|
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
expressive writing
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Flor de maio IV



Assim, durante muito tempo, até que veio um inverno como nunca viera antes. Lagos e fontes gelaram completamente, calaram-se os pássaros e as torres do castelo vestiram-se de branco por longos meses e mais pareciam noivas das montanhas. A natureza emudeceu e as pessoas pouco falavam. Reinava um silêncio glacial. E foi assim que Flor de Maio e Flor de Abril encontraram-se na sala dos manuscritos.
Reinava também o silêncio, mas povoado de palavras magnificamente bordadas no papel, de iluminuras luminosas, de desenhos que podiam quase falar. E num pesado livro que contava sobre as plantas, Flor de Maio encontrou seu nome e sentiu-se flor. Mas Flor de Abril não encontrou nada e sentiu-se ainda mais só. Arrastando sua dor e tristeza, procurou seu nome no livro dos monstros, das bruxas, dos bichos e até dos mortos. Não se encontrou em nenhuma página e sua fria tristeza confundiu-se com o Inverno. Parecia que a princesa acompanhava o silêncio da estação.
Parecia que a estação entendia o silêncio da princesa. Meses de silêncio e a fome começou a se instalar. O trigo gemia sob a terra, querendo nascer, mas o Inverno, solidário com a princesa, não se ia embora. Não se sabe ao certo se foi por medo da fome ou por compaixão, mas Flor de Maio enfrentou o vento frio e foi ao jardim remexer na terra. E, debaixo de espessas camadas de neve, descobriu um arbusto em cujos galhos começava a despontar um broto, sugerindo um futuro de flor. Era o mês de abril.
Flor de Maio levou a irmã para fora e mostrou-lhe a descoberta: uma flor de abril. A triste princesa sentiu-se botão e sorriu.Naquele mesmo instante, um tímido sol novo descortinou a névoa e convidou a Primavera a voltar. A nova estação veria duas magníficas flores desabrocharem juntas nos jardins do castelo.
( fonte : Revista "MUNDO e MISSÃO", histórias medievais )
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Ervilha de laboratório
Se pararmos pra pensar um entusiasmo não deixa de ser uma ansiedade.
Qualquer comentário fica fora de todos os contextos e ao mesmo tempo se enquadra em qualquer um...
Falo da análise de qualquer coisa, permitindo o abstrato e o absurdo até. Pra entender melhor, é só olhar pra uma imagem, cada um vai ver de sua forma particular (até mesmo os que sabemos que falam por que outros falam, os chamados pseudo pseudos intelectuais).
A questão é que até mesmo os que avaliam de forma "lógica" procuram no objeto a ser analisado uma referência sutil pra garantir uma revelação.
A referência sutil é na verdade um lugar onde nossas próprias características pesam, até mesmo
por não pesarem. É como um ecossistema mental.
Ok, sempre existe um ponto de
partida.
O começo é pela empatia, por exemplo: se eu acabar percebendo em qualquer alvo
uma coincidência, estarei sem dúvida admitindo
uma ingenuidade que não me deixa ser crítica, nem
mesmo discernir o que de fato é bom.
Perai. Mas como assim bom?
Depende dos critérios.
[critério
s. m.
1. Faculdade de distinguir o verdadeiro do falso, o bom do mau.
2. Capacidade, autoridade para criticar.]
Sinceramente todos se identificam ou mapeiam inspirados em seus próprios meios... Ou seja, na verdade perceber uma coincidência não é ingenuidade e sim ser um idiota bem burro, daqueles que são carentes e não admitem que podem admitir suas lamentações psicológicas em cada análise que fazem, seja de qualquer coisa e principalmente pra qualquer um.
Cara, tudo rende demais e ainda há quem
tenha tédio (repare, justamente são os pseudo
psceudos intelectuais. No entanto considerá-los
extremamente burros é outra burrice, apenas são carentes e se ghandi deixar um dia serão proveitosos pra si mesmos e não só como ratos de laboratório.).
(18/11/09, postado no meu fotolog)
E olha que escroto: No gartic já desenharam algo parecido com uma ervilha,
aí eu arrisquei: "ervilha" e as pessoas ficaram: O.o, 'ervilha? NOSSA, ervilha não é
assim!". É incrível não saberem como é de fato uma ervilha, sabe, elas não nascem em latas daquele jeito, gente, elas são compridinhas e sua vagem também é usada.
"As ervilhas serviram a Johann Gregor Mendel para as experiências que o levaram à descoberta das leis da herança biológica, hoje conhecidas em todo o mundo como leis de Mendel." (wiki)
"Ervilha não é com H."
"Claro que é, ninguém fala ervila."
(Chaves)
Listras
![]() |
Mondrian |
distinto
a hipocrisia tão belamente contorcida em língua portuguesa;
Prostituição de prosa que não cresce, nem desvenda.
Só permanece oprimida, isenta, disparatada, incapaz
Que nem a pena torna-se tão estúpida
Quanto abruptos reflexos incapazes
À sentir a vida despejando gota a gota impura morte;
Prefere-se o dominar casto da própria;
Impune, eximido, à olhar de cima o cuspe de vingança nobre,
A grandeza em alma resistente de baixeza imoral
tripúdio do próprio prazer que revela, norteia.
Extemporânea que têm a tudo pertencente:
ausência; perfeição.
(2008)

quinta-feira, 3 de março de 2011
A verdade sobre as carinhas japonesas

''Nada de carinhas em que dois pontos são os olhos e só um parêntese determina se o ser está feliz, triste ou nervoso. Os emoticons japoneses são muito diferentes dos emoticons que os brasileiros usam.
Os kaomoji, que significa rosto (kao) feitos por ideogramas (moji), não têm rostinhos virados de lado, são feitos com (BEM) mais caracteres e, claro, têm feições orientais.
A variedade de emoticons é grande porque os japoneses costumam usar letras de katakana, um dos três tipos de alfabeto que existe no idioma.
Uma enquete realizada pelo site iShare apontou que de 668 usuários, 17% usavam kaomoji em e-mails ou torpedos para se expressar.
No site evoticon.net, você encontra alguns exemplos. Confira alguns:
Urso pegando peixe
シャケガツレタ♪(* ̄(エ) ̄)o/ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄ ̄~ >゚ )))>彡
Depois de ir ao banheiro
∥wc∥ ヽ(*・ω・)ノ フウッ♪
Um porco dizendo “Parabéns”
才乂〒~├ゥ♪(=`(●●)´=)ノ
Aniversário de yakuza
(▼、▼メ)(▼、▼メ)( ̄▽ ̄;)(▼、▼メ)(▼、▼メ)
Nervoso
!Σ(▼□▼メ)
Gargalhadas
( ゚Д゚)ァハハ八八ノヽノヽノヽノ \ / \/ \''

Matéria adaptada do maravilhoso site madeinjapan
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Link lecal

Bem, o banco Itaú está com um projeto legal abeça, acredita que histórias podem mudar
a vida de muitas crianças (e provavelmente adultos que esperam horas na fila =D) e,
por isso, está distribuindo milhões de kits de livros infantis pra incentivar o gosto pela leitura. Achei digno, eis o link (site super legal >.<)
lerfazcrescer
domingo, 3 de fevereiro de 2008
A arte do papel branco

- Kandinsky
Antes de ir, mais um pouco entrelaçado com tudo...
Linguagem constituída como ponte, resta-nos como veículo à administrar outros caminhos - e se fácil fosse entender tantos e tantos textos deixados, não existiriam os sábios à ver nas entrelinhas, mais poema e mais prosa do que a arte cênica de outros textos.
O melhor meio de se expressar, é arte, crítica e a própria íris. E os estilosos são tão louváveis quanto tudo de artificial que existe: apenas uma falta de astúcia misturada com uma roupagem fútil, que não se entrega a palavras e própria linguagem, e o íntimo pouco dito: o alheio quando dramático, é máscara do verdadeiro evasivo-burro, portanto, ressalvo a linguagem de si: subentendida e intrigante.
Quando irrita, acho bonitinho, como o burro do Shrek. (sabes?)
Nada mais.
Então, rumo à passeios carnavalescos, têm-se a impressão de já ter visto tudo antes, e fatigado a maioria continua, pois a vida não quer ser evasiva como as palavras, a vida quer ganhar prosa.
Já outra ala do mesmo instante que passeava-se enfeitado, têm a impressão de dar prosa a vida, dar linguagem aos sentidos, sem métrica nem alcance mútuo: simplesmente o que lhe remete, antecede e sonha, como pinceladas sob o papel branco são as palavras a escorrerem, tripudiando e louvando poucos, deixando apenas a interrogação que acho absurdo de divino: sinal que existe a vontade de Saber.
Essa vontade sempre será a mola mestre de todos... E se uns não alcançarem mesmo participando-a na rotina, que comecem do início mesmo, sem vergonha, vá para as fabulas.
Sobre os que temem:um bocado de confiança em sua própria fórmula.
De resto, explore e explore.