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quarta-feira, 13 de abril de 2011

backup

30/09/10 (fotolog)


Já escrevi tanto. Acho que tudo que escrevi nos meus diários etc. desde pequena dá uns 50 livros, 60, 70, sei lá. Fora as cartas enormes, poemas, um livro que eu comecei a fazer com 12 anos e não terminei até hoje...

Muitas fotos, muitas! Não consigo me transferir pro dia da foto ali congelado, apenas lembro como foi uma ou duas coisas e se valeu a pena. Sei que em todas essas épocas não teria vivido nem a metade se não fosse impulsiva.
Tenho a ilusão de achar que hoje sei distinguir exatamente quando algo vale a pena e quando não vale. Tudo tem a ver com ser produtivo ou não,
e confesso que compreendo que muitos erros valem a pena,

... o problema é: essa expressão: "valer a pena" não faz sentido algum, valer a pena o cacete, só se for pena literalmente, maldita expressão feia que não traduz o que realmente vale!
Mas procurando outra forma de dizer: "valeu a pena", fico estagnada:
"foi suficiente"
"foi realmente considerável"
"não me arrependerei" (...)

A única expressão que lembrei com "valeu a pena" é carpediem, que significa "aproveite o dia".
Então.. vale a pena =
"foi aproveitável"
"aproveitei de verdade" (...)
Mas essa coisa de "aproveitei" é estranha também.

Enfim, o que interessa mesmo é que tudo foi interessante o suficiente pra que eu escrevesse,
e meu interesse em certas épocas é bem diferente de hoje. Aliás nem mesmo escrevo tudo de interessante hoje em dia, mas consigo dizer que tal coisa eu faria questão ou não e de repente desenhar na minha agenda a temática do dia.

A maioria das coisas que me dava uma dor dilacerante estão agora entre histórias, traumas e uma memória feliz, que necessariamente não quer dizer que tal época foi feliz e sim que tal lembrança agora me traz felicidade. Sabe, uma espécie de biografia poética, que é extremamente ruim pra quem está ali, mas pra quem vê é simplesmente... poético.
E é isso, meu backup valeu a pena, é poético.