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terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Elucidação inicial.




No céu existem algodões, é tão bonito.
No chão, existem pessoas sorrindo por lá. É melhor ainda. Sentir pessoas se encantando com sua felicidade e você mais ainda com as dela. O sorriso da criança, das estrelas e da bonança quando vem com o sol. Sem falar no mergulho! Que mergulho! 

Mergulhar na própria vida sozinha, é curtir suas próprias propriedades, valorizando as marcas que fazem sorrir e que ficam na alma e não na pele (como socos, tatuagens e beijos). 
Dentro de mim existe o zelo, a vontade de estar neste mundo no timbre certo e altura certa, independente das alturas deste chão que piso, ou longe, muito longe daqui. Me interiorizar e fugir de tudo que me permeia falsidade é mergulhar nas verdades que, mesmo me fazendo pedrinha algumas vezes, me libertam para fazer sorrir. E mesmo se não sorrir para todo o sempre, estarei ao meu lado, contando. Cantando. Ouvindo. Sem o vento gélido.
Escutei até o coração bater mais forte, talvez fosse realmente sensível, aquele. Talvez não quisesse nem chegar, para não deixar de sentir, me sentir esperança daquilo sempre ali. Até corri para escrever rastros, sério.

Até vi as ondas escuras e fechamos os olhos. Um caminho paralelo.
Não que ali mergulhei, só mergulhei em mim, e já basta, posto o grito, tremido, já basta.
Agora recomeça, recomeço, como sempre, como já sempre imaginava e disse.
Antes disso, tudo premeditado, meu coração parece calcular e tenho no meu verso as respostas, deveras sem vê-las, posto o paralelo mundo que não existe.
Que existe algodão, chuva e suspiro. Comida também.

Nem vi a lua, nem luz.
Mas o gosto daquele era melhor que do mesmo lugar e, que coisa, afastava um cabelo e um carinho me fazia curar. Curar é a melhor parte (ou deveria ser) de amar.
O amor para mim é outra história.
E não é história, na verdade. E não é modo de dizer.
Amor é lenda pra uns. Pra uns a lenda é amor. Pra outros, livro. Música.


...Absurdo aquela dor que fiz, óh, absurdas dores me fiz!.
Já pedi desculpa aquele, outras vezes, dei-me outra parte de vida, outros casos, antes dei a vida.

Gritar para se auto destruir é já não saber mais quanto tempo se vê com os próprios olhos.

Agora sei, posso ver, devia ter visto. Mas pude mergulhar no meu mundo, portas frias me deixaram sem ar, sem me ouvir bater, mas quis viver, sem medo ou vergonha, de respirar.
De existir.
Se minha alma falasse, mas não fala.
Nunca falou, mesmo assim, se um dia pôde e pode encantar, mais do que meus olhos a chorar sorrisos, posso estar errada para o mundo, prefiro obedecer os probérbios. Prefiro desobedecer os critérios. Prefiro ser cabalista, nadar pra lá e pra cá, prefiro ver desenhos nas nuvens, ensinar meia dúzia, me preocupar com outras pessoas, mais 4 do que 1, se comunicar com olhos e andar, andar, andar, até chegar aonde eu nunca cheguei; e quem quer que seja, nunca será quem eu quero que seja. E quem quer que eu encontre, eu posso ver diamante nos olhos, se puder ser o mesmo.
E quem é capaz de sorrir, capaz de estar com alguém em qualquer lugar e preferir este em qualquer circunstância? E, quem, será capaz de entender-se o bastante para me entender? E quem será alguém? E quem, quem, quem, irá falar sobre tudo?
Na chuva, nas flores;
Dane-se as palavras, surpreender-se, surpreenderia-me a paz.
" Quero levar-te para o céu, irradiarmo-nos em todo lugar"
Um não competir, um se amar ...
Um carinho eterno de participar...

Que não tem cura, como a mim mesma, a espera. Sempre! E me comete, de repente, não mais que assim, como sempre, sorrisos plácitos, nuvens rápidas e gostos eternos.

E nem o fim, penso eu, nem ele. Nunca houve. Só existiu um começo. Que nunca existiu fim. Este, nunca terá.

"C a ro li n a é uma me ni na bem d i fi ci l de se en ten der
an da bo n i ta e u mbrilho no olhar "

"Como mais um Souvenir, junto uma guimba e uns utensilios"