial, o esquadrão de resgate? Fomos abandonados aqui neste planeta governado por filhos da puta mentirosos, de poder cerebral modesto. Sem sentido. Nem uma minúscula fração de boas intenções. Filhos da puta mentirosos.

Burroughsrreu de taque cardíaco em agosto de 1997. 

''Black smoker'', William S Burroughs




terça-feira, 3 de abril de 2012

Ciência e espiritualidade I


Um Diálogo Fraterno sobre Ciência e Espiritismo I

Ademir Xavier e Alexandre Fontes da Fonseca

Apresentação

Durante o final de 2003 e início de 2004 diversos e-mails encaminhados ao GEAE versavam sobre a relação entre a Ciência e o Espiritismo. Questões e Comentários que nos levaram a discutir o tema e buscar uma forma de sintetizá-lo.
Desta busca nasceu este artigo, em forma de diálogo, onde os participantes são Ademir Xavier e Alexandre Fontes da Fonseca. A apresentação de cada um deles se fará mais detalhadamente no início do diálogo, mas basicamente são dois Espíritas de formação cientifica e especialização na área da Física.
Além destes participantes diretos, tivemos também a participação dos editores do GEAE, comentando e ajudando no encaminhamento do diálogo. De minha parte fiz o papel de moderador e de compilador das respostas. A ordem das perguntas e sua organização final refletem a estruturação em um artigo para o Boletim mas foram originariamente e-mails trocados durante o debate.
Com o propósito de organizar o debate adotamos por regra colocar inicialmente a questão debatida e a seguir a resposta de cada um dos participantes, ordenadas por ordem alfabética. As réplicas e tréplicas, quando houverem, seguirão após as respostas originais.
Muita Paz,
Carlos Iglesia

Definição de Escopo

Na definição de Allan Kardec o Espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina filosófica. Como ciência prática, consiste nas relações que se podem estabelecer com os Espíritos; como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que decorrem dessas relações (KARDEC, 1995)
Decorre já desta definição um relacionamento entre a metodologia de pesquisa da Doutrina Espírita e a das ciências ordinárias, bem como uma correlação entre seus avanços e o aperfeiçoamento da compreensão filosófica do mundo - conceito que os filósofos alemães celebrizaram com o nome de "Weltanschauung" (visão de mundo) - proposta pelo Espiritismo.
Aparentemente simples estes relacionamentos tem levado defensores e opositores da doutrina a repetidas confusões. Desde as mais simples - como atribuir a cada nova descoberta cientifica foros de comprovação ou reprovação de afirmações espíritas pontuais - até as mais refinadas como as que buscam enquadrar a ciência espírita dentro dos estreitos limites obedecidos pela epistemologia[1] das ciências ordinárias, esquecendo-se que o Espiritismo não só lida com fenômenos espirituais que escapam a mensuração direta por instrumentos materiais como também é em parte “Revelação”.
É portanto no esclarecimento destes relacionamentos que focaremos nossa atenção. O que se pode dizer sobre a relação Espiritismo e Ciência ordinária? Como as descobertas nos dois campos se relacionam e como podem ser extrapoladas de um para outro. Qual o ferramental para estas análises e o seu critério de validade.

Os Participantes

Uma vez que estaremos tratando de temas bastante especializados é importante que sejam apresentados os participantes, indicando o seu nível de conhecimento no campo científico. Ambos prefeririam ser identificados da forma mais singela possível, mas neste caso em especial, precisaremos nos ater mais as regras que seguem publicações especializadas em ciência do que propriamente as que costumamos usar. Assim:
[Ademir] Recebeu seu PhD em Física em 1997 na Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP trabalhando com aproximações semiclássicas a sistemas quânticos unidimensionais e bidimensionais. Após um curto estágio na Universidade de Freiburg in Breisgau, Alemanha, publicou vários trabalhos em física de aceleradores com especial atenção à otimização de anéis aceleradores de elétrons de altas energias. Atualmente dedica-se à pesquisa operacional, geração automática de programação de produção, desenho de sistemas ópticos e de RF e reconhecimento de imagens. É membro do conselho editorial do GEAE desde 1997, com particular interesse em epistemologia e na relação Ciência-Espiritismo.
[Alexandre] Freqüenta o centro espírita desde pequeno mas passou a se interessar pela leitura e estudo da doutrina espírita aos 15 anos de idade. É Físico formado pela Unicamp onde também realiza os cursos de mestrado e doutorado. Atualmente é pós-doutorando no Instituto de Física da USP. Já visitou como estágios de período mais ou menos curto o Departamento de Matemática da Universidade do Arizona, o Instituto de Física Teórica no MIT (Massachusetts Institute of Technology) e o Departamento de Química de RUTGERS, The State University of New Jersey. É cientista, físico, em inicio de carreira com alguns poucos artigos publicados.

Debate

1) É importante começarmos pela definição do que estamos discutindo, assim é natural que a primeira pergunta seja o que é “Ciência”?
[Ademir] Uma definição popular diz que a ciência é a parte do conhecimento que estuda a Natureza. Uma resposta precisa, clara e definitiva é entretanto impossível de ser feita em tão curto espaço, requerendo conhecimentos específicos da área da filosofia conhecida como epistemologia. Ver Boletim 300 para maiores explanações nessa área por Silvio S Chibeni.
A resposta na primeira frase acima está muito longe de ser definitiva e torna-se importante saber o que caracteriza uma determinada disciplina como tendo status de "ciência". Isso é mais fácil de fazer do que o contrário. A reivindicação por parte de muitas disciplinas (tais como biblioteconomia, história, psicologia, estudos sociais etc) desse status tornou-se algo muito procurado hoje em dia, dado o prestígio de que a atividade científica - gerada pelo trabalho de ciências tais como biologia, física, química - tem na sociedade. O prestígio vem sobretudo (no meu entender) das conseqüências palpáveis na vida moderna da atividade científica tais como as inumeráveis aplicações tecnológicas, a prevenção e cura de doenças, a projeção de sistemas biológicos com propriedades específicas etc.
Em geral, o que caracteriza uma ciência bem estabelecida após atingir o estágio de maturidade é a existência de um paradigma que coordena, direciona e estabelece a pesquisa científica. O conceito de paradigma como princípio organizador da atividade genuinamente científica suplanta as concepções populares sobre a existência de um "método científico". Mas uma imensa maioria de pessoas (bem instruídas diga-se a verdade) ainda acredita que toda atividade científica deve seguir rigorosamente um método (científico) e que os resultados das pesquisas são "rigorosamente comprovados". Assim, pelo critério do método costuma-se desqualificar uma determinada disciplina - mormente se é o caso de o objeto de estudo ser de observação indireta (como veremos abaixo é o caso da Cosmologia, radioastronomia etc.) como tendo caráter científico. O Espiritismo - principalmente quando analisado em sua superfície e com visão pré-concebida, também tem seu caráter científico rejeitado, o que não é o caso.
Dentro da Doutrina Espírita podemos dizer que a atividade das chamadas ciências ordinárias (que seguem modelos ou paradigmas científicos bem estabelecidos) está intimamente relacionada ao estudo do elemento material. Obviamente que essa afirmação é válida dentro das visões de mundo onde o Espírito é elemento integrante da realidade. Nas visões onde esse elemento não é reconhecido, a única realidade é a matéria e disciplinas que pretendam estudar o elemento espiritual tem seu reconhecimento rejeitado.
[Alexandre] Uma definição (não sei é popular) de "método cientifico" é tal que diz que o conhecimento é construído/obtido a partir dos estágios:
1) Observação da natureza
2) Proposição de um modelo teórico
3) Teste do modelo através de experimentos
Porém, essa definição está longe de acontecer na realidade. O que a gente vê (e faz no nosso trabalho) é as vezes primeiro propor modelos, depois observar a natureza ou fazer testes através de experimentos e perceber algo novo ou etc. A ordem acima pode ser quebrada e como o Ademir respondeu em outras questões abaixo muitas predições dos modelos teóricos só foram verificados experimentalmente no futuro.
Portanto, como o Ademir escreveu acima, produzir conhecimento que mereça o adjetivo "científico" não requer seguir um método específico mas sim estar de acordo com o paradigma maior que define o campo de estudo.
O que eu gostaria de acrescentar é que, independente do campo de estudo, existe uma necessidade de verificar a descrição da realidade que criamos, isto é, verificar o modelo teórico. Esse é um ponto que é comum a todos os campos de estudo. E Kardec foi muito cuidadoso com esse aspecto ao criar um forte laço entre a codificação e os "fatos". No item VII da introdução do Livro dos Espíritos Kardec diz que os fatos é que dão a palavra final sobre a realidade. Em física, os "fatos" são verificados experimentalmente enquanto que em Cosmologia os "fatos" são apenas observados. Mas, dentro desse critério de verificação através dos fatos, a física, a cosmologia e o espiritismo são legítimos.

2) Dentro da ciência, qual é a posição da Física?
[Ademir] A física é a parte da ciência que estuda a matéria em seu estado mais elementar e primitivo. Essa definição também é muito limitada e, para ser complementada satisfatoriamente, exigiria uma grande explanação sobre os principais ramos de pesquisa da física moderna.
O que nos parece ser relevante conhecer a respeito do status científico da Física é sua estruturação completamente dentro dos moldes de paradigma. O exemplo mais marcante (e que influenciou a pesquisa na física desde o século 17) foi o desenvolvimento da mecânica. Rigorosamente a mecânica tem como objetivo estudar o estado de movimento da matéria. Aqui, por "matéria" podemos entender um simples "ponto material", ou seja, uma abstração teórica que se consegue tomando um objeto material de qualquer tamanho e reduzindo infinitamente suas dimensões (termo usado aqui em sentido não próprio da física), mantendo-se contudo inalterável sua "massa".
O estado de movimento em nosso "espaço" é definido na mecânica por um conjunto de seis coordenadas, três para a posição segundo um sistema de referência preferencialmente "inercial" e mais três para o momento ou quantidade de movimento igualmente medida nesse referencial.
Segundo a mecânica, dado uma descrição completa das forças que atuam nesse "ponto" é possível conhecer o estado futuro desse movimento. O conhecimento é tanto mais preciso quanto mais preciso forem nosso conhecimento a respeito do estado inicial. O fato é que com essas e outras noções foi possível explicar e prever admiravelmente uma grande quantidade de fenômenos observáveis. As leis da mecânica para o ponto material podem ser generalizada para distribuições arbitrárias de matéria e, juntamente com leis complementares (tais como as leis da gravitação, as forças de atrito etc), permitem explicar quase que a totalidade dos fenômenos de movimento observáveis (e muito mais complexos) tais como: fenômenos meteorológicos (uma extensão da mecânica aos fluidos), vibração de estruturas (teoria da elasticidade), levitação de objetos mais pesados que ar (dinâmica de fluidos), dinâmica dos planetas, cometas, origem do sistema solar etc.
De todos as divisões da física não é exagero dizer que a mecânica exerceu maior influência em outros ramos paralelos tais como os desenvolvimentos tecnológicos nas engenharias. De olho nesse sucesso, muitas disciplinas procuram se esforçar para atingir um nível de madureza como atingido pela mecânica na física.
O caráter científico da mecânica vem assim de sua estruturação na forma de um "paradigma". Esse se confunde com as leis de movimento de Newton complementados por leis particulares que servem para conectar o paradigma à realidade da Natureza. A noção de paradigma é estendida a outros ramos da física sem exceção: eletromagnetismo, física nuclear, termodinâmica, física estatística, mecânica quântica, óptica etc. A noção de paradigma ou a estruturação do conhecimento científico como um paradigma não foi feito de caso pensado na física. Antes, desenvolveu-se de maneira totalmente independente entre os vários campos e pode ser inferido posteriormente pelas pesquisas em história da ciência.
Repetimos que o paradigma é um indício muito forte de amadurecimento de uma disciplina como científica - independentemente do campo de estudo. Assim, se uma disciplina se dispõe a estudar o elemento espiritual -através de suas inúmeras manifestações - e conseguir atingir o nível paradigmático, terá atingido maturidade científica. Esse é o caso do Espiritismo (ver referências abaixo).
[Alexandre] Nada a acrescentar às palavras do Ademir.
3) Dentro da Física, quais são os campos de estudos que lidam com a física quântica e com a cosmologia? Em que diferem seus métodos de trabalho e objetivos?
[Ademir] Mais propriamente falando a "mecânica quântica" (sinônimo para física quântica) é o ramo da física que se formou como uma extensão da mecânica - é uma mecânica de fato - mas que dispõe de um paradigma completamente diferente da mecânica clássica. A mecânica quântica tem como objeto de estudo os estados da matéria em seu nível mais elementar, lidando com quantidades de movimento ínfimas se comparadas às quantidades de movimento associados aos fenômenos do dia-a-dia.
A cosmologia é uma área intermediária entre a astronomia (através da astrofísica) e da física cujo objetivo é formular modelos de universo. Diferentemente da física, a astronomia seguiu um caminho próprio. A astronomia é uma ciência muito mais "fenomenológica" no sentido que tende a formular modelos que se adaptem ao máximo ao que se observa no céu (lembremos do caso do sistema de Ptolomeu dos planetas orbitando a Terra, inclusive o Sol).
A interdisciplinaridade entre a astronomia e a física é algo de há muito bem estabelecido, seja através da astrofísica ou da mecânica celeste (uma aplicação da mecânica clássica determinista mais considerações geométricas de transformação entre sistemas de referência). Rigorosamente falando, do ponto de vista histórico, a evolução da compreensão do estado de movimento dos astros (um dos objetivos da astronomia) teve que esperar o desenvolvimento da física, principalmente a formulação do paradigma da mecânica. A pesquisa astronômica é independente contudo, sendo complementada através de modelos da física. Por exemplo, tomemos as observações de sistemas de estrelas binários muito próximos, a busca por discos de "acreção" adicionados os modelos para esses discos, a descrição estatística da distribuição e propriedade das estrelas - que desenvolveu-se independentemente da física, mas complementada por esta etc. Podemos dizer que a pesquisa astronômica vai muito longe, mas vai muito mais se feita em companhia da física.
A cosmologia desenvolve-se como um programa de pesquisa na forma de proposições de modelos de universo. Ligada à astronomia, a origem da cosmologia é muito antiga e todos os povos desenvolveram noções cosmológicas.
Mais modernamente, a cosmologia estrutura-se seguindo paradigmas da física tais como a relatividade geral, a mecânica de Newton e geometria. A adequação empírica das teorias cosmológicas é muito restrita dada a natureza do objeto de estudo: não se podem fazer experimentos, não é possível reproduzir os fenômenos e muito menos controlá-los. Podemos fazer um paralelo entre a cosmologia e a meteorologia: da mesma forma que aquela, a meteorologia sofre da impossibilidade de se fazer experimentos, tendo-se que contentar com a busca de modelos que representem fielmente o que é visto, dentro de noções mais abstratas de fundamentos que impedem a construção de modelos por mera geração ou proposição de leis que se adicionam infinitamente. O objetivo de uma atividade científica desse tipo é construir modelos que sejam simples e ao mesmo tempo suficientemente abrangentes para cobrir vasta gama de fenômenos.
Assim, se formos observar a base dos modelos dinâmicos para descrição de fenômenos meteorológicos, veremos que são bastante simples, fundamentados em conceitos primitivos da dinâmica de fluidos, termodinâmica e mecânica de Newton. A cosmologia, baseando-se em conceitos mais primitivos da física tais como a relatividade, a dinâmica e a geometria, propõe modelos de universo que visam descrever o estado do universo inicial - como uma extrapolação do que se observa hoje e, se possível, seu futuro. Não é difícil imaginar que diante da possibilidade de que as leis da física se alterem com o passar de muitos anos (o que não é admitido por princípio, mas é plausível) e de outros problemas teóricos, a descrição do universo primitivo e do futuro do universo sofre de inúmeros problemas, e conferem à cosmologia uma roupagem de "crença" aparente, visto que a idéia de crença se baseia popularmente na noção de algo que se acredita simplesmente.
Entretanto, a cosmologia enquadra-se no conceito de ciência pois possui um paradigma: atualmente o chamado "modelo padrão" (a despeito de problemas de adequação empírica que surgem pela descoberta de novos fatos e disponibilidade de novas observações), é o paradigma em uso pela cosmologia.
[Alexandre] Segundo o livro "Quantum Questions" do filósofo Ken Wilber (Shambhala Publications, Boston 2001), os grandes físicos (Heisenberg, Schroedinger, Planck,etc) tinham consciência de que a física (suas teorias) se alteram com o tempo. Inclusive, Wilber afirma que todos eles eram ao mesmo tempo religiosos e não concordavam que a física deve ser usada para explicar os fenômenos "místicos" justamente porque a física do amanhã pode vir a ser bem diferente da física do hoje. Wilber também menciona uma critica atual ao livro O Tao da Fisica (Fritjof Capra) porque o modelo usado pelo Capra (teoria do bootstrap) não é a mais aceita hoje (que é o modelo padrão).
André Luiz, no mecanismos da mediunidade, de forma muito interessante, ao meu ver, também menciona, como um cuidado a se tomar, que a ciência de um século muitas vezes é suplantada pela do século seguinte. Isso é um cuidado básico que devemos lembrar (que o Ademir lembrou bem).

(Publicado no Boletim GEAE Número 476 de 15 de junho de 2004)
(Continua no próximo Boletim GEAE
fonte  (E continuação, vai até VI)

quinta-feira, 29 de março de 2012

800 anos de Vodka


Vodka

O aparecimento da Vodka deu-se há mais de 800 anos.
No entanto, atingiu o auge da sua popularidade depois de 1940.

História
O seu nome deriva da frase russa "Zhiznennia Voda", que significa "Water of Life" (água da vida).
A palavra vodka foi mais tarde adoptada. Os polacos reivindicam para si a origem do nome vodka (woda).

Consta que no século XI, na Pérsia, produzia-se um espírito semelhante à Vodka. Mas os russos afirmam que a Vodka foi uma descoberta deles e que o seu aparecimento se deu no ano de 1300, num local chamado Fonte de Viataka.

A Vodka popularizou-se também rapidamente na Finlândia e Polónia. Neste último país a Vodka era apenas utilizada pelos monges, farmacêuticos e famílias nobres.

Só no século XVI o segredo do fabrico da Vodka passou a ser conhecido entre os polacos.

No ano de 1546 o rei polaco Yan Olbretch publicou uma lei segundo a qual autorizava todos os cidadãos a prepararem como entendessem as suas vodkas.
Isto deu origem ao aparecimento das vodkas aromatizadas e com sabor a frutas e a ervas.

Mais tarde, em 1780, o Czar da Rússia contratou um químico, Theodore Lowitz, para encontrar uma fórmula que tornasse esta bebida mais higiénica e pura.
Lowitz inventou a técnica da purificação da Vodka, filtrando-a através do carvão.
Quarenta anos mais tarde, a família Smirnoff, oriunda de Moscovo, fundou uma companhia que aperfeiçoou este sistema e simultaneamente deu o seu nome a uma das vodkas mais famosas no mundo.

Como é feita a Vodka
A Vodka inicialmente era considerada um espírito proveniente da batata. Actualmente entram na sua composição diversos cereais, como o milho, trigo, centeio e cevada.
Nalguns países a Vodka é ainda produzida a partir da batata ou com uma grande percentagem de batata (Polónia, Rússia e Noruega).
Como exemplo, a Vodka Smirnoff tem na sua composição uma maior percentagem de milho, a Vodka norueguesa, Vikin Fjord, tem com base a batata, a Wyborowa tem no rótulo a designação Grain (cereais).
Processo de fabrico
Os cereais são misturados e cozidos a alta pressão e em seguida espalhados num local próprio, onde são arrefecidos e lhes é adicionada água. A esta mistura junta-se malte ou enzima para que a fécula se torne açucarada.
Na fase seguinte são adicionadas leveduras e outros produtos fermentados, em quantidades e num processo semelhante ao do fabrico do whiskey (Bourbon).
A mistura final é destilada pelo processo Patent Still ou Continuous Still (fogo directo) a temperaturas elevadas, afim de extrair todos os possíveis sabores ou aromas dos produtos usados na mistura.
Quando sai do alambique a Vodka tem normalmente 95º.

Purificação
O processo Patent Still tem, geralmente, duas colunas: uma para a destilação e outra para rectificação. Quando se usa para destilar espíritos neutros (ver Aquavit) deve ter mais uma coluna que serve para a purificação.
No caso da Vodka, este processo não é ainda suficiente, sendo na maioria dos casos filtrada através do carvão.
A Vodka não requer qualquer envelhecimento. Pode ser consumida logo após o seu fabrico. Isto diz respeito às vodkas clássicas: incolores, inodoras, etc. Mais à frente falaremos dos tipos de Vodka e veremos que algumas são envelhecidas.
Ainda sobre as vodkas clássicas acrescentamos que a sua graduação alcoólica varia entre os 37,5º e os 50º. A Smirnoff tem dois tipos: Blue Label e Red Label (rótulo azul e rótulo vermelho). O primeiro tipo tem uma graduação alcoólica de 50º e destina-se a um tipo específico de consumidores. A Red Label normalmente tem 37,5º ou 40º, conforme o país onde é produzida.
A vodka Finlândia tem também duas versões: a Black Label (rótulo preto) com 40º e a Silver Label (rótulo prata) com 50º.
Tipos de Vodka
Aparentemente apenas existe um tipo de Vodka e poderá parecer que a Vodka é toda igual, mas não é assim.

Existem diversos tipos que exemplificamos.

Vodkas Polacas: Produzidas, as de maior renome, nas cidades de Gdansk, Kraków e principalmente em Poznan.
Para estas vodkas, na maioria dos casos fazem-se três destilações para apurar uma remessa ou quantidade com suavidade suficiente.

Wyborowa: É uma das clássicas polacas mais conhecidas no mercado, que aparece em duas versões: Blue Label (a mais forte), 42º, e a Red Label, 38º. No fabrico de ambas predomina o centeio.

Zubrówa: Faz parte das Flavored Vodkas. Nela está incorporado o gosto da relva do Parque Nacional de Bialowieza, onde pastam habitualmente búfalos de uma raça especial. A relva verde é para transmitir a força e a intensidade características dos búfalos da zona. Esta Vodka é suave e macia ao beber. A sua cor é verde pálido. Nalguns sectores erradamente esta Vodka é considerada russa, no entanto é polaca.

Starka: É outro tipo de Vodka, também invulgar. Apresenta-se em cor castanho-dourado e é envelhecida em cascos. Antigamente era colocada para envelhecer quando nascia a filha de um casal e apenas bebida na festa do seu casamento. Hoje é raro manter-se esta tradição.
A esta Vodka adiciona-se vinho espanhol Málaga para a tornar mais suave, dar-lhe cor e tirar-lhe o acentuado sabor a centeio.

Krakus: Vodka de fina qualidade, produzida à base de centeio, é adocicada e apresenta-se incolor e o seu paladar é suave. A graduação alcoólica é de 40º.

Luksusowa: Costumam chamar-lhe a Vodka de luxo polaca. Produz-se à base de batata. Apresenta-se incolor e tem um paladar adocicado. A sua graduação alcoólica é de 44º.

Jarsebiar: Esta Vodka é aromatizada com romãs. O seu paladar é adocicado. A sua graduação alcoólica é de 40º.
Existem ainda na Polónia algumas vodkas a que se adicionam nozes verdes, cerejas e outros frutos, consoante o paladar ou aroma que se pretende.

Vodkas russas: A vodka Smirnoff, originária da Rússia, não pode ser considerada como russa, pois os seus direitos de produção são da firma Hublein (americana) e é produzida sob licença em diversos países.
A Rússia tem, no entanto, outras marcas e tipos de Vodka também bastante famosas. Podemos encontrar no mercado português a Stolichnaya e a Moskovskaya.
A Moskovskaya é uma das Flavored Vodkas pois na sua produção entram algumas ervas, que lhe são adicionadas.

Russkaya: Uma Vodka pouco conhecida fora da Rússia mas também uma Vodka do tipo das clássicas.

Pertsovka: É um tipo de Vodka vermelha escura a que se adiciona pimentão. O seu aparecimento deve-se a Pedro, O Grande, que tinha por hábito polvilhar a Vodka com pimenta preta antes de a beber. Esta Vodka é consumida por um tipo especial de bebedores, considerados os bravos.

Krepakaya: Esta Vodka faz parte do grupo das Grain Vodkas. É bastante forte. A sua graduação alcoólica é de 56,5º.

As vodkas são tradicionalmente produzidas a partir de cereais, no entanto são usados na sua produção outros produtos agrícolas, batatas, beterraba e outros.

Vodkas inglesas: As vodkas inglesas têm a fama de possuírem uma óptima qualidade. São, regra geral, incolores e inodoras. Utilizam-se muito em mixed drinks e cocktails.
Que tenhamos conhecimento, apenas existe em Inglaterra uma Vodka de tom avermelhado, produzida segundo uma fórmula russa. A sua graduação alcoólica é de 40º.
Na Inglaterra a Vodka líder no mercado é a Smirnoff, seguida da Vladivar.

Algumas das vodkas que se fabricam na Europa e nos Estados Unidos têm nomes russos. No entanto, essa é apenas a única relação que têm com a Rússia, excepção para a Smirnoff (e algumas outras) que é realmente de origem russa.

A Vodka Sueca Absolut, que produz quase todos os tipos de vodkas, lançou há pouco tempo a Vodka Absolut Kurant aromatizada com groselhas.''

"

De acordo com esse artigo, beber vodka aumenta a associação de palavras e a criatividade verbal.
A pesquisa, feita pela Universidade de Illinois, em Chicago conta que pessoas que estão alcoolizadas, tem compreensão mais intuitiva em problemas difíceis de associação de palavras e que indivíduos sóbrios fazem associações de palavras de forma mais deliberativa, o que diminui a velocidade delas.

Na pesquisa, metade dos participantes bebeu vodka quase no limite do percentual aceito pelas leis americanas — 0,08% — e metade não bebeu nada. Após isso, uma série de problemas de três palavras foi exibido a todos, e eles precisavam encontrar uma palavra que juntasse todas as palavras em uma situação. Na média, participantes alcoolizados responderam em 11,5 segundos, enquanto os sóbrios precisaram de 15,4 segundos."

quinta-feira, 8 de março de 2012

Oito de Março assim por extenso





Os negros, as mulheres, as crianças, os pais, as sogras, os avós, os namorados, as mães têm ''seu dia''. Nos primeiros casos é interessante frisar que ''seu dia'' é mais para relembrar das lutas pela igualdade de
direitos e dificuldades que todos passam com os preconceitos enraizados na sociedade, tanto mulheres quanto homens, portadores de deficiência ou não, fora do padrão comum, idosos ou que fazem parte de uma minoria.

Enfim, hoje é intitulado o 'dia da mulher' porque em 8 de março de 1857, mais de uma centena de operárias de uma fábrica de tecido de Nova Iorque se mobilizaram na primeira greve (reconhecida historicamente) conduzida apenas por mulheres. Elas reivindicavam melhores condições de trabalho que, à época, eram sub-humanas, incluíam agressões físicas, sexuais e uma jornada muito extensa.
A resposta dos patrões e da polícia foi muito violenta e fez com que as mulheres permanecessem dentro da fábrica, que foi estrategicamente trancada e incendiada, causando a morte de todas elas, carbonizadas.

Houve uma época que as mulheres não haviam direito ao trabalho e ao voto, assim como julgadas incapazes de qualquer intervenção pública.

Vale ler o techo do livro ''8 de março, dia internacional da mulher e muitas histórias" de Carmen Lucia:

''É a partir da Revolução francesa, em 1789, que as mulheres passam a
atuar na sociedade de forma mais significativa, reivindicando a melhoria das
condições de vida e trabalho, a participação política, o fim da prostituição, o
acesso à instrução e a igualdade de direitos entre os sexos.

É nessa época que surge o nome da francesa Olympe de Gouges. Em
1791, ela lança a "Declaração dos Direitos da Cidadã", onde reivindicava o
"direito feminino a todas as dignidades, lugares e empregos públicos
segundo suas capacidades". Afirmava também que "se a mulher tem o
direito de subir ao cadafalso, ela deve poder subir também à tribuna".
Olympe de Gouges foi julgada, condenada à morte e guilhotinada em 3 de
março de 1793, por "ter querido ser um homem de estado e Ter esquecido
as virtudes próprias do seu sexo". Nesse mesmo ano, as associações
femininas foram proibidas na França.

''Na Segunda metade do século XVIII, as grandes transformações ocorridas
no processo produtivo e que resultaram na Revolução Industrial, trouxeram
consigo uma série de reivindicações até então inexistentes. A absorção do
trabalho feminino pelas indústrias, como forma de baratear os salários,
inseriu definitivamente a mulher no mundo da produção. Ela passou a ser
obrigada a conviver com jornadas de trabalho que chegavam até 17 horas
diárias, em condições insalubres, submetidas a espancamentos e ameaças
sexuais constantes, além de receber salários que chegavam a ser 60%
menores que os dos homens.

Em exemplo típico do ambiente fabril na época era a tecelagem Tydesley,
em Manchester, na Inglaterra, onde se trabalhava 14 horas diárias a uma
temperatura de 29º, num local úmido, com portas e janelas fechadas e, na
parede, um cartaz afixado proibia, entre outras coisas, ir ao banheiro,
beber água, abrir janelas ou acender as luzes.''

Tudo isso é muito surreal para mulheres e homens do século 21, parece até caricato, mas isso acontecia realmente, assim como também aconteceu a escravidão, onde as condições eram ainda mais precárias.
(Imagine então como era tratada a mulher negra?)

A luta de muitas mulheres e muitos homens é pela igualdade entre os gêneros, por um mundo que não pague salários segundo o sexo e a raça/etnia, mas de acordo com a capacidade e desempenho de cada pessoa.
Podemos encontrar vários casos de coragem para lutar a favor da igualdade entre os sexos, inclusive de homens. E sinceramente vejo uma quantidade muito grande de mulheres machistas, que sem perceber se colocam moralmente menores que os homens em várias questões.
Hoje em dia resquícios de machismo são vistos em casos bem diferentes daqueles bizarros de antigamente, porém ainda sim inegáveis injustiças acontecem com o sexo feminino, até por elas mesmas.

Muitos apontam a criação machista que tiveram como grande motivo para
terem impressões ruins de certas atitudes das mulheres ("não se dão o respeito") que, tomadas pelos homens, são perdoáveis ou até parabenizadas.

É uma estranha hipocrisia, em outros assuntos conseguiram ser mais liberais, mas justamente nesse não progrediram. Paciência.  Também precisamos compreender a dificuldade das pessoas e que realmente em casos de criação mais antiga (geração dos avós) é mais comum não conseguirem absorver as idéias atuais, assim como a tecnologia.

Nada disso é regra. Conheço uma avó feminista e uma mãe machista.
Assim como não é dificil encontrar pessoas mais novas machistas, racistas ou com qualquer outro preconceito.

Hoje temos vários meios de democratização de informações, assim sendo podem - tanto homens quanto mulheres - conhecer a história triste dos preconceitos humanos e dados antes camuflados e tirarem suas conclusões, refletindo se vale mesmo a pena continuar com qualquer tipo de sexismo ou preconceito.

Também vale lembrar das conquistas dos direitos e deveres sociais de todos e das mulheres que fizeram parte da história (e também as que, por preconceito, não fizeram) e refletir se estamos sendo preconceituosos com alguém, se estamos mesmo fazendo nossa pequena grande.  

Não é ser alguém que não brinca, mas é saber que é uma brincadeira e fazer isso apenas entre amigos. E isso vale em vários aspectos: xingamentos sobre o peso, cor, religião, modo de se vestir, idade ou escolha sexual.
Julgar as pessoas externamente é SIM opcional. Só precisamos ter uma referência de bondade e empatia para que a cor, marca da roupa, peso ou qualquer outra coisa não serem relevantes.

Vale também questionar o que vemos na TV, em revistas, seriados e outros meios manipuláveis. O marketing inescrupuloso usufrui de muitos de nossos preconceitos enraizados e não percebemos isso, continuamos alimentando nosso ego com porcarias que enfiaram em nossas mentes como bonitas. .

A mídia é sexista, nossos desejos são influenciados e acabamos por fazer coisas que se questionássemos, faríamos diferente.

Enfim, hoje é um bom dia para lembrar que todos os dias são especiais. 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

CURA POR SONS ATRAVÉS DOS TONS SOLFEJO



 A história das Frequências Solfejo
(Escrita por David Hulse – SomaEnergetics.com)
 Estas freqüências sonoras originais foram aparentemente usadas em cantos gregorianos antigos, como o grande hino a São João Batista, juntamente com outros que as autoridades da igreja dizem terem sido perdidos séculos atrás. Acreditava-se que os cantos e os seus tons especiais transmitiam tremendas bênçãos espirituais quando cantados em harmonia durante as missas religiosas.
Estas freqüências poderosas foram redescobertas pelo Dr. Joseph Puleo, como descrito no livro “Códigos de Cura para o Apocalipse Biológico” (Healing Codes for the Biological Apocalypse) por Dr. Leonard Horowitz. Eu dou honra a ambos os cavalheiros pelo papel que desempenharam em ajudar no retorno destas frequências perdidas à humanidade.
As 6 Frequências Solfejo incluem:
 UT – 396 Hz – liberação de culpa e medo
RE – 417 Hz – desfazer situações e facilitar a mudança
MI – 528 Hz – transformação e milagres (reparo do DNA)
FA – 639 Hz – conexão / relacionamentos
SOL – 741 Hz – despertar intuitivo
LA – 852 Hz – voltar à ordem espiritual
Por exemplo, a terceira nota, de frequência 528 Hz, é relativa à nota MI na escala e deriva da expressão “MI-ra gestorum “, o que, em latim, significa “milagre”. Surpreendemente, esta é a frequência exata, usada por bioquímicos genéticos, para reparar DNAs interrompidos – o código genético sobre o qual se baseia a vida!
Um pouco de história
Na virada do século, o conhecimento do DNA entrou na consciência coletiva do mundo. Temos nos encarnado nesta experiência humana como seres divinos com um roteiro, um conjunto de instruções. Sabemos que uma percentagem muito pequena (3%) dessas instruções compõe a nossa fisiologia.
Carl Sagan escreve que a maioria de nossas informações genéticas (cerca de 97%) é DNA não utilizado. Ele se refere a isso como “jargão genético.” É possível que a maior parte do que somos ainda jaz adormecida como nosso potencial humano?
No velho paradigma da religião, “o potencial” permaneceu um mistério para a mente humana, portanto, cunhamos um termo místico chamado “espírito”. O Espírito era algo separado do que éramos, algo que não tínhamos e que somente poderia ser ganho através dos sistemas da maioria das religiões.
O velho paradigma e sua premissa afirmam que começamos como a biologia no ventre de nossas mães. Telliard deChardin nos diz que não somos um ser humano tentando alcançar uma experiência espiritual, mas sim, somos seres espirituais tendo uma experiência humana. Essa mudança de percepção provoca uma enorme diferença na maneira como nos percebemos neste terceiro / quarto continuum de espaço-tempo.
Sendo um estudante de “Um Curso em Milagres” nos finais dos anos 80, fui confrontado por uma dicotomia na idéia de que não somos um corpo. Eu nunca entendi essa declaração completamente até que eu li uma citação de Albert Einstein, que afirmava: “No que diz respeito à matéria, tivemos estado todos errados. O que nós chamamos de matéria é energia, cuja vibração tem sido tão reduzida para ser perceptível aos sentidos. Não há matéria.”.
Eu acredito que o que está sendo afirmado é que, num nível mais profundo, não estamos separados, como um corpo, um espírito, uma alma – somos apenas seres de energia. Este é o nível de consciência que está sendo aberto por nós a partir do qual um novo paradigma está surgindo com a finalidade de curar toda a separação. A expressão popular “O Divino, está em mim” me faz separado do Divino. Possa eu sugerir uma mudança dizendo: “O Divino, como eu” para remover a separação.
À medida que nos movemos da genética e de conceitos como alma, “Alma Gêmea” e “Trabalho de alma”, nós nos movemos para além do diagnóstico físico em um novo campo da física quântica. Neste novo campo, onde a consciência é vista como um campo unificado, onde tudo é tudo o mais (TOE teoria – A Teoria de Tudo), não há limites. Não existe “isto” ou “aquilo” nem eu ou você. É um novo campo de puro despertar – a consciência.
Eu resolvi a dicotomia sobre “nós não somos nosso corpo” mudando a minha percepção de genética para energética – percebendo que nós não somos destinados a ignorar nossa fisiologia mas reconhecendo o corpo como a energia vibrando a uma freqüência muito densa.
Como as frequências Solfejo se perderam?
Descobri que estas frequências poderosas tinham sido dadas à igreja há muitos anos por um propósito muito espiritual. Isso foi quando a igreja era um lugar maravilhoso para as pessoas nas aldeias se reunirem. A igreja serviu como um lugar social, político espiritual.
As pessoas vinham à missa, que naquela época, era feita em latim (até o que o Vaticano II viesse). Quando as pessoas cantam em tons latinos ou musicais, é muito poderoso, porque ele penetra através de todas as formas-pensamento limitadas e vai a níveis mais profundos do subconsciente – acessando insights além dos sistemas de crença.
Como descrito acima pelo Dr. Candice Pert, PhD, energia e vibração percorrem todo o caminho até o nível molecular. Ela afirma que temos 70 diferentes receptores nas moléculas e, quando a freqüência de vibração as atinge, elas começam a vibrar. Além disso, observou ela, “à medida que elas começam a vibrar, elas se tocam e fazem cócegas umas nas outras e brincam e se rearranjam.”
É toda esta dança ritual energética, a nível celular, que abre os cromossomos e expõe o DNA às frequências. Quando fazemos tonificação, tambores, cânticos, ou diapasões – pode ser uma forma de direcionar a energia para fins de transformação.
Vibração e som podem ser usados, como a maioria das coisas, seja com intenção positiva ou negativa. Usado de forma negativa, não é nada mais do que o controle e manipulação. A maior parte do mundo foi construída em cima de controle e manipulação à medida que nos comunicamos através da linguagem.
Um monte de diferentes textos, como a Bíblia, falam sobre a importância de apenas fazer som, quer se trate de cânticos, percussão, ou falando em línguas (como os fundamentalistas, carismáticos fazem). Eles são apenas diferentes maneiras pelas quais as pessoas estão acessando níveis mais profundos de si mesmas. Sugiro-lhe que os diapasões Solfejo são uma forma ainda mais pura de fazer isto com a intenção positiva.
Quando o Dr. Joseph Puleo estava pesquisando os tons, ele foi encaminhado para um Monsenhor em uma universidade em Spokane, WA, que era chefe do departamento medieval. Após uma conversa de 20 minutos:
“Você consegue decifrar o latim medieval? -  “Absolutamente!”
“E você conhece a escala musical e tudo mais?” - “Absolutamente!”
“Pois então, você poderia me dizer o que “UT – queant laxis” significa?
Após uma breve pausa, o Monsenhor brincou: “Não é da sua conta.”
Então ele desligou.
Além disso, como o Dr. Puleo pesquisou mais sobre os tons, deparou-se com um livro em canto gregoriano pelo Professor Emeritus Willi Apel que argumentou que “os cantos que estão sendo hoje usados estão totalmente incorretos, e prejudicaram o espírito da fé católica ( 1 ) “. Além disso, o Professor Apel relatou que 152 cantos estavam, aparentemente, ausentes.
A Igreja Católica, provavelmente “perdeu” estes cantos originais. Os cantos eram baseados na escala antiga original de 6 notas musicais chamada Solfejo ( 1 ) “. Confie em mim, nada está perdido, é só arrumar ordenadamente, no entanto, eles não podem esconder das massas o que está energeticamente colocado dentro da alma.
Segundo o professor Willi Apel ( 1 ), a origem do que hoje é chamado de Solfejo … surgiu a partir de um hino medieval de João Batista que tem a particularidade de que as primeiras seis linhas da música começaram, respectivamente, sobre as primeiras seis notas sucessivas da escala e, assim, a primeira sílaba de cada linha foi cantada numa nota em grau maior que a primeira sílaba da linha precedente.
Aos poucos, as sílabas se tornaram associadas e identificadas com suas respectivas notas e, como cada sílaba terminava em uma vogal, elas foram particularmente adaptadas para o uso vocal. Assim, “Ut” foi substituído pelo artificial “Dó”. Guido de Arezzo foi o primeiro a adotá-las no século 11 e Marie Le, um músico francês do século 17, acrescentou “Si” para a sétima nota da escala a fim de completar a série.
Pesquisas adicionais afirmam que o Papa João, mais tarde, tornou-se um santo – São João – e, em seguida, a escala foi alterada. A sétima nota “Si” foi acrescentada a partir de seu nome. “Si” se tornou mais tarde “Ti”. Essas mudanças alteraram significativamente as freqüências cantadas pelas massas.
As alterações também enfraqueceram o impacto espiritual dos hinos da Igreja. Devido à música carregar ressonância matemática, as freqüências são capazes de inspirar a humanidade espiritualmente a fim de deixá-la mais semelhante a Deus, as mudanças efetuaram alterações no pensamento conceitual, distanciando ainda mais a humanidade de Deus.
Em outras palavras, quando você canta um Salmo, é música para os ouvidos. Mas ele foi originalmente destinado a ser música para a alma ou para a orelha secreta. Assim, mudando as notas, as altas matrizes do pensamento e do bem-estar foram esmagadas. Agora é hora de recuperar essas notas em falta.
Eu tinha ouvido falar do, re, me, fa, so, la, ti, do. Eu particularmente respondia a ele sempre que ouvia essa música por Julie Andrews em “The Sound of Music”. Eu tenho literalmente um “disparo das células cerebrais”, à medida que está gravada no meu cérebro, e eu vejo sua vinda sobre a montanha no filme. Eu não sabia que isto era realmente uma escala modificada, uma segunda escala. A escala original Solfejo realmente era: UT, RE, MI, FA, SO, LA.
Olhando para as definições de cada uma das sílabas originais, usando entradas ocultas no dicionário Webster’s e nos Apócrifos originais gregos, eu determinei que estas frequências originais podem ser usadas para tornar a tristeza em alegria, ajudando a pessoa a se ligar com sua Fonte para trazer milagres, reparar o DNA, conectar-se com sua família espiritual, resolver situações e se tornar mais intuitivo, e, finalmente, retornar à ordem espiritual ( 2 ).
Através da música, esses tons podem ajudar todos os canais a ficarem abertos e manter a força de vida (Chi), literalmente, fluindo através do Sistema de Chakras livremente. É isso é o que as seis freqüências eletro-magnéticas devem realizar que foram colocados em hinos perdidos e cânticos gregorianos?
Acho que estamos vivendo numa época tremendamente maravilhosa, e ao invés de ver o copo “meio vazio”, veja-o como “meio cheio.” Ao invés de aceitar a perspectiva do Jornal Nacional da visão de mundo, encontre a perspectiva através da visão de seu próprio coração.
Trata-se de mudança e transformação da humanidade para o próximo nível de evolução. Nós, como Trabalhadores Espirituais da Luz, fizemo-nos acessíveis neste momento, por determinação divina, para estar aqui a fim de ajudar aqueles humanos que escolhem (é tudo baseado em escolha irrevogável) ficar ou ir. Aqueles que optaram por permanecer entrarão em nossas vidas e nós já concordamos em ajudá-los.
É tudo sobre ajudar outras pessoas. Não é para ser seu Curador mas para ajudá-los a saber quem eles são e se conectar com sua verdadeira origem. Trata-se de fornecer um ambiente de não-julgamento, um espaço sagrado, com a finalidade de se curarem.
Devemos estar continuamente ensinando ao mesmo tempo em que apoiamos pessoas. O velho paradigma nos ensina a manter a informação entre os profissionais. O novo paradigma consiste em compartilhar as informações e autorizar o cliente. Todo mundo com quem trabalha – quer se trate de Reiki ou Massagem, seja utilizando diapasões ou outras modalidades – deve sentir que você o habilitou para que possa estender esta informação para outra pessoa.
A cura se tornou relacionada com nossa evolução por reconectar os filamentos adicionais de DNA. A cura se refere também à ajuda de outra pessoa a se restaurar a um estado de “Plenitude Espiritual”.
Notas:
(1) “Códigos de Cura para o Apocalipse Biológico” por Leonard Horowitz Dr., p. 345-6
(2) Ibid.
(3) De “O Jogo cósmico do homem” por Guiliana Conforto
3, 6 e 9
Quando olhamos para as seis frequências Solfejo originais, utilizando o método pitagórico, encontramos que a base ou raiz dos números vibracionais é 3,6 e 9. Nicola Tesla nos diz e eu cito: “Se você soubesse a magnificência do 3, 6 e 9, então você teria uma chave para o universo.”
John Keely, especialista em tecnologias eletromagnéticas, escreveu que “as vibrações de terços, sextos e nonos eram extraordinariamente poderosas.” De fato, ele demonstrou que “os terços antagônicos vibratórios eram milhares de vezes mais fortes que o calor para separar o hidrogênio do oxigênio na água “.
Em sua “Fórmula de Desintegração Aquosa “, ele escreveu que “na dissociação molecular ou desintegração de elementos simples e compostos, sejam gasosos ou sólidos, uma corrente de vibração de terços, sextos, e nonos antagônicos em sua massa irá impulsionar subdivisões progressivas. Na desintegração da água, o instrumento é definido em terços, sextos e nonos para obter os melhores efeitos. “
No livro do Gênesis, afirma-se que há seis dias da criação. No entanto, muitos falam sobre a semana da criação – ou sete dias – e a Bíblia cristã vê o número sete como número da perfeição. Por que 7? Será devido à influência da cultura do Oriente Médio no momento em que Jesus viveu, quando se acreditava que havia apenas sete planetas?
Em relação à adição de um sétimo número, eu fui misticamente atraído por um artigo no Discovery Magazine. Em seu livro mais recente, “Apenas seis números”, Rees afirma que seis números fundamentam as propriedades físicas fundamentais do universo, e que cada um é o valor exato necessário para permitir a vida florescer.
Ao expor essa premissa, ele se junta a uma longa linha de ousadia intelectual de cosmólogos e astrofísicos (para não mencionar os filósofos, teólogos e lógicos) esticando todo o caminho de volta para Galileu, que pergunta: Por que estamos aqui? Como Rees diz: “Estes seis números constituem uma receita para o universo.” Ele acrescenta que “se qualquer um dos números fosse diferente, mesmo ao mais ínfimo grau, não haveria estrelas, nem elementos complexos, nem vida.” ( do Discovery Magazine).
Como alguns autores especulam, poderiam estes tons ter desempenhado um papel na ruptura milagrosa da grande muralha de Jericó em seis dias antes de cair o sétimo dia? Alguns cientistas estão dizendo que se fomos criados, é mais provável termos sido cantados à existência.
É possível que os seis dias da criação mencionados em Gênesis representem seis freqüências fundamentais que sustentam o universo? Estudiosos religiosos acreditam que os eventos ocorreram como resultado de sons sendo falados ou tocados.
Outros cientistas, incluindo os gênios Nikola Tesla, Raymond Rife, assim como Mozart, Haydn, Beethoven e Chladni, todos devem ter conhecido e usado o conceito do poder inerente de três, seis, e noves. Então estamos lidando com três números poderosos: 3-6-9.
Todos os seis dos Diapasões Solfejo somam, individualmente, ao regime de Pitágoras de 3-6-9. Na verdade, visto que há dois conjuntos de 3-6-9 (anagramas), no solfejo, eles são ainda mais poderosos pois estas combinações servem como “portais” para outras dimensões!
Somente entonação – Disposição igual de 12 tons
Como já observado anteriormente, uma outra razão pela qual estas freqüências Solfejo antigas se tornaram “perdidas” foi por causa da mudança nas práticas de afinação ao longo da história. O método padrão de afinação dos últimos 200 anos é muito diferente das práticas de afinação que datavam desde a antiguidade até por volta do século 16 dc. Estas práticas antigas de afinação usavam um sistema de afinação conhecido como Entonação Justa.
A prática de afinação adotada pelas culturas ocidentais durante os séculos 16, 17 e 18 e, usadas hoje em dia, é conhecida como disposição igual de 12 tons. A explicação dos fundamentos destes sistemas de ajuste é demasiadamente complexa, mas a seguinte citação de um livro escrito por David B. Doty, intitulado “A cartilha da entonação justa” (The Just Intonation Primer), deve dar uma idéia do confinamento a que a música tem sido relegada: “Essencialmente, a música tem sido colocada em uma caixa de limitações como resultado da rigidez imposta pelos padrões de afinação da igualdade de 12 tons em uso hoje.”
“Embora seja difícil descrever as qualidades especiais dos intervalos justos (entonação) para aqueles que nunca os ouviram, palavras como clareza, pureza, suavidade e estabilidade vem à mente. Os intervalos consonantais supostos e acordes da disposição igual em 12 tons se desviam das relações simples em diferentes graus tais como o som áspero, inquieto, ou enlameado na comparação. “
A entonação justa pode ser encontrada em muitos dos grandes Pais da Música Clássica – Beethoven e Hyden, só para citar alguns. Eles não usam esta disposição de 12 tons e eu acho que isto é porque nós temos uma experiência mais rica quando ouvimos a música que foi composta por várias centenas de anos atrás. A Música Clássica com base na entonação justa nos dá uma relação diferente com o tempo e espaço e nos traz aos nossos chacras superiores.
O canto dos nativos americanos é, muitas vezes, baseado somente em entonação. O canto parece soar monótono mas estamos descobrindo que, dentro do som monótono, estão as harmônicas multi-dimensionais.
Como estes diferentes tipos de tons afetam a nossa saúde
Consequentemente, uma vez que toda a música em nosso mundo contemporâneo (a partir de comerciais até hinos modernos e sinfonias) foi composta utilizando a escala de disposição igual de 12 tons , todos eles têm limites vibracionais. Como resultado, a frequência de vibração dos tons da música moderna pode criar situações como a “caixa-de pensar”, emoções cheias e reprimidas e consciência de “falta” baseada no medo – todas elas tendem a manifestar os sintomas físicos da “doença.”
Isto está em contraste com a música criada a partir da escala antiga Solfejo, o que estimula a vibração da criatividade expandida, a resolução mais fácil de problemas e a saúde holística.
Novamente, deve-se notar que, embora existam notas contemporâneas que se aproximam dos tons Solfejo, elas não são da mesma frequência que os tons antigos. Exemplo: O tom Solfejo Mi vibra a 528 Hz. O tom contemporâneo mais próximo comparável é C, acima do C médio, que vibra a 512 Hz. Nossa pesquisa indica que as frequências de vibração contida nos tons Solfejo realizam estas potencialidades curativas originais.
Se você tem dúvidas sobre a frequência Solfejo, não hesite em nos contatar.
DOWNLOAD DOS TONS SOLFEJO:
Atualização: existem agora 3 versões das frequências Solfejo disponíveis para download.
A primeira é conhecida como “Tom Solfejo Ravi”. Esta faixa é para permanecer em um formato de alta qualidade WAV para os melhores resultados. Esta faixa é a mais intensa das duas disponíveis. Não é recomendável que você a converta em MP3 ou qualquer outro arquivo compactado porque você vai correr o risco de perder o tom em sua integridade e não irá funcionar corretamente.
- Baixe o arquivo de áudio Ravi Solfejo
- (Já disponível) Baixe o arquivo de áudio Ravi Solfejo sem ambiente.
A segunda é conhecida como Freqüências Sedona 11:11. Essas faixas são mais rápidas para download mas são de menor intensidade, no entanto, seus efeitos positivos continuam.
- Baixar as Frequências Sedona 11:11 (arquivo ZIP)
- DOWNLOAD da faixa bônus: Matriz harmônica de todos os 6 Tons Solfejo
A terceira é a coleção de 9 Frequências Sofejo. Como as freqüências Sedona 11:11, esses tons são também de menor intensidade.
- DOWNLOAD da coleção de 9 Frequências Solfejo (arquivo ZIP)
INSTRUÇÕES: Encontre um lugar calmo onde você não será perturbado. A utilização de fones de ouvido estéreo para as frequências Solfejo é altamente recomendada. Quanto melhor a qualidade dos fones de ouvido, melhor o resultado que você receberá.
À medida que você começa a ouvir as freqüências Solfejo, é importante que você se concentre no jogo tonal Solfejo. Deixe ele estar onde você focaliza sua atenção.
à medida que você também começa a ouvir as frequências, você pode encontrar sintomas como dores de cabeça, contrações musculares do corpo ou até náusea. Não se assuste. Isso é perfeitamente normal ! Os tons estão removendo bloqueios energéticos de seu corpo de modo que seu campo eletromagnético harmônico natural possa fazer fluir mais energias para as áreas mais necessitadas do corpo.
Para melhores resultados, ouça qualquer versão das freqüências Solfejo pelo menos uma vez por dia. Os melhores resultados acontecem após um período de seis semanas ouvindo os tons diariamente. Você pode ouvir os tons quantas vezes quiser por dia, eles só irão beneficiá-lo. Desde que você execute a rotina uma vez por dia durante seis semanas, você vai começar a ver resultados.
Lembre-se que as frequências Solfejo não são uma cura milagrosa. De maneira alguma, você deve substituir o medicamento prescrito ou qualquer outra forma de tratamento sem antes consultar o seu médico. As frequências de Solfejo são uma ferramenta adicional que podem ajudá-lo em condições médicas mas não devem, de forma alguma, ser a principal fonte de substituição sem o consentimento do médico.
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Esta mensagem foi escrita por Brad Johnson (os vídeos foram incluídos por Anjo de Luz)
Traduzida por Thiago Freitas para Anjo de Luz (por favor, quando compartilhar inclua o tradutor e o site)