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quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Simpatia é quase amor

Um pouco depois; "Carna em Ipa";


Oba la vem ela, estou de olho nela, a noite é linda... e ela mais ainda. (Jorge Ben)


Meu bem no mínimo tem que se achar no carnaval, as tribos tão aí e se você é de todas o carnaval é todo seu. A noite é uma criança chorando fininho, querendo crescer e quando cresce, que pena, já é dia, e quando é dia, ainda é carnaval.

Ipanemear está no astral, não se passeia, se viaja. Não se dorme, cochila.
E se acaso preocupar-se com o interior dizendo "chega" é só escutar direitinho: É CHEGA MAIS.

Olhos de pessoas em reencontro, olhos de pessoas que nunca mais vai ver, o nascer do sol nem chega a ser ressaca, é natureza de quem já viu tantas e tantas vezes e vale a pena, vale a pena sentir no ouvido o carinho do samba, dos seus amigos querendo mais do próprio Rio.
Mas meu bem eu só procuro sair daqui para estar mais perto da onde a calma me fulmina, me atinge.

O carnaval para vagabundo carioca como aqui é antes, muito antes, e quem faz aniversário nesta época prestigia a calma interior de tudo isso, sair daqui para encontrar-se ainda mais, sentir o sol sem queimar e o abraço de quem te faz feliz só por ser feliz.
Se eu falar de agora não vou falar, só mostrar o carnaval que fulminou, como um festival de belezas relativas, de fotos dos próprios
pés e sons.
Monogamia não existe e nesse tempo a gente finge que esquece que nunca existiu.
. .

Outro dia li outro livro, livro escrito com linhas tortas e muitos rabiscos,
outro dia sonhei com mais um dia, escrevendo mais um pouco do que virará mais uma página...
...desse amor que é quase simpatia de carnaval.

Ipanema inc. Serás viva, bem vinda.
" Em mim" - Realejo, Teatro Mágico.





(- Carolina.)