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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Ref.



 A literatura. Adoro-a em todos os sentidos.
A progressão de todos os tipos de manifestação interior, a arte.
O quanto marcaram os períodos e os caracterizaram eternamente.
As obras contemporâneas darão lugar a um nome que as caracterizará e aí mais velha eu direi que vivi e fiz parte daquele período.
Não cabe aqui dizer todos os aspectos do nosso período
(que daqui a 30 anos alunos farão provas de literatura e terão que citar as características do período tal etc.), mas com certeza a referência será imediata a tecnologia e comunicação.

Já não sei dizer se é muito* diferente o valor do quadro à mão ou um abstrato ou expressionista feito em algum programa (adobe photoshop etc etc). Existe uma variedade enorme de programa, na tablet mesmo vêm um onde podemos escolher o efeito ‘pincel’ ou outros. A grossura e cor sobre cor numa paleta enorme, além das opções carvão, lápis, ‘caneta nanquim’, lápis pastel, a intensidade dos traços e uma porrada de outras coisas de forma prática que estão ali disponíveis rapidamente. Como dizer que é escroto? É arte, corresponde à vida interior, não vou julgar negativamente de forma alguma.

Isso se aplica também a instrumentos musicais. Guitarras e teclados de hoje em dia tem uma porrada de efeitos que antes era algo tenso de fazer. Mas ainda sim uma infinidade de tipos diferentes de sons se harmoniza, a melodia caracteriza o abstrato das pessoas que a estão tocando, é arte! Não vou julgar negativamente.

Mas de repente um dia a sensação maravilhosa de misturar as cores e sujar as mãos, sentir o cheiro e criar algo único onde a combinação abstrata não poderia existir igual!

Os livros de repente ficaram extintos e apenas usaremos tablet. Existirá mais árvores por isso? Nada. Os androids, ipods etc. são completamente ligados a internet. Sinceramente acho fantástico, como negar a praticidade do mundo em suas mãos? Uma biblioteca, música, cursos, compra e venda, conversas, opiniões de pessoas que você nunca teria oportunidade de conhecer...

Mas além de não durarem tanto, um dia também estarão fardados a subtituição por aparelhos mais modernos, bonitos etc. E olha que isso acontece rápido, MESMO.

Coisas maravilhosas nos são proporcionadas, assim mesmo o índice é de mais infelicidade do que felicidade. Acredito que esse troca-troca de aparelhos não deveria acontecer com tanta freqüência e empolgação. O lixo eletrônico é perigoso, sabemos e ignoramos isso de alguma forma por acharmos que não há nada a fazer. Mas... O que temos alcança o mundo inteiro, não é suficiente? Em países subdesenvolvidos isso é agravado ainda pela desigualdade absurda: enquanto uns querem um aparelho rosa super mais caro (mas praticamente com as mesmas propriedades do outro), outros não tem acesso à internet. Digo mais; outros não têm acesso à comida.
Cara, isso é assustador, como é que pode?
Não com isso vamos invalidar a tecnologia que somos proporcionados.
Não por isso também vamos validar ela mais do que a fome das pessoas!  
A tecnologia deveria garantir primeiramente uma forma segura de reciclagem desse tipo de lixo, até mesmo do lixo espacial.

Temos bastante acesso a informação, em vários aspectos. .
Muitas pessoas se mobilizam em prol da reciclagem, em prol da assistência médica decente, por deficientes de vários aspectos, meninos e meninas de rua, doenças tensas. Isso é de se orgulhar, sinceramente... Existe dentro das instituições públicas e privadas pessoas corruptas por seus motivos egoístas e, assim, prejudicam massas e impõe coisas absurdas que já temos como normais (o que também é outro absurdo).

Queria que as pessoas se achassem mais capazes de mudar algo, respeitassem sua contribuição e beneficiar nossa era.

2012 é mais um ano pra se tentar educar e absorver a idéia genial (mais genial que as coisas fantásticas da tecnologia) de conservar nosso mundo das coisas que somos responsáveis por modificar.
O fim do mundo é paralelo ao recomeço e isso é incrível.

Sou estranha.
Adoro a literatura.
A progressão de todos os tipos de manifestação interior, principalmente a compaixão. 


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Keith Thompson cria seu trabalho usando lápis preto sobre papel, depois escaneia e trabalha com camadas de cores e luzes no photoshop.
Ilustração  Maior