(Salvador Dali, “Sonho Causado Pelo Vôo de uma Abelha ao Redor de Uma Romã um Segundo Antes de Acordar”)
Talvez nem todos saibam que a interpretação profunda dos sonhos não pode ser feita por sites que generalizam, já que cada um tem seu esquema mental.
Para não me alongar demais, posto aqui um texto resumido muito bom sobre
a interpretação dos sonhos através dos tempos, em especial na visão de Freud e Jung. Claro que além deles há muitos especialistas, na contemporaneidade
podemos encontrar mais ligados na parapsicologia e os temas espiritualistas
que sempre foram fonte de interpretações, seja por análise antropológica ou
mesmo da metafísica, mas no caso achei mais propício de dois ícones do assunto.
Bem, eis o texto:
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O que é a interpretação do significado dos sonhos
A interpretação dos sonhos é um processo para atribuir significado a eles. Em muitas sociedades ancestrais --- como o Egito e Grécia --- os sonhos eram considerados uma comunicação sobrenatural ou significado de intervenção divina. Segundo tais sociedades ancestrais, pessoas com certos poderes poderiam decifrar o significado dos sonhos. Em tempos modernos, várias escolar de psicologia oferecem teorias para decifrar o significado dos sonhos.
História da interpretação do significado dos sonhos
Os gregos ancestrais construíam templos que chamavam Asclepieions, onde pessoas doentes eram mandadas para ser curadas. Eles acreditavam que a cura poderia ser feita através da graça divina ao encubar sonhos dentro do confinamento dos templos. Os sonhos também eram considerados de significado profético por videntes de particular importância. No Egito Antigo, sacerdotes também atuavam na interpretação do significado dos sonhos. Hieróglifos descrevendo sonhos e a interpretação do seus significados são evidentes. Os sonhos têm recebido considerável importância através da história pela maioria da culturas.
No mundo ocidental, o primeiro grande trabalho de interpretação do significado dos sonhos foi o Oneirocritica, escrito por Artemidorus no segundo século, o qual interpretou o significado de muitos temas de sonhos. No século nono "Sobre as Causas dos Sonhos", de al-Farabi (conhecido como Alpharabius no ocidente), foi o primeiro trabalho a claramente distinguir entre a natureza e causa dos sonhos e sua interpretação. Em tempos modernos a interpretação dos sonhos foi levada como parte da psicanálise no final do século 19. O conteúdo dos sonhos foi analisado para revelar o significado latente da psique da pessoa. Um dos trabalhos sobre esse tema foi "A Interpretação dos Sonhos" de Sigmund Freud.
Freud e a interpretação do significado dos sonhos
Foi no seu livro "A Interpretação dos Sonhos", publicado primeiramente em 1899 (mas datado 1900), que Sigmund Freud argumentou que a fundação do conteúdo dos sonhos é de satisfação de desejos, e que sua instigação é sempre encontrada em eventos do dia que o precedeu. Freud defendia que, no caso de uma criança muito nova, isso poderia facilmente ser visto, uma vez que os sonhos destas quase diretamente representavam a satisfação de desejos que despertavam no dia anterior. Porém, em adultos a situação é mais complicada. Neles os sonhos seriam sujeitos a distorções, com o sentido manifesto (a fachada) e o sentido latente (o significado) presente no inconsciente. Como resultado dessa distorção e disfarce, o significado real do sonho ficaria oculto: a pessoa não é mais capaz de reconhecer o significado verdadeiro do seu sonho.
Foi no seu livro "A Interpretação dos Sonhos", publicado primeiramente em 1899 (mas datado 1900), que Sigmund Freud argumentou que a fundação do conteúdo dos sonhos é de satisfação de desejos, e que sua instigação é sempre encontrada em eventos do dia que o precedeu. Freud defendia que, no caso de uma criança muito nova, isso poderia facilmente ser visto, uma vez que os sonhos destas quase diretamente representavam a satisfação de desejos que despertavam no dia anterior. Porém, em adultos a situação é mais complicada. Neles os sonhos seriam sujeitos a distorções, com o sentido manifesto (a fachada) e o sentido latente (o significado) presente no inconsciente. Como resultado dessa distorção e disfarce, o significado real do sonho ficaria oculto: a pessoa não é mais capaz de reconhecer o significado verdadeiro do seu sonho.
Freud listou as operações de distorção que seriam aplicadas para reprimir que os desejos se formassem nos sonhos como recordáveis. Por causa dessas distorções, o conteúdo manifesto dos sonhos diferia tanto do sentido latente que poderia ser alcançado através da análise. Essas operações incluiriam:
* Condensação - O objeto do sonho suporta várias associações e idéias, desta forma os sonhos são breves e lacônicos em comparação com a riqueza dos pensamentos.
* Deslocamento - Um objeto do sonho de significado emocional é separado do seu objeto ou conteúdo real e ligado a um completamente diferente que não levante suspeitas para censura.
* Representação - O pensamento é traduzido em imagens visuais.
* Simbolismo - Um símbolo substitui uma ação, pessoa ou idéia.
A essas operações pode-se adicionar a "elaboração secundária", que é o resultado da tendência natural da pessoa dar algum tipo de sentido ou história ao que recordou do conteúdo manifesto no sonho.
* Condensação - O objeto do sonho suporta várias associações e idéias, desta forma os sonhos são breves e lacônicos em comparação com a riqueza dos pensamentos.
* Deslocamento - Um objeto do sonho de significado emocional é separado do seu objeto ou conteúdo real e ligado a um completamente diferente que não levante suspeitas para censura.
* Representação - O pensamento é traduzido em imagens visuais.
* Simbolismo - Um símbolo substitui uma ação, pessoa ou idéia.
A essas operações pode-se adicionar a "elaboração secundária", que é o resultado da tendência natural da pessoa dar algum tipo de sentido ou história ao que recordou do conteúdo manifesto no sonho.
Freud considerava que a experiência de pesadelos eram resultado de falhas na elaboração do sonho, de modo a não contradizer sua teoria de satisfação de desejos. Sonhos traumáticos (os quais meramente repetiam experiência traumática) eram admitidos como exceções à teoria.
Jung e a interpretação do significado dos sonhos
Jung acreditava que a noção de Freud, de que os sonhos representavam desejos não atendidos, era simplista. Jung era convicto de que os espoco da interpretação do significado dos sonhos era maior, refletindo a riqueza e complexidade de todo o inconsciente, tanto pessoal como coletivo. Jung acreditava que a psique era um organismo auto-regulatório no qual as atitudes conscientes eram provavelmente compensadas nos sonhos pelo inconsciente.
Jung acreditava que a noção de Freud, de que os sonhos representavam desejos não atendidos, era simplista. Jung era convicto de que os espoco da interpretação do significado dos sonhos era maior, refletindo a riqueza e complexidade de todo o inconsciente, tanto pessoal como coletivo. Jung acreditava que a psique era um organismo auto-regulatório no qual as atitudes conscientes eram provavelmente compensadas nos sonhos pelo inconsciente.
Jung acreditava que arquétipos como o animus (força masculina na mulher), anima (força feminina no homem), a sombra, entre outros, se manifestavam nos sonhos como símbolos ou figuras. Tais figuras poderiam tomar forma como um homem velho, jovem donzela ou aranha gigante. Cada um representaria uma atitude inconsciente que era escondida do pensamento consciente. Embora parte integral da psique do indivíduo, essas manifestações eram em grande parte autônomas e percebidas pela pessoa sonhando como personagens externos. Jung defendia que os sonhos não eram quebra-cabeças inventados pelo inconsciente para se decifrar, de modo que a efeitos causais "verdadeiros" fossem extraídos. "