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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Mesa redonda

Ele faz uns versos, ele faz outro texto. Ela:
- Bebe dois chopes e fuma mais dois cigarros e prossegue. -

Não salvo o poema, salvo a vida transbordando em palavras, procurando essência sem tema.
Com tal introdução, não poderia avaliar pequenezas.

O evasivo, mesmo distinto, à mim continua restrito, como todas as drogas que me conflagram humana.


Revejo a lembrança como nossa magia, nossa um dia insensatez. Aquela que reproduzimos como vida, nosso marlboro, nosso seguro porto, não dito nem exposto.


Escrevo assim como quem bebe, vive ou sonha e tampouco sonha ou vive.
Mas contemporizar nesse mundo afinal é viver... Mesmo que assim: diferente de quem vive, tornando-se ressonância, redundância. Puta tarja preta e insolação.


Afinal, em meu azulejo interno, só poderia salvar como sempre o fiz, o subjetivo, sem a rima,

sem aviso.
Como vida; paradoxal.