Páginas

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Rio de Janeiro


Sou uma esperança perdida, acho impossível não falar do óbvio.
''Não adianta falar, só vai deixar todos mais nervosos nos fazendo pensar''.
Vamos pensar de qualquer forma.
Se eu não pensasse eu seria mais uma pessoa
sentindo uma esperança sem sentido
''Estamos pensando, não importa se vamos falar ou não, mas é impossível deixar de pensar agora''.

Foi típico do que é emocionante:
Senti cheiro de lírios, o lugar tinha vista pra um mar que enxergava o Rio de Janeiro chorando. Mesmo assim pensei: " Talvez não seja tão ruim assim ''.

Não é que tenha ficado feliz com uma rosa sem pétalas
ou com a incerteza, eu tinha certeza que conseguiria brincar e também de que o dia não seria tão bom quanto estava sendo.

Havia um pouco de sentido, o que a gente adquire quando sente uma certa felicidade por quem amamos e por estar ouvindo alguém tocar flauta transversal e saber que pelo menos 10% das pessoas ali pintam o mundo. 10% é muito.
Eu queria ficar mais tempo, ver o cara que estava cantando, prestigiá-lo. Mas todos precisavam ir, todos já estavam indo.

Um grito, vultos, as coisas se despedaçando dentro de mim, como de costume. Um resto horrível,
a certeza de que nada aqui realmente faz sentido.
Os meus 15% de vontade eram muita coisa, muito bom, muito luxo.

''Me fale a verdade, você esqueceu, foi uma gafe, melhor que diga, é importante pra mim.''

Nada fazia sentido e nem tremendo eu estava, tal nojo sentia da anatomia humana, mal me sentia.

Não queria dizer nada, escrever nada, gastei um dia branco - que dizem ser recomeço e esperança - com dor, aflição e amor, já que se não fosse por amor eu já teria quebrado me desfeito dos pedaços da minha vida.

Meus sonhos dormentes, minha chance jogada fora.
As pessoas adoram entender os macetes da vida, se souberem algum vão aplicá-lo e se sentem melhor assim, ganham alguma coisa de alguma forma e sei lá, dá pra dividir um otimismo e rir quase igual aos medíocres. .

E os mediocres estão certos, eles não vêem além porque lá não tem nada mesmo,
fingem uma fé que deve mesmo ser fingida e vivem uma vida que deve mesmo ser vivida dessa forma
sistemática onde até a alegria está tabelada.

Essas pessoas estão certas, as reflexões estão erradas, mas eu não seria nada sem elas ou todas
as impressões, sentidos e ideais.
Por isso hoje não sou nada além de um desespero,
onde minha tristeza é a única noção de felicidade duradoura que já tive.


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

“The Patient Gardener”



Em uma semana de seminário pela Politecnico di Milano, Milão, Itália, professores convidados conduziram uma exploração para que os alunos considerassem o impacto do estilo de vida acelerado sobre ecologia e questões ambientais na arquitetura.
O resultuado foi o “The Patient Gardener” –  um projeto realizado pela Visiondivision.
Dez cerejeiras japonesas foram plantadas em um anel de diâmetro 8 metros que lentamente vão crescer com seu design curvado. As mudas estão sendo puxadas em direção a uma torre no centro, que será removida uma vez que as árvores estejam fortes o suficiente.
As cerejeiras japonesas também serão enxertadas com outras árvores para formar corrimãos e escadas.
A estrutura será de dois andares de altura e terá todos os móveis de estilo naturais, como uma poltrona de grama.
“Nossa intenção com o nosso projeto era construir um retiro de estudo no campus em que a paciência fosse chave principal para o projeto”, disse aos participantes no workshop Visiondivision.
“Como o tempo passa as árvores formarão uma cúpula quando chegar à torre, e depois já designadas  mudarão sua direção,  para a forma final será uma ampulheta, uma forma adequando para o projeto e também uma forma muito prática”.
O projeto estará pronto daqui a mais ou menos 60 anos!
fonte: My Modern Met

Sobre resíduos da construção civil: tipos e cuidados.

Necessidade de garantir o destino apropriado dos resíduos gerados nas obras aumenta a complexidade e a responsabilidade dos profissionais da área de suprimentos. Conheça os locais de destinação e as obrigações das construtoras






Resoluções e normas técnicas

Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente)- Resolução no 307, de 5 de julho de 2002 - Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. NBR 15112/2004 - Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos - Área de Transbordo e Triagem - Diretrizes para Projeto, Implantação e Operação;
NBR 15113/2004 - Resíduos Sólidos da Construção Civil e Resíduos Inertes - Aterros - Diretrizes para Projeto, Implantação e Operação;
NBR 15114 /2004 - Resíduos Sólidos da Construção Civil - 
Áreas de Reciclagem - Diretrizes para Projeto, Implantação e Operação;
NBR 15115/2004 - Agregados Reciclados de Resíduos Sólidos da Construção Civil - Execução de Camadas de Pavimentação - Procedimentos;
NBR 15116/2004 - Agregados Reciclados de Resíduos Sólidos da Construção Civil - Utilização em Pavimentação e Preparo de Concreto sem Função Estrutural - Requisitos.

Visão distorcida



Não acredite em tudo que seus olhos veem

Não acredite em tudo que seus olhos vêemA neurociência explica que, apesar de nossas sensações parecerem precisas e verdadeiras, elas não necessariamente reproduzem a realidade física do mundo. Isso porque os mecanismos que, na maioria das vezes, reproduzem corretamente os estímulos físicos que chegam até o cérebro são os mesmos responsáveis por nossos sonhos, ilusões e lapsos, como se os sinais recebidos pelos nossos cinco sentidos não fossem processados corretamente pelo cérebro.
Portanto, a famosa expressão “ver para crer” nem sempre é verdadeira. Mais correto estava Sócrates quando disse: “Tudo que sei é que nada sei”. Ainda mais quando se está diante de uma imagem criada para iludir o seu cérebro – uma ilusão visual – justamente o tipo de experiência em que a percepção não corresponde à realidade física.
O estudo de ilusões visuais é de suma importância para se compreender os mecanismos básicos da percepção sensorial, bem como para se encontrar a cura de muitas doenças do sistema visual. Mas, enquanto os pesquisadores utilizam essas ilusões para fins científicos, nós podemos utilizá-las para fins didáticos e de entretenimento. E, por que não, também exercitarmos nossas habilidades de visão espacial! Veja a seguir uma seleção de ilusões visuais muito interessantes.
Essa é uma ilusão que desafia a gravidade e foi considerada a melhor ilusão do ano de 2010 por um concurso americano. O truque envolve uma construção tridimensional de quatro rampas que aparentam descer para fora do centro. Quando bolas são colocadas nas rampas, elas estranhamente sobem a rampa, como se um imã as tivesse atraído.
Esse truque, criado pelo japonês Kokichi Sugihara, é rapidamente compreendido quando a construção é vista de uma perspectiva diferente – cada rampa está na verdade descendo para o centro. Nosso cérebro é enganado porque assumimos que cada coluna de sustentação é vertical e que a coluna do centro é a mais alta. Mas na realidade, as colunas e as rampas estão inclinadas para criar a ilusão.
Ilusão das Torres de Pisa
Essa é uma ilusão tão intrigante quanto simples. As duas imagens da Torre de Pisa são idênticas, mas a da direita nos passa a impressão de estar um pouco mais inclinada do que a da esquerda, como se tivesse sido fotografada de outro ângulo.
explicação é que nosso cérebro é enganado por seu próprio mecanismo de construir uma imagem mental 3D a partir de uma imagem 2D, enquanto tenta tratar as duas imagens como se fizessem parte de uma única cena. O cérebro interpreta que os dois objetos deveriam convergir no horizonte, como se fosse num desenho em perspectiva, porém, como eles não convergem, pensamos que estão desalinhados. Essa habilidade do cérebro é inconsciente e acredita-se que é desenvolvida durante a infância.
Ilusão do rosto gordo e magro
Veja nas imagens acima como um simples truque pode lhe ajudar a perder peso nas fotos – basta virar a foto do seu rosto de cabeça para baixo. Como você pode ver acima, as duas fotos são idênticas, porém somos levados a crer que a foto que está de cabeça para baixo tem um rosto mais longo e, portanto, mais fino.
Esse truque funciona porque nosso cérebro percebe o formato do rosto usando as proporções relativas dos elementos da face, como os olhos, nariz e boca. Então, quando essas proporções são invertidas ao virarmos a foto, a nossa percepção do formato do rosto é distorcida.

domingo, 30 de outubro de 2011

Córtex mundial


Sinto segredos por todo os lados, sinto a pele das pessoas mentindo todo o tempo - sinto que as pessoas não sabem sentir cheiro, sentir gosto, realmente enxergar ou tocar de coração. O padrão dos cheiros, das cores combinadas, dos gostos artificiais  demais, das imagens que há séculos distorcem as coisas com uma objetividade tramada, calculada.

Ninguém sente a própria alma, ninguém mais sabe o que é sentir vergonha ou pedir ajuda de coração.
Essa expressão parece boba, mas significa a consciência de estar vivo, de sentir. Quem sente de coração não ignora a natureza, não ignora sensações, sente verdadeiramente.

Somos iludidos, destruimos e construímos sem entender o mundo por trás do sistema. Forjamos felicidades, somos alegres e somos específicos demais, numa intensidade que não vejo outra intenção se não a de não saber realmente sentir, apenas identificam o referencial e se encaixam, como se fosse obrigação.

A direita não precisa anular a esquerda, o direito não precisa ser o certo e o esquerdo não precisa ser procrastinador. A política não precisa ser mais crucificada, nem a fé, nem a vontade. Nada disso causa guerra ou fúria de verdade.

Ganhar ou perder, escolher alternativas, achar que grito não é música, que não sentir como o resto
é simplesmente não sentir.
Precisar das coisas, preferir não enxergar, fingir pra sí mesmo e se assustar com os próprios pensamentos quanto a vida e a morte.
Definir únicos, líderes, perdedores, excluídos.
Misturar ciência com estatísticas, prometer, cumprir, destinar, sentir mais a temperatura do que compaixão.

Tudo que eu vejo de baixo são julgamentos de massas, culturas falidas por guerras, cópias de cópias,
idéias que não tiveram apoio e idéias que destruíram vidas. As pessoas se jogam para a morte,
esperam por um Deus ou buscam na crítica sobre Deus também um sentido, um ateísmo que o possa libertar das carências tanto quanto a reencarnação para os esperançosos que não aguentam.

Quando formos sacrificar nosso tempo,  nossos sonhos prontos, ambições e vaidades;
Vamos sacrificar nossas verdades e ordem fálica em troca de libertação?


domingo, 9 de outubro de 2011

SOAD in Rio


O melhor dessa porra é justamente não conseguir descrever, puta que pariu, só lembrar de ficar sem ar, de chorar suor, sentir a guitarra genial do Malakian, que acompanhava trambem com sua voz inconfundível, o potencial vocal e introspecção muito paradoxal do Serj, a bateria sagaz de Dolmayan tenso, o baixo do Shavo parecendo um inconsciente lokinórdico e de nao fotografar merda nenhuma por ter esquecido o cel, na fome de simplesmente curtir pulando dignamente, fazendo o meu mundo rodar e rodando com o mundo que aquilo me surpreendia existir.

No Rock in Rio, antes de 'Mind', Serj diz :
''Temos que encarar nossas mentes no tempo em que vivemos. Nós temos que roubar nossas mentes de sua incessante busca por coisas estúpidas. Tecnologia, o filho do materialismo. Coisas boas e ruins. Temos que olhar para nós e para nosso meio ambiente e dizer: “Que diabos estamos fazendo aqui?”. Como eu disse ontem em São Paulo, estou do lado dos indígenas do Brasil contra todo o desenvolvimento desnecessário por todo o país.''





Psycho

Psycho, groupie, cocaine, crazy
Psycho, groupie, cocaine, crazy

Psycho groupie, cocaine, crazy
Psycho groupie coke,
Makes you high, makes you hide,
Makes you really want to go - stop.

Psycho groupie, cocaine, crazy
Psycho groupie coke,
Makes you high, makes you hide,
Do you really want to think and stop,
Stop your eyes from flowing,
Psycho, groupie, cocaine, crazy

Psycho groupie, cocaine, crazy
Psycho groupie coke,
Makes you high, makes you hide,
Makes you really want to go - stop.

Psycho groupie, cocaine, crazy
Psycho groupie, coke,
Makes you high, makes you hide,
Do you really want to think and stop,
Stop your eyes from flowing out

So you want the world to stop,
Stop in and watch your body fully drop,
From the time you were a
Psycho, groupie, cocaine, crazy

So you want to see the show,
You really don't have to be a whore
From the time you were a
Psycho, groupie, cocaine, crazy.

Psycho groupie, cocaine, crazy
Psycho groupie coke,
Makes you high, makes you hide,
Makes you really want to go - stop.

Psycho groupie, cocaine, crazy
Psycho groupie, coke,
Makes you high, makes you hide,
Do you really want to think and stop,
Stop your eyes from flowing out

So you want the world to stop,
Rushing to watch your spirit fully drop,
From the time you were a
Psycho, groupie, cocaine, crazy

So you want to see the show,
You really don't have to be a whore
From the time you were a
Psycho, groupie, cocaine, crazy

(agora uma que nao tocaram, mas é genial também: )
Metro 
I'm alone, sitting with my broken glass
My four walls follow me through my past
I was on a Paris train
I emerged in London rain
And you waiting there swimming through apologies

I remember searching for the perfect words
I was hoping you might change your mind
I remember the soldier standing next to me
Riding on the metro

I went smiling as you took my hand
So removed we spoke in France
You were passed as shallow word
The years have passed and still a hurt
You were passed as shallow word
Years have passed and still a hurt
I can see it now smiling as I pulled away...
sorry

I remember the letter wrinkled in my hand
"I'll love you always" filled my eyes
I remember the night we walked along the Seine
Riding on the metro


I remember a feeling coming over me
The soldier turned, then walked away
Fuck you for loving me
Riding on the metro

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Bienal XV


A 15ª Bienal do Livro foi a melhor.
Investimento de R$ 27 milhões e expectativa de faturamento calculada em R$ 50 milhões. É justo, ficou linda.

É um evento incrível onde todos estão em um lugar só, compartilhando dos seus gostos sem ser apertando em 'curtir' ou qualquer coisa pela internet que, apesar de inclusiva, acaba se tornando artificial.

 Na bienal você vê o interesse real das pessoas nas atividades:  quem realmente têm paciência pra uma palestra voltada pra um tema específico só pode ser quem realmente gosta daquele tema, claro. (Ok, excessão pro pessoal que escuta poemas ou histórias só porque o Thiago Lacerda iria recitá-las).
Mas quem gosta de poesia, quem prefere quadrinhos se esbaldando na comics etc, quem admite e prefere os livros de auto-ajuda, se acaba nos romances diversos ou vai lá pros eventos religiosos espíritas, evangélicos, católicos etc, todos no mesmo lugar (ou pavilhão, enfim).

Há dois anos atrás descobri que o chão de cada pavilhão dá a cor do pavilhão. Esse ano descobri a mesma coisa. Mas o que importa? A verdade é que o desenhista Zigg, depois de desenhar animando as crianças com gracinhas e música, dançou e cantou uma dança da caveira muito genial, nossa, muito!
- Você era uma das crianças que participava das dinâmicas? (ZIgg pediu que as crianças levantassem, batessem o pé, as mãos, cantassem tal trecho etc)
- Não! Eu tinha vergonha!

Tentei lembrar se eu era. Meus pais diziam: " vai vai vai!", eu ficava com vergonha e algumas vezes ia.

No sarau do Manoel de Barros acabei ficando em uma mesa reservada pra algum artista, logo em frente ao Antonio Calloni ( só conseguia imaginá-lo como Mohamed) e Maria Rezende (que estudou na puc e até terminar a faculdade de sei lá o quê nunca tinha escutado falar em Manoel de barros, admitiu). Temi que o MOhamed não gostasse de fato de MB, só estivesse ali de sacanagem, afinal ele é um ator e enfim atua bem. Mas também é escritor e me pareceu um cara genial, descontraído. Maria Rezende, apesar do meu preconceito, pareceu bem natural e divertida, gostei mesmo. Os poemas nem preciso dizer, todos eu sorria e sentia coisas maravilhosas dentro do meu cérebro, coração e bunda, porque eu estava com uma calcinha que me machucava, na verdade. Mas foi maravilhoso, nossa!

Antes da bienal começar fui fuxicar o que teria no café literário e alguns estandes. Quando li André Dahmer fiquei pasma, reli, nossa, André Dahmer, que acho genial. Logo depois li que estaria com Rafael Sicca, Lourenço Mutarelli, Rafael Coutinho e o editor Lobo, da editora Barba Negra, participando de uma mesa de debate sobre o cruzamento de linguagens. Cada um com um pensamento  interessante, um idiota e tal e Mutarelli falando pouco, mas bem. Andre Dahmer é exatamente como eu imaginava que era, assim como sua forma de expressão pouco integrada e muito irônica. Umas mulheres de terninho e batom vermelho passavam pra nos dar papelzinho se quiséssemos perguntar alguma coisa pra alguém ali. Ninguém respondeu o que perguntei, o barba negra não repassou muito bem. ALiás que péssimo mediador, mas tudo bem.

Muito livro bom barato e um estande da ciranda cultural também trazia o troca troca de livros, que obviamente aproveitei muito, uma alegria só, nossa!

Poucos eventos considero tão completos quanto esse - e não senti vontade alguma de beber ou coisa assim, diferente do que aconteceria  se estivesse em uma boate ou barzinho, social e tal.
Falei como integrante do AA agora, mas tudo bem. (Nao tinha estande do AA.)

Queria estar com mil reais pra gastar naquelas coisas magníficas, inclusive um livro de inclusão sobre libras ou a Diva Prado, uma senhora genial falando sobre uma nova técnica de programação mental que veio antes dessas putarias de O segredo ou até a PNL. Legal conversar sobre isso, mesmo, muito. Ela disse que um filho quase morreu de Salmonela, ela estava em um cruzeiro e sentiu algo. Tudo sensacional. Nesse mesmo local faziam um "teste de estresse" que funcionava por ondas magnéticas de Jah etc correntes nervosas etc. Naturalmente deu que estou mega estressada, ainda mais quando ela pediu pra eu pensar em algo específico.

Mas lá só tinha espaço pra ficar a vontade... Fiquei a vontade demais, desenhei em uma plataforma muito louca e fui expremida na comicx, onde comprei mangás e hentais (que perguntei à parte, porque nao estavam a mostra).

Várias coisas me chamaram atenção, tanto que não dá pra descrever. Só posso dizer que valeu muito, muito mesmo.

estande ''casa dos espíritos'', pavilhão verde

Menos ou mais

Mais ou menos em outro mundo, onde formigas brincam de titanic
e as aranhas são mexicanas refugiadas em vários cantos de todos os continentes
Mais ou menos em um mundo cheio de versões reais de mentiras bobas,
de versos sorteados e números por extenso, onde a moda entre os jornalistas é usar "pontual" pra maioria das coisas na realidade pouco lineares
Mais ou menos em um lugar onde a mágoa se compara a uma plantinha nascendo em uma tomada, completamente improvável de ser e mesmo assim parece dádiva, parece algo que devemos respeitar

Mais ou menos em um mundo de sons maravilhosos, onde as notas musicais são lembranças e o futuro é um sonho que ninguém está sonhando e por isso é bom e por isso é longe

Menos ou mais em um mundo com vários tons claros no céu,
onde pego o jornal e passo por uma árvore com cogumelos nojentos e só lembro do toad agora, o que é um absurdo, na hora apenas um garoto estranho nipônico nu com uma cabeça de burro, cozinhando cogumelos que pegou em um esterco de bicho inteligente vegetariano etc presos em um vídeo lembrado, dispensável

Menos ou mais em pedaços válidos de um ano inteiro, de vagas atrocidades e um desespero instável

Menos ou mais em um mundo onde consigo sobreviver através de grades de ferro e as palavras fazem de coisas idiotas, coisas bonitas e as coisas bonitas são percebidas portanto em palavras idiotas - e esse é o pensamento central, não positivista, mas parecido com um hino nacional exagerado

Mais ou menos em um mundo que sonho escrever "mãe, te amo'' com mostarda preta em um tapete marrom escuro de uma escola hoje bilingue cheia de putarias unificadoras mas que era preconceituosa como a maioria.
Num mundo de papéis picados, afetos multiplicados pela distância necessária pra não me magoar e onde os recomeços são começos apenas e ninguém acha que não deve.
Menos ou mais em um mundo onde só bebo café e água,
só como coisas extremamente saudáveis ou chocolates industrializados péssimos em processos radioativos.

Mais ou menos onde escrever é viver cada linha de pensamento e não existe dever, não existe devir e assim mesmo um mundo que posso encontrar didática em confusões humanas

Mais ou menos em um mundo de esmalte sintético, de pássaros extintos e pensamentos sem qualquer compartilhamento humano - apenas idéias egocêntricas injustiçadas refletidas numa metáfora de diamante furta cor pro entendimento do resto das pessoas, objetos etc.

Mais ou menos em um mundo onde caio como o fanático pela santa de Schoenberg em um conto carinhoso em data que eu queria datar estando e não apenas lendo mais ou menos.

Menos ou mais em tratamentos futuros de águas brasileiras e medos passados por passageiras que parecem assassinas pedísseis com terrível voz

Mas em um mundo menos cruel que o verdadeiro, sem dúvida
E mesmo assim tão burro

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Pra começar




Agora estou fazendo meus próprios deseinhos, graças ao Chapolim Colorado.
Feliz feliz demais isso!

Essa música se chama "Pra começar". (Coincidências que o inconsciente explica)


''Pra começar
Quem vai colar
Os tais caquinhos
Do velho mundo
Pátrias, Famílias, Religiões
E preconceitos
Quebrou não tem mais jeito
Agora descubra de verdade
O que você ama...
Que tudo pode ser seu
Se tudo caiu
Que tudo caia
Pois tudo raia
E o mundo pode ser seu
Pra terminar.
Quem vai colar
Os tais caquinhos
Do velho mundo...'

domingo, 10 de julho de 2011

A viagem de Chihiro



ITSUMO NANDO DEMO 
(Letra de Wakako Kaku e interpretação de Youmi Kimura)

Yondeiru mune no dokoka oku de
Itsumo kokoro odoru yume o mitai.
Kanashimi wa kazoe kirenai keredo
Sono mukou de kitto anata ni aeru.
Kurikaesu ayamachi no sonotabi hito wa
Tada aoi sora no aosa o shiru.
Hateshinaku michi wa tsuzuite mieru keredo
Kono ryoute wa hikari o idakeru.

Sayonara no toki mo shizukana mune
Zero ni naru karada ga mimi o sumaseru.
Ikiteiru fushigi shindeyuku fushigi
Hana mo kaze mo machi mo minna onaji.
La la la la la la...

Yondeiru mune no dokoka oku de
Itsumo nandodemo yume o egakou.
Kanashimi no kazu o itsukusuyori
Onaji kuchibiru de sotto utaou.
Tojiteyuku omoi de mo sono naka ni
Itsumo wasuretakunai sasayaki o kiku.
Konagona ni kudakareta ka ga mi no ue ni mo
Atarashii keshiki ga utsusareru.

Hajimari no asa no shizukana mado
Zero ni naru karada mitasareteyuke.
Umi no kanatani wa mou sagasanai
Kagayakumono wa itsumo koko ni,
Watashi no naka ni mitsukerareta kara.
La la la la la la...

___


SEMPRE COMIGO 
Em algum lugar, uma voz chama do fundo do meu coração 
Que eu possa sempre sonhar os sonhos que tocam meu coração 
Tantas lágrimas de tristeza, incontáveis lágrimas rolaram 
Mas sei que, do outro lado, encontrarei você 
Toda vez que caímos no chão, olhamos para o céu lá no alto 
E acordamos para a sua imensidão azul, como se fosse a primeira vez 
Como o caminho é longo e solitário e não enxergamos o fim 
Posso abraçar a luz com meus dois braços 

Quando digo adeus, meu coração para, com ternura eu sinto 
Que meu corpo silencioso passa a ouvir o que é real 
O milagre da vida, o milagre da morte 
O vento, a cidade, as flores, todos nós dançamos em união 
La la la la la la... 

Em algum lugar, uma voz chama, do fundo do meu coração 
Continue sonhando seus sonhos, nunca os deixe morrer 
Por que falar de sua melancolia ou dos tristes pesares da vida? 
Deixe seus lábios cantarem uma linda canção para você 
Não esqueceremos a voz sussurrante 
Em cada lembrança ela ficará para sempre, para guiar você 
Quando um espelho se quebra, estilhaços se espalham pelo chão 
Lampejos de uma vida nova refletem-se por toda parte 
Janela de um recomeço, silêncio, nova luz da aurora 

Deixe que meu corpo vazio e silente seja preenchido e nasça outra vez, 
Não é preciso procurar lá fora nem velejar através do mar 
Porque brilha aqui dentro de mim, está bem aqui dentro de mim 
Encontrei uma luz que está sempre comigo 
La la la la la la... 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Mais sobre o pensamento

Reto pensar

Pessoas  bem  intencionadas  acreditam  que  algumas  ações  boas  lhes  bastam  para  a  paz  de
consciência, no mundo, e a conquista do “reino dos Céus” logo depois.
Entre  nada  fazer  e  algo  realizar,  é  sempre  melhor  o  bem  produzir.  Todavia,  a  ação  generosa,
periódica, não é suficiente para equilibrar os valores humanos no campo de batalha da personalidade, em
detrimento do ser real em si mesmo.
O homem se torna aquilo que cultiva no pensamento.
A vida mental irregular, geradora de mil conflitos e disparates, não fica anestesiada face à ingerência
de alguns atos de solidariedade ou mesmo de beneficência.
O reto pensar é o método único para atingir o reto atuar.
Somente o pensamento bem direcionado, impede que germinem as sementes da perturbação mental
geradora dos tormentos que procedem dos vícios ancestrais.
O esforço para  insistir no reto pensar preenche os espaços do pensar mal ou não pensar, ambos do
agrado da ociosidade e da acomodação.
Mediante o reto pensamento, o homem se descobre também agindo retamente.

*

Inclina tua mente para o mais saudável.
Não  te  faças  fiscal do  lixo moral da sociedade, nem  te permitas coletar os detritos do pessimismo
como da vulgaridade.
De maneira nenhuma censures o teu próximo, especialmente quando este se encontre ausente.
Busca os valores positivos que existem nos outros e aprimora aqueles em ti existentes.
Sê equânime no teu foro íntimo e nas tuas expressões exteriores.
Fala menos e reflexiona mais em torno do amor.
Insiste nas idéias que estimulam a vontade a tornar-se forte quão disciplinada.
Planeja a ascensão e pensa sobre ela,  raciocinando a  respeito da perda de  tempo com as ilusões e
futilidades.
Supera o  temor de qualquer natureza com a confiança de que nenhum mal de fora poderá fazer-te
mal se estiveres bem  interiormente, e que somente  te sucederá o que venha a contribuir para a tua paz e
progresso espiritual.

''Momentos de meditação'',

DIVALDO PEREIRA FRANCO
Pelo espírito Joanna de Ângelis

terça-feira, 5 de julho de 2011

Sobre os dias eternos

É estranho viver dias eternos.
Nos dias eternos a ressaca vira energético, as comidas são digeridas perfeitamente .
Somos capazes de metáforas não tão clichês
De abrigar o sentimento na reciclagem e fazer uma realidade virar decisão
sem qualquer movimento certo

Dá pra sentir que nossas risadas serão escutadas ainda durante semanas e lembradas durante anos e anos.

Nos dias eternos pessoas queridas se reúnem e coisas não tão queridas, mesmo nao sendo transmutadas,
emergem em alguma bebida, se distraindo sem grandes patologias.
Nos dias eternos nada é clínico, definitivamente.

Nesses dias o amanhã ainda vai demorar demais, e fica difícil demais pensarmos nele
nesses dias as caminhadas são ao contrário e quilômetros são alguns passos a mais.
Aquele frio fica engraçado e aquece como o verão costuma pretender aquecer (mas no final apenas queima).

Céus, nos dias eternos nem mesmo consigo descrever de forma impessoal pra ficar poético.
Nesses dias nada é indireto mais,
o irônico é lúdico demais pra soar agressivo ou subversivo
acabo dizendo que colocamos fantoches na cabeça ou no braço do violão e
assim evoluímos ganhando golpes que tiram 75 % do HP do oponente.

Nos dias eternos o aleatório é sinestésico,
todas as impressões culturais ficam borradas e prestamos
atenção na falta de atenção do mundo,
disfarçada de uma porrada de expressões engraçadas.

É importante dizer que os dias eternos são todos musicados, não
há uma frase que não gere uma nota musical,
sem alusão a um subjetivo tão encantador, firme, mais real que todas
as informações denotativas que insistem em nos amarrar por aqui

Os dias eternos obviamente não tem final,
vivemos um abstrato que o limite do tempo não poderia entender
e até a partida é também uma viagem,

(...)
Mais ou menos assim são os dias eternos;

E o melhor é que o futuro já vê o passado,
e mesmo certamente nostálgico, não damos adeus pra ninguém.


Salvador Dali

Salvador Dali – “A persistência da memória”



terça-feira, 21 de junho de 2011



Nesses momentos que o silêncio não diz mesmo nada e a poesia vai embora,
escorre pra não me apavorar.
Foi por isso que fugi e agora sinto essas coisas em câmera lenta.
Dois dias parecem dois meses agora.
O estômago que antes se revoltava, agora padece em uma conformidade já conhecida, onde a digestão é lenta e voltar só causa um vômito triste,
nada sobre falhas poéticas, apenas uma lucidez vista por um olho mágico, sem qualquer chance de me abrir, mesmo chamando na porta.
Uma dor que dilacera não me faz aguentar outra, não faz sentido,
pra quê dores dilacerantes?
Nunca existiu um complemento naquilo que resultava em alguma coisa
capaz de me fazer fugir.
Só por que fugia, não quer dizer que era bom e que eu poderia perder.
Simplesmente significa que nunca foi bom e eu já sabia que só poderia ganhar
ao explorar e organizar o que é importante.
E pra que?
Viver essa importância agora vale como?
Não me sinto ótima, contudo menos ainda preferia uma ignorância.
Preferia uma distância, perceber que não vale a pena nem fingir,
não vale a pena mentir se não existe por quê ser sincero.
O incerto sempre foi o agora, o amanhã nem mesmo existiu.
Agora o certo é apenas um ontem?


Um amanhã com a desventura do sofrimento,
engolido como as palavras que nunca mais vi,
causando um esquecimento que nunca mais lembrei.


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Tell mw why

Feel no shame about shape
Weather changes their phrase
Even mother will show you another way
So put your glasses on
Nothing will be wrong
There's no blame, there's no fame
It's up to you
The first words should be finded
Whatever hold you back
I can, I can get it off
* Tell me what, Tell me what, Tell me what you want
I don't know why, don't know why, don't know why you afraid
Tell me what, Tell me what, Tell me what you say
I don't know why, don't know why, Too late, it's too late
Have no fear for real
It's just a turning wheel
Once you start up there's no other way
Don't put your eyes on boots
Step forward your roots
There's no aid there's no trade
It belongs to you
# Before you miss something given
You should know what's the truth
I can, I can make it out 

sexta-feira, 17 de junho de 2011


Se o equilíbrio falta,
como perdurar ou aniquilar alguma coisa?
Que o mundo inteiro escolha,
mas dessa vez não suicidarei as incertezas
sem me colocar atrás das grades,
Sem achar que o juízo é bom conselheiro,
Visto que o orgulho o sabota sempre -
e este já é interativamente ligado a uma ética fálica,

Que o mundo inteiro escolha...
Apenas nunca quis ver ninguém morrer nas minhas mãos.

Bela ilustração do artista Jonatan Cantero.

Ilustração do artista Jonatan Cantero.