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domingo, 3 de fevereiro de 2008

A arte do papel branco



- Kandinsky

Antes de ir, mais um pouco entrelaçado com tudo...

Linguagem constituída como ponte, resta-nos como veículo à administrar outros caminhos - e se fácil fosse entender tantos e tantos textos deixados, não existiriam os sábios à ver nas entrelinhas, mais poema e mais prosa do que a arte cênica de outros textos.
O melhor meio de se expressar, é arte, crítica e a própria íris. E os estilosos são tão louváveis quanto tudo de artificial que existe: apenas uma falta de astúcia misturada com uma roupagem fútil, que não se entrega a palavras e própria linguagem, e o íntimo pouco dito: o alheio quando dramático, é máscara do verdadeiro evasivo-burro, portanto, ressalvo a linguagem de si: subentendida e intrigante.


Quando irrita, acho bonitinho, como o burro do Shrek. (sabes?)


Nada mais.

Então, rumo à passeios carnavalescos, têm-se a impressão de já ter visto tudo antes, e fatigado a maioria continua, pois a vida não quer ser evasiva como as palavras, a vida quer ganhar prosa.
Já outra ala do mesmo instante que passeava-se enfeitado, têm a impressão de dar prosa a vida, dar linguagem aos sentidos, sem métrica nem alcance mútuo: simplesmente o que lhe remete, antecede e sonha, como pinceladas sob o papel branco são as palavras a escorrerem, tripudiando e louvando poucos, deixando apenas a interrogação que acho absurdo de divino: sinal que existe a vontade de Saber.

Essa vontade sempre será a mola mestre de todos... E se uns não alcançarem mesmo participando-a na rotina, que comecem do início mesmo, sem vergonha, vá para as fabulas.

Sobre os que temem:um bocado de confiança em sua própria fórmula.
De resto, explore e explore.